Your Name. (Kimi no Na wa.) #2

O encontro dos dois que jamais se encontrariam…

Eu não achava que era possível, mas eu consegui amar essa segunda edição de “Your Name” ainda mais do que amei a primeira – e é impressionante como elas são diferentes uma da outra. Não apenas porque sinto que tivemos mais Mitsuha na primeira edição e mais Taki na segunda, mas porque o estilo de narrativa é diferente e surpreendente – quando eu achei que sabia para onde estávamos caminhando, o roteiro dá uma guinada inesperada e toma um rumo diferente de tudo o que eu podia esperar… e agora estou mais encantado pela complexidade dessa trama do que nunca! Os desenhos continuam lindos, os personagens continuam apaixonantes, e uma história que começou bela, emocionante e quiçá rumava para um romance, acaba ganhando influências da ficção científica – e eu devo dizer que, definitivamente, eu não esperava por isso… MAS AMEI!

A primeira edição traz Mitsuha e Taki “se conhecendo”. Não sabemos se esse é o termo correto a ser utilizado, porque tudo é muito louco e eles acabam tendo uma experiência inusitada: embora nunca tenham se visto na vida e morem muito longe um do outro, eles acabam trocando de corpo… inicialmente, eles acham que é um sonho, mas eventualmente percebem que o que está acontecendo é real – que Mitsuha está mesmo despertando no corpo de um garoto bonito que mora na cidade grande, Tóquio, enquanto Taki está passando um tempo em uma cidadezinha pequena do interior, onde as tradições são seguidas à risca. É legal vê-los se conectando mesmo que nunca se encontrem, através de mensagens que um deixa para o outro, conversas pelo celular e os dois acabam interferindo um pouquinho um na vida do outro… de alguma maneira.

Até que as trocas de corpo entre Mitsuha e Taki parem subitamente depois de serem constantes por aproximadamente um mês. E Taki sente falta de Mitsuha… então, ele acaba seguindo as poucas pistas que tem para partir para um lugar a cinco horas de distância, para encontrar Mitsuha pessoalmente, embora não saiba bem o que vai dizer se a encontrar – e é aqui que o mangá nos surpreendente e ganha uma camada extra interessantíssima. Taki acaba descobrindo que o nome da cidade onde Mitsuha mora é Itomori, mas quando ele finalmente consegue chegar à cidade, ela simplesmente não existe mais… e Taki é informado, para a sua surpresa, que a cidade não existe porque, há três anos, um meteorito caiu na cidade, matando 500 pessoas. Taki acha tudo muito estranho, ele sabe que esteve ali há apenas alguns dias, mas nada mais existe.

A cidade foi destruída.


Itomori se foi há três anos, no dia da queda de um meteorito… e todas as evidências e provas que Taki tinha de Mitsuha também desaparecem subitamente de seu telefone, e esse foi o momento em que meus olhos brilharam e eu me segurei ao mangá de “Your Name” com ainda mais intensidade: incrível a maneira como o roteiro é intrigante e nos prende! Porque, então, queremos entender… o Cometa Tiamat, de três anos atrás, mudou tudo, e nós temos uma série de perguntas, ao mesmo tempo em que temos algumas respostas: é por isso que Taki não consegue mais contatar Mitsuha, por isso, quando tenta ligar para o seu celular, ele recebe uma mensagem de que “o celular está fora de área”. Porque, nesse momento, Mitsuha nem existe mais… gostei muito da cena da biblioteca, de Taki obcecado com isso tudo, procurando por mais informações…

Taki busca em reportagens e matérias de jornais e revistas da época, e descobre uma lista com os nomes das 500 pessoas que morreram na queda do meteorito em Itomori há três anos – dentre eles, ele encontra os dois amigos de Mitsuha primeiro e, eventualmente, também encontra o nome da garota: ela está mesmo morta, e há três anos. ACHEI FORTÍSSIMO O MOMENTO EM QUE TAKI VÊ O NOME DE MITSUHA NAQUELA LISTA – e, como eu disse, diferente de tudo o que eu estava imaginando para “Your Name”. Os amigos tentam dizer a Taki que ele deve ter se enganado, “porque essa pessoa morreu há três anos”, mas Taki não entende, não se conforma, e lê tudo o que encontra sobre o desastre, e se pergunta o que está acontecendo com ele: será que ele imaginou isso tudo? Será que sonhou e que as imagens vêm de recordações das notícias daquela época?

Mitsuha era um sonho, um fantasma, uma ilusão?

Então, Taki precisa verificar, e ele vai até o local para onde foi com a avó de Mitsuha em uma das trocas de corpo, para ver se o local é real, se tudo aconteceu de verdade, e ele descobre que SIM – de alguma forma, ele troca de lugar com a Mitsuha de três anos antes, e a conexão foi interrompida devido à queda do meteorito… então, ele pede a chance de voltar uma última vez, e enquanto ele “cai” de volta na vida de Mitsuha, ele a presencia por completo: do seu nascimento no hospital às coisas que viveu ao longo de sua vida, os amigos, os momentos em que Taki esteve em seu lugar e o dia em que ela morre com a queda do meteorito… mas, então, Taki desperta no corpo de Mitsuha, e ali ele tem uma chance, uma única chance: ELE TEM QUE SALVAR A VIDA DE MITSUHA. Para isso, ele precisa encontrar uma maneira de avisar a todos e evacuar a cidade…

Mas as pessoas acreditariam nele?

 

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