Alice in Borderland 1x05

“Aproveitem sua estadia na Praia!”

QUE EPISÓDIO BIZARRO E DIFERENTE DE TUDO O VIMOS ATÉ AQUI! E isso é algo que eu estou gostando muito em “Alice in Borderland”: o fato de ela conseguir se reinventar no meio da temporada e, com isso, nos deixar intrigados e curiosos, mas sem saber o que esperar do futuro da história… sinceramente, eu não sei aonde essa temporada terminará! Descobrimos que a série não seguiria uma linha tão previsível no terceiro episódio, quando aquele 7 DE COPAS nos mostrou que não é fácil burlar o jogo e que eles não conseguiriam simplesmente continuar sobrevivendo juntos até encontrarem uma solução… novos personagens surgem, e agora conhecemos o desprezível Chapeleiro, comandando um lugar que ele chama de “A Praia” e é, basicamente, ele explorando as pessoas em busca das cartas de que ainda precisa para “zerar o jogo”.

O episódio é frenético, eletrizante e cheio de momentos épicos!

Começamos o quinto episódio com Arisu e Usagi aproveitando que seus vistos ainda não expiraram… Usagi ensina Arisu a caçar e a acampar, enquanto os dois procuram pela “Praia”, algo de que Arisu ouviu falar e que ele espera que seja a resposta para enfrentar o Mestre do Jogo, acabar com aquilo tudo e, quem sabe, voltar para o mundo como ele era antes… assim, vemos jogos do lado de fora, dessa vez, enquanto Arisu pergunta sobre a Praia ou enquanto tanto ele quanto Usagi encontram pessoas com pulseiras que combinam e que podem levá-los até onde buscam… seguindo carros (!) de alguns competidores sobreviventes no jogo daquela noite, os dois chegam a um prédio com eletricidade (!), e uma palavra na fachada: PRAIA. É ali, mas eles não sabem o que vão encontrar atrás daquelas paredes… nem se as respostas de fato virão.

Ou uma solução…

A Praia é descrita como uma “utopia”, mas ela me parece assustadora e deturpada desde o primeiríssimo momento. O líder da Praia, o Chapeleiro, tem uma parede com todas as cartas do baralho e todas que já foram “conquistadas”. Agora, ele acredita que pegando todas as demais cartas, um deles poderá sair do jogo – e ele descaradamente fala sobre como toda essa cruzada é para salvar UMA ÚNICA PESSOA: ELE MESMO. Mas as pessoas não têm escolha, e estão ali, trabalhando para o objetivo da Praia… segundo ele, uma vez que todas as 52 cartas sejam reunidas e uma pessoa consiga ir embora, eles podem continuar os jogos em busca das 52 cartas novamente… e quantas pessoas sobreviverão, de fato, ao fim desse “jogo”. Segundo a hipótese do Chapeleiro, as pessoas não desapareceram, mas sim eles foram transportados para outro “país”, acidentalmente…

Portanto, tem como sair dali.

Arisu e Usagi são amarrados a cadeiras, apresentados a esse lugar e a essa “missão”, e às regras do lugar… a primeira delas é que eles precisam sempre usar roupa de banho, porque, supostamente, não há como esconder armas em trajes de banho; a segunda tem a ver com as portas não serem trancadas, mas eles podem beber, usar drogas e transar; e a terceira com o fato de que todo traidor morre, portanto, eles não têm opção a não ser “aceitar” o que o Chapeleiro está dizendo… é tudo bastante zoado e preocupante, mas as pessoas parecem ter comprado essa ideia e estão vivendo em uma completa “fuga da realidade” que assombra Arisu e Usagi, que acabaram de chegar… e, quando chega a hora das provas da noite, todos simplesmente param a festa, ouvem o “Chapeleiro” e caminham para a morte, um exército não-pensante de caçadores de cartas.

Tenso.

Fiquei, também, muito tenso por ver Arisu e Usagi sendo “escalados” para JOGOS DIFERENTES, porque eu não sei se quero perder mais alguém de quem gosto em “Alice in Borderland”. A primeira parte dos jogos da noite acompanhamos em uma edição incrível e extremamente tensa que mostra quatro provas simultaneamente, incluindo um bingo na fábrica de fósforos, protagonizada por Usagi, uma caça às feras em um parque de diversões e um arrepiante elevador humano. É uma série de mortes, de desafios, e acompanhar a quatro provas em flashes se intercalando causou uma sensação ainda maior de tensão e de suspense, e novamente eu preciso elogiar o ritmo da série e a direção inteligente. Foi um grande alívio ver que Usagi conseguiu sair viva de sua prova… mesmo que continua sendo uma prisioneira da “utopia” da Praia.

A única prova que acompanhamos na íntegra é aquela da qual Arisu participa: “Lâmpada”. É uma prova de 4 DE OUROS e, a essa altura, devo dizer que até eu achei a prova simples… estamos nos habituando a níveis de maior complexidade, mas é uma prova interessante de acompanhar de todo modo – e, é claro, como tudo em “Alice in Borderland”, tensa. Ann, uma das mandachuvas da Praia, parece saber a resposta desde o começo, mas ela quase deixa todos morrerem para testar Arisu e saber se ele vai ser útil para a Praia ou não… é uma prova de raciocínio na qual eles têm que responder qual chave acende uma luz – a resposta é simples e consiste em testar duas das três possíveis chaves, uma com a visão e outra com o toque, mas talvez seja muito difícil pensar nisso nessas condições em que você está a segundos de ser morto…

De todo modo, Arisu consegue, passa no teste.

O jogo é rápido e estamos de volta à Praia, conhecendo um pouco mais sobre o lugar, e nos perguntando o que a Praia tem a oferecer para o futuro da série… temos aquela briga eminente entre o Chapeleiro + seus executivos e Aguni + a milícia do lugar, e algumas informações interessantes sobre o “tabuleiro”. Com as cartas conquistadas naquela noite, eles ainda precisam do “10 de Copas” (dá até medo só de pensar no que pode ser essa prova!), e eles não sabem se alguma das cartas J, Q e K também aparecerão porque, até agora, nunca houve nenhuma… acho que “Alice in Borderland” ainda tem muito a oferecer, e estou bem curioso para saber que rumos a trama vai tomar… será que acompanharemos a prova 10 de Copas no próximo episódio? Será que chegaremos a cartas de valete, dama e rei? JÁ ESTOU FICANDO TENSO!

 

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