Alice in Borderland 1x06

Chegou a hora do 10 de Copas.

ESTOU ADORANDO OS PLOT TWISTS DESSA SÉRIE! É interessante acompanhar uma série de apenas oito episódios e perceber o quanto ela já mudou do primeiro episódio até aqui – essa capacidade constante de se reinventar e de surpreender, criando novas dinâmicas e incertezas para o futuro… o plot da Praia toma um rumo que podia ser previsto, com a milícia fazendo a sua jogada para tentar assumir o controle, mas os organizadores do jogo, quem quer que eles sejam, gostariam de lembrar aos jogadores quem é que manda nesse lugar… eu estou começando a reviews desse sexto episódio, mas tudo em que eu consigo pensar é em como as coisas vão ficar tensas no próximo episódio! E EU MAL POSSO ESPERAR. O sétimo episódio deve trazer mortes, traições, e toda a tensão de um jogo que pode ser no mesmo nível do que o que vimos no terceiro episódio.

WOW.

Usagi e Arisu ainda estão tentando se adaptar a esse novo ambiente, a Praia, e tentando encontrar alguma maneira de sair não apenas daquele lugar, mas do Jogo propriamente dito… não que isso seja muito fácil. Arisu tem algumas cenas muito interessantes e é incrível como a série faz com que nos apaixonemos um pouquinho mais pelo personagem a cada episódio – em um momento, o vemos encontrando uma pilha de corpos apodrecendo, os traidores da Praia. Depois, ele tem uma conversa com Chishiya e Kuina sobre o seu sonho, que costumava ser que ele, Karube e Chota saíssem daquele lugar e voltassem para o mundo normal, mas agora que isso já não é mais possível, ele quer pelo menos que Usagi saia viva. É tão bonitinho que ele tenha aprendido a se importar tanto com Usagi, mas eles formam uma dupla e tanto, de fato. Queria ver os dois sobreviverem.

A essa altura, no entanto, eu já nem sei mais o que esperar.

Podemos ter esperanças em um mundo como o de “Alice in Borderland”?

Então, depois que o Chapeleiro sai para uma prova porque seu visto está prestes a vencer, recebemos a notícia de que ele não sobreviveu – eles querem dizer que “o Chapeleiro não zerou o jogo”, mas me parece muito evidente que foi a milícia que o matou, e isso começa uma mudança na Praia… a começar pela briga de quem assume o seu lugar. O nome que era o Número 2 acha que o direito é dele, mas a milícia não o matou para deixar o “poder” nas mãos das mesmas pessoas e, por isso, a milícia toma conta colocando Aguni no lugar do Chapeleiro como o novo Rei da Praia, sob uma pressão assustadora… mas as mudanças estão apenas começando e não vão ficar limitadas a essa briga de poder na Praia – o que, por sinal, eu acho bom, porque não foi para isso que começamos “Alice in Borderland” e não estava sendo a melhor parte da série.

Mas o fim desse sexto episódio me lembrou do por que essa série é TÃO INCRÍVEL.

Chishiya e Kuina usam a inocência de Arisu para usá-lo em um plano em busca das cartas que a Praia já recolheu – é arriscadíssimo, mas quase preciso; o problema é que é evidente que não se pode confiar em Chishiya, e Arisu foi bastante inocente. Então, Arisu acaba sendo pego traindo a Praia, entregue pelo próprio Chishiya – e todos sabem o que acontece com traidores. As cenas são pesadas e tensas, e eu fiquei angustiado de ver o Arisu apanhando daquela maneira. Com o visto do Arisu prestes a vencer, a milícia prende Arisu, deixando-o sozinho, amarrado, sem poder ver ou ouvir nada, sentindo cada segundo do medo, sem saber a hora que o laser vai descer do céu e acertar a sua cabeça, o matando… Usagi, por sua vez, é levada e quase estuprada por um cara nojento. Eu acho que ela sentiu até alívio quando as coisas mudaram e a Praia se tornou uma arena de provas.

Chishiya, depois de ter usado Arisu, descobre onde estão as cartas já conquistadas (embora atrás de um quadro não seja, necessariamente, um esconderijo “genial” para um cofre secreto, né?),e consegue roubá-las… a essa altura, no entanto, talvez as cartas já não signifiquem nada. Ele rouba a carta e ruma para a saída, com Kuina perguntando se ele não sente nem um pouco de pena de Arisu, mas Chishiya diz que, se ela está com pena, ela pode voltar e ajudá-lo, mas ele está indo embora… ou ele acha que está, porque, antes que possa sair, ele vê aquela contenção que é colocada ao redor de arenas de prova: ele não pode sair, e ninguém pode, porque UMA PROVA ESTÁ PRESTES A COMEÇAR ALI MESMO NO HOTEL, PARA TODOS QUE ESTÃO HOSPEDADOS. É tão sombriamente irônico que eu tive que rir, amando cada segundo daquele plot twist.

E só podia gritar: CARALHOOOOO.

Essa é a forma do Mestre do Jogo, quem quer que ele seja, lembrar aos iludidos da Praia que uma utopia não existe e é ele quem manda ali. A Praia, então, se torna uma arena de jogos, e todos que estão lá dentro são obrigados a jogar, ou então estarão mortos – e não será qualquer jogo, mas o temido 10 DE COPAS sobre o qual ouvimos falar e nos perguntamos o que seria. Há correria, o saguão fica lotado, Usagi consegue escapar de seus captores e “se inscrever” para a prova, enquanto Arisu continua preso, sem ter muito o que fazer… o nome do jogo é “CAÇA À BRUXA” e, basicamente, eles precisam descobrir quem entre eles matou Momoka: a forma de zerar o jogo é encontrando a “bruxa” e a queimando na fogueira do julgamento. Eu ri de puro nervoso, e mal posso esperar para a TENSÃO que o próximo episódio promete. Debochado, o episódio termina mostrando uma tela que anuncia: “JOGO INICIADO”.

CARA, COMO EU AMO ESSA SÉRIE!

 

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