Ai que lindo esse “ritual” na floresta!
CERTAMENTE,
UM DOS MELHORES EPISÓDIOS DA SÉRIE. E, como eu já comentei várias vezes, é um
máximo poder vir, episódio a episódio, falar sobre como eu
amo essa série – ela nos fascinou cada vez a cada temporada, e é
realmente uma pena que a terceira temporada seja a última…
“Anne with an E” vai deixar saudades. Tem um visual incrível, um
elenco talentosíssimo, um clima gostoso e aconchegante e temas pertinentes
sendo tratados da forma mais delicada possível!
“I Am Fearless and Therefore Powerful”, por exemplo, traz algumas
discussões importantes a respeito do que é ser mulher e a importância da
educação sexual para todos, no meio de uma série de cenas que são memoráveis e
devem entrar para a história de
“Anne
with an E” – cenas como as de Diana e Jerry, a dança perfeita de Anne e
Gilbert e, é claro, o ritual na floresta.
O episódio
começa com uma aula ao ar livre, enquanto a Srta. Stacy tenta ensinar e os adolescentes
estão mais preocupados em rir ou flertar… a sequência inicial do episódio é
perfeita, porque introduz brilhantemente
uma série de histórias que se desenvolverão ao longo do episódio. Aqui, no meio
de risadinhas e curiosidades, também vemos Moody se acidentar, e quando ele
ganha um corte imenso na perna, quem está mais perto e pode ajudar é a tribo
indígena da qual Ka’kwet veio. A parte da perna do Moody sendo costurada é
angustiante e difícil de acompanhar, mas adorei ver o fascínio curioso de Gilbert
Blythe, enquanto isso, de alguma maneira, o motivava de volta à carreira de
médico, depois de ele ter duvidado no episódio anterior. E ele também está
fascinado com tudo o que os índios sabem
e seus livros de medicina não dizem!
Os poderes
do mel, por exemplo!
E eu adoro ver o Gilbert empolgado assim…
Bash, por
sua vez, continua tendo que aprender a levar a vida depois da morte de Mary, e
as coisas não estão fáceis, tampouco ficarão nos próximos dias… Rachel e
Marilla, que estão ajudando a cuidar da pequena Delphine, por exemplo, são
velhas, estão cansadas e sabem que isso não vai poder durar por muito tempo –
ainda mais que junho está chegando e será época de plantações. Por isso, Rachel
decide que é hora de Bash encontrar uma nova esposa – ele, em contrapartida,
escreve uma carta pedindo socorro para a mãe. E, falando sobre a morte de Mary
e sobre
escrever coisas, Anne tem a
ideia de escreverem algo para publicarem no jornal em homenagem a Mary, porque
pode ser importante para Delphine quando ela crescer, e Gilbert escreve algo
lindíssimo e emocionante que é eventualmente publicado no jornal de Avonlea,
com a aprovação de Bash.
É LINDO!
Precisamos
comentar, nesse episódio, sobre as cenas de Diana e Jerry! Todo dia, depois da
aula, Diana vai embora com Anne, enquanto elas fazem a contagem regressiva até
o momento em que terão que se separar, sempre da forma mais dramática e emotiva
possível, e a amizade delas é linda… em um desses dias, depois que elas se
despedem, Diana é surpreendida por Jerry, que está ali para
acompanhá-la até em casa – e ela até faz
cena e se faz de durona, mas a verdade é que ela adora a companhia, até pede
que ele continue. JERRY E DIANA SÃO UM DOS CASAIS MAIS FOFOS DA SÉRIE! Sempre
achei o Jerry um fofo, e amei vê-lo recitar um trecho de
“Frankenstein” para Diana (!), quando lhe indica e empresta o livro
para que ela leia… também gostei do presentinho que Diana deixou a Jerry no
celeiro dos Cuthbert – uma pena que, na frente de Anne, ela o tenha dispensado.
Sacanagem, Diana!
Esperando
que isso se conserte nos próximos episódios!
Mas a
felicidade do Jerry indo embora com o lencinho que ela bordou pra ele! QUE
PUREZA!
Uma parte
importantíssima do episódio e que traz discussões importantes com bastante
bom-humor, mas sem deixar de ser sério, é a parte da festa vindoura para a qual
os estudantes do colégio são convidados a
ensaiar
uma dança… a Srta. Stacy pede a ajuda de Rachel (que aproveita a
oportunidade para tentar empurrá-la novamente para um de seus filhos), e elas
tentam ensaiar os jovens em uma dança elaborada – e os adolescentes estão
empolgados porque, enfim,
toques serão
permitidos. Ruby consegue tornar a cena engraçada, mas eu acho um pouco
perturbador ver a maneira como ela está
desesperada, depois de alguns segundos de dança,
com medo de estar grávida… afinal de contas, sua mãe lhe disse que
se ela ficar perto de um garoto e deixar que ele a toque, ela pode engravidar.
O desespero toma conta de todas rapidamente,
e a Srta. Stacy precisa explicar que não é assim que acontece.
Mesmo assim, a Srta. Stacy não é clara o
suficiente.
As garotas continuam cheias de dúvidas.
Mas a dança
continua – e é então que ganhamos uma das cenas mais esperadas e mais incríveis
de
“Anne with an E”: o momento em que
Anne Shirley-Cuthbert e Gilbert Blythe dançam juntos, e os olhares são cada vez
mais intensos! O CLIMA QUE ROLA ENTRE OS DOIS DURANTE AQUELA DANÇA! É uma cena
perfeita, daquelas de esquentar nossos coraçõezinhos, e eu gostei muito de como
a série apostou nela durante um longo tempo. Amei ver a Anne tomando
consciência do que estava sentindo, assim como amei o Gilbert cheio de graça ao
agir de uma maneira que é tanto sedutora quanto divertida, porque, na verdade,
ele também está confuso… sempre achei que ele tivesse mais consciência do que sentia
por Anne, mas, nessa temporada, ele acabou se distraindo, fingindo que não
entendia, e é bom vermos esse momento em que
a ficha volta a cair.
São vários
momentos dos dois, até depois da dança!
As meninas,
no entanto, querem entender algumas coisas… a Srta. Stacy disse que elas não
podiam engravidar dançando, mas tampouco disse
como isso aconteceria, e elas ainda são atormentadas por boatos de
que mulheres intelectuais ou emotivas
estão
fadadas a esterilidade – aqui, as meninas protagonizam um momento divertidíssimo
no qual jogam Anne na frente delas para conversar com Gilbert e perguntar se
isso é verdade, e tudo o que ele diz,
confuso e um pouco desconfortável, é que nada que ele tenha lido em seus
estudos indica qualquer coisa desse tipo.
Ufa.
No fim, do episódio, Anne organiza e lidera um ritual lindíssimo no meio da
floresta durante a noite, acompanhada das meninas. De camisola e flores na
cabeça, elas acendem uma fogueira, dançam, riem e falam sobre como seus corpos
são seus e elas escolherão quem amar.
É um
discurso lindíssimo, que termina com o momento emocionante em que Ruby diz que
adora ser mulher. Eu AMO esses momentos
que as garotas compartilham, e acho que eles são importantíssimos – acredito
que não são coisas muito trabalhadas nos livros originais sobre a Anne, mas é
algo que a série trouxe à tona de forma poderosa, e é um dos motivos pelos quais
nós a amamos tanto! ESSA SÉRIE É INCRÍVEL, E CERTAMENTE MERECIA CONTINUAR POR
MAIS ALGUMAS TEMPORADAS! Ainda havia tanta história para contar, tantos
assuntos importantes que discutir… essa cena em particular me lembrou uma da
temporada passada, quando Prissy resolve não se casar e sai correndo da igreja,
seguida pelas garotas, que correm ao seu redor na neve, simbolizando toda essa
liberdade de decisão e de ser dona da própria vida. Aqui, a mensagem foi
acompanhada por uma fala.
E A ANNE
ARRASOU!
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