“300 years ago, a guild of philosophers became curious
about the bond between the smallest of atoms. They forged an instrument, a
knife, that in the hands of the right person could cut the very fabric that
joins worlds. They christened that person The Bearer. And the knife they called
The Subtle Knife. The Guild built a tower in the city of Cittàgazze. A monument
to the knife which they hid within it. They kept its powers secret, but had a
choice. Use this knife for the benefit of all existence or just for the benefit
of their own. They chose badly, stealing trinkets to fatten their own pockets.
A strange, evil force crept out from the shadows. Spectres. And then came
Asriel's great tear in the sky. And with it came a mass flood of Spectres. A
pestilence. Those that survived fled. The Subtle Knife was born of hope but
used with greed. And yet, in the right hands, it could still save us all”
O EPISÓDIO
QUE EU ESTAVA ESPERANDO! E que episódio
perfeito,
em todos os sentidos.
“His Dark
Materials” foi incrível desde a sua estreia, acertando em cheio no visual e
nas atuações, e adaptando brilhantemente a história de
“Fronteiras do Universo”, seguindo bem os passos do livro de Philip
Pullman. Estava ansiosíssimo pela segunda temporada por saber que ela se
referia a
“A Faca Sutil”, que é o meu
livro favorito na trilogia, e essa adaptação está
impecável. Chegamos ao momento em que adentramos a Torre dos Anjos,
conhecemos a Faca Sutil e ouvimos a Matéria Escura/Pó/Sombras falar e nos
intrigar…
agora eles têm um nome e um
propósito e, por incrível que pareça, temos ainda mais dúvidas do que tínhamos
antes. E a série não cansa de nos surpreender! Me pergunto se parte de
“A Luneta Âmbar” ainda entrará na
conclusão desse episódio!
Eu sabia que
o episódio ia ser PERFEITO assim que ele começou, com aquela narração que
foi de arrepiar… uma narração que conta
a história da Faca Sutil, da Torre dos Anjos, de Cittàgazze, dos Espectros,
enquanto vemos cenas que ilustram isso tudo, terminando com o momento em que
vemos Will, o próximo
Portador da Faca
Sutil – aquele em cujas mãos a Faca Sutil pode
salvar a todos. Aquilo foi ELETRIZANTE e já me deixou surtando
completamente. A missão de Will e Lyra, nesse episódio, é invadir a Torre dos
Anjos e roubar dita faca, para que possam recuperar o aletiômetro… ou pelo
menos é isso o que eles acreditam em um primeiro momento, mas acabam
descobrindo que isso tudo é muito maior do que eles imaginam e que eles podem
ter
missões diferentes do que pensavam
para desempenhar.
Will está prestes a se
tornar o Portador.
Assim, Will
e Lyra entram na Torre dos Anjos, e vamos dizer: COMO AQUELE LUGAR É LINDO!
tudo é grande, austero, um pouco assustador, mas incrível – e então conhecemos
Tullio, o garoto que roubou a Faca Sutil e está brandindo ela para todos os
lados, e Giacomo Paradisi, o antigo Portador da Faca. As cenas são
eletrizantes, tensas e, para quem leu o livro, ainda causam uma expectativa
assustadora, porque sabemos o que está por acontecer e passamos a cena toda
esperando por aquele momento, num misto de ansiedade e medo. A série ainda não
contou exatamente o que era a Faca Sutil e tudo o que ela podia fazer, mas
vemos o poder dela sendo brandida por Tullio e cortando estátuas de ouro maciço
como se fossem folhas de papel, e então Will entra numa luta contra o garoto,
uma sequência aterrorizante que nos deixa apreensivos do início ao fim.
E termina
com os dedos cortados de Will.
A marca do Portador.
Em paralelo,
e eu adorei como a série mostrou isso, acompanhamos a jornada de Lee Scoresby
em busca de Stanislau Grumman – e ele finalmente o encontra, em um lugar
isolado, depois de muita dificuldade… a cena de Scoresby com Grumman, agora chamado
de Jopari, É MARAVILHOSA E ESCLARECEDORA. Os dois estavam incríveis na
interação e na maneira didática como muita coisa veio à luz, em relação à Æsahættr,
a Faca Sutil e em relação à jornada que ainda está por vir… Jopari fala sobre a
Æsahættr e sobre o seu poder de cortar não apenas
matéria, mas também espírito – o poder de matar o que é imortal.
Jopari também fala sobre um novo Portador que está prestes a ser designado, e
sobre como ele precisa encontrar essa pessoa e levá-lo, com a Æsahættr, até o
Lorde Asriel…
e agora essa é a missão de
Jopari e de Lee Scoresby.
Lee nem
imagina que o Portador da Æsahættr está, nesse momento, com Lyra.
O episódio
conseguiu traduzir bem as páginas de
“A
Faca Sutil”, embora, de modo geral, eu ainda tenha ficado mais preso e
angustiado durante a leitura, talvez pelo tempo prolongado em que passamos na
luta de Will ou na dor de sua mão – senti um pouco de falta da interação de
Will e Pan, que acontece, sim, na série, mas que não é tão intensa e tão longa
quanto no livro. De todo modo, agora Will é o novo Portador da Æsahættr, e ele
não pode fugir dessa missão… o Sr. Paradisi, portanto, tenta ensiná-lo sobre a
Faca – sobre o lado da lâmina que pode cortar qualquer material do mundo, e o
outro lado que pode abrir passagens entre mundos. Estava ansioso para ver o
momento em que o Will começaria a cortar passagens, porque acho isso tudo tão
bonito, tão poético!
E o episódio
traz isso brilhantemente. Vemos sua dificuldade, sua insegurança, vemos a Lyra
dando-lhe força e comparando a experiência com a leitura do aletiômetro, e
então Will consegue fazer isso pela primeira vez… consegue abrir uma janela até
outro mundo (achei importantíssima a ênfase nos fios que se tornam visíveis e
como cada um deles é um mundo diferente) e, depois, fechá-la. Isso será
importantíssimo para a jornada que Will e Lyra precisam enfrentar pela frente,
a começar pela missão mais urgente que eles têm:
recuperar o aletiômetro. Gosto muito dessa parte do livro e como
parece que, daqui para a frente, tudo é frenético, e isso vai se refletir nos
episódios dessa segunda temporada! Ainda temos muita história para acompanhar,
e tudo está ficando maior do que jamais imaginamos que seria, quando começamos
essa jornada.
Enquanto
Will está se habituando à ideia de ser o novo Portador, Cittàgazze está
movimentada com a presença do Lorde Boreal e da Sra. Coulter, assim como os
espectros – enquanto lia o livro, eu imaginava os espectros mais ou menos como
dementadores, e eu gosto de como a série
conseguiu desvinculá-los daquela ideia e, ainda assim, fazer deles apavorantes.
As cenas dos espectros são muito boas, e Will está cada vez mais perto de
vê-los, embora agora ele esteja supostamente seguro, estando em posse da Faca
Sutil… mas vemos os espectros tentarem atacar o Sr. Paradisi, já que ele não
tem mais a proteção da Æsahættr, mas felizmente ele consegue morrer antes de
ter sua vida sugada pelos monstros; Tullio, por sua vez, não tem a mesma sorte,
e vemos os espectros o atacarem, embora isso provavelmente não gerará tanto
problema a Lyra e Will quanto no livro!
Por fim,
precisamos comentar as MARAVILHOSAS cenas da Dra. Mary Malone com a Matéria
Escura. Durante a maior parte do episódio, isso esteve em segundo plano, até
que cheguemos a uma cena lá no fim do episódio em que ela se conecta à Caverna,
se coloca no estado de espírito que precisa estar para se conectar com o Pó, e
então
consegue conversar com ele… fui
pego de surpresa ao ouvir o computador falar com ela, ao ver que o episódio deu
voz aos “Anjos” através do computador da Dra. Malone, e o diálogo é basicamente
o mesmíssimo que lemos nas páginas de
“A
Faca Sutil”, e, portanto, é tão eletrizante quanto. Aqui, o computador pede
que
ela faça uma pergunta, e quando a
Dra. Malone faz uma série de perguntas, as Sombras a respondem… e, assim como
me senti quando lia o livro,
eu queria
passar mais tempo aqui… queria conversar com o Pó até sanar todas minhas
dúvidas.
“Ask a question”
“Okay. Okay”
“Are you Shadows?”
“Yes”
“Are Shadows the same as Lyra's Dust?”
“Yes”
“And is Dust Dark Matter?”
“Yes”
“So Dark Matter is conscious?”
“Evidently”
“The mind that's answering these questions, it isn't human,
is it?”
“No. But humans have always known us”
“There's more than one of you?”
“Uncountable billions”
“But what are you?”
“Angels”
“Angels?”
“Yes”
“Angels are creatures made up of Shadow-matter, of
Dust?”
“Yes”
“And Shadow-matter is what we call spirit?”
“From what we are, spirit. From what we do, matter. Matter
and spirit are one”
“You've always been there?”
“Making. Stimulating. Guiding”
“So does that mean Angels have intervened in human
evolution?”
“Yes”
“But why?”
“Vengeance”
QUE DIÁLOGO
PERFEITO! E NOS DEIXA CHEIOS DE PERGUNTAS. QUEREMOS MAIS!
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