“Impertinent.
Intelligent. Free”
COMO ASSIM
FICOU MELHOR AINDA?! Como eu sempre comentei, eu amo
“A Faca Sutil”, e a segunda temporada de
“His Dark Materials” está sendo uma adaptação perfeita desse livro
tão incrível… no episódio passado, tivemos um dos momentos mais esperados da
adaptação, que é quando Will e Lyra entram na Torre dos Anjos para pegar a Æsahættr,
e Will se torna o novo
Portador da Faca
– agora, parece que as coisas estão crescendo, e eu adorei toda a tensão que o
episódio passou com maestria, enquanto se aprofunda em alguns personagens antes
do que esperávamos… Marisa Coulter ganha cenas espetaculares em
“The Scholar”, por exemplo, o que nos ajuda
a
entendê-la um pouco melhor, a Dra.
Malone já faz a passagem que, no livro, acontece só no encerramento da
história, e Lyra tem um momento inédito que mostra uma força impressionante.
O episódio é
excelente!
E eu já
começo a ficar triste porque estamos chegando ao fim da temporada…
Tendo
conseguido a Æsahættr, agora Will e Lyra precisam conseguir de volta o
aletiômetro… e é claro que eles não vão fazer isso entregando a Faca Sutil nas
mãos de Charles Latrom/Lorde Boreal. Então, assim que consegue fazer bem o que
Giácomo o ensinou, Will começa a abrir janelas em Cittàgazze para compará-la
com a sua Oxford, até que eles consigam chegar à casa de Charles – no mesmo
lugar em que está a Torre dos Anjos. Assim, eles “só” precisam abrir uma
janela, passar e recuperar o aletiômetro… eles pretendem esperar até a noite
para fazer isso, e eu já fui ficando tenso, porque foi uma das sequências mais
ANGUSTIANTES de se ler durante a leitura de
“A
Faca Sutil”. Enquanto isso, eles precisam enfrentar, por exemplo, a irmã de
Tullio, que está horrorizada ao vê-lo depois de ele ter sido “devorado” pelos
Espectros e que quer culpar Will e Lyra.
Gosto muito
de como
“His Dark Materials”
equilibra as cenas entre os mundos, e tivemos uma cena interessante no
Magisterium, com eles preocupados com a Anomalia e com tudo o que ela
representa, falando sobre a Autoridade e sobre mártires, e toda a sequência
causa arrepios… durante todo o tempo, fiquei esperando a aparição das
feiticeiras, que vimos atravessar a “Anomalia” no fim do episódio passado, mas
a sua chegada fica ainda para o próximo episódio, provavelmente – ansioso para
ver algumas cenas que eram incríveis no livro e que já pude ver no trailer da
temporada! No mundo de Will, o Lorde Boreal apresenta à Sra. Coulter um pouco dessa
outra realidade, e eu adorei a maneira como a série conseguiu fazer com que
sentíssemos um pouco mais da personalidade de Marisa, que percebêssemos como
aquilo tudo mexeu com ela.
Tudo é muito novo, diferente, repleto de
possibilidades.
Amei (e
estou bem surpreso de estar dizendo isso) as cenas da Sra. Coulter – cada uma
delas. Gostei de vermos um pouco mais desse ainda “misterioso” afastamento
entre ela e o seu daemon, que acaba ficando para trás na casa de Charles, por
exemplo, quando a Sra. Coulter sai para falar com a Dra. Malone – E QUE CENA
MARAVILHOSA É ESSA DA SRA. COULTER COM A DRA. MALONE. E aquilo mexe
profundamente com ela… é uma cena curta, em que eles falam sobre Lyra, sobre a
pesquisa de Mary com a Matéria Escura, o Pó, e sobre as pesquisas de Marisa em
teologia experimental. Quando ela volta para casa, ela está mexida, um pouco
incomodada, e, de alguma maneira, eu pude compreendê-la – eu pude entender o
quanto ela pesquisou e trabalhou em seu mundo sem ser reconhecida por ser
mulher, enquanto, ali,
as mulheres podem
pesquisar, publicar e serem doutoras, como Mary Malone.
Ela fala
abertamente sobre “quem poderia ter sido” nesse mundo.
E poderia
mesmo! A história poderia ter sido bem diferente!
Foi bem
construído e nos fez ter empatia por uma personagem que, até agora, era
basicamente
apenas má – algo que
“A Luneta Âmbar” é que faz na trilogia
de livros. Dessa parte, caminhamos para, enfim, o roubo do aletiômetro, que era
uma cena aguardadíssima por mim, e que sofreu algumas alterações de sua versão
original nas páginas do livro – e, no início, eu estava pronto para criticar.
Acho que Philip Pullman guia o momento brilhantemente, causa tensão e
nervosismo, e a série “simplificou” a sequência, mas aproveitou para incluir um
momento que também é tenso e importante, só que de outra maneira:
o momento em que Lyra enfrenta a sua mãe.
A cena é fortíssima, um pouco angustiante, mas eu não vou dizer que eu não
gostei de ver a Lyra jogando o Pan para cima do maldito macaco dourado…
eu não estava esperando por aquilo, fui pego
desprevenido, e adorei.
“I am nothing like you”
Assim, a
cena do roubo do aletiômetro ganha um pouco mais de ação, e só imagino a dor
que o Will sentiu no seu confronto contra Charles/Lorde Boreal… agora, no
entanto, estando de volta com o aletiômetro e com a Æsahættr, eles podem
empreender sua jornada em busca do pai de Will – e cumprir as missões que nem
sabem que têm nessa história toda, que é muito maior que eles. Enquanto isso, a
Dra. Malone conversa com os Anjos em seu computador mais uma vez, e eles falam
enigmaticamente sobre como “ela deve ser a serpente”, e então lhe dão instruções
sobre o que ela tem que fazer a seguir, indicando uma passagem
para outro mundo, dizendo que ela estará
protegida lá… então, vemos aquele momento que é a última cena da Dra. Malone no
livro
“A Faca Sutil”, quando ela
atravessa uma janela no ar para outro mundo…
direto para Cittàgazze.
Mas os Anjos disseram que ela estará
protegida…
Estará mesmo?
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