“Eve. She’s
Eve. The Mother of All”
CARAMBA, QUE
EPISÓDIO PERFEITO! “Æsahættr” foi
tudo o que eu esperava para encerrar a segunda temporada de “His Dark Materials” que, para mim, foi
uma adaptação praticamente perfeita de “A
Faca Sutil”, meu livro favorito na trilogia “Fronteiras do Universo”. O livro é intenso, com algumas respostas,
mas cheio de perguntas, e, particularmente, eu acho sua construção narrativa
muito mais fascinante que a de “A Bússola
de Ouro” o que, para mim, se transpôs em uma segunda temporada impecável e
da qual gostei ainda mais do que a excelente primeira temporada… aqui, pudemos
explorar personagens, entender motivações, ampliar o Universo e nos prepararmos
para a Grande Guerra que se anuncia na terceira temporada – aquela cena do
Lorde Asriel com os Anjos perto do fim do episódio, por exemplo, nos deu um
gostinho do que está por vir.
E VAI SER
SENSACIONAL.
“His Dark Materials” segue sendo uma das
minhas séries favoritas atualmente.
O episódio
teve bastante coisa acontecendo simultaneamente, mas empurrando os personagens
igualmente até a Grande Guerra e, por isso, eu acredito que foi feito da melhor
maneira possível: tinha que ser ágil, como foi, para nos dar essa sensação de
urgência, essa sensação de que tudo
vai
ficar muito maior e de que precisamos logo da terceira temporada. Que venha
“A Luneta Âmbar” – agora, a terceira
temporada vai ser mais longa ou ela vai ser mais corrida? Porque
“A Luneta Âmbar” é um livro imenso, e
“A Bússola de Ouro” e
“A Faca Sutil” foram tão bem adaptados,
sem correria, dando o tempo necessário a cada acontecimento. Enfim. Esse também
foi um episódio de perdas dolorosas, e teve uma sequência que me machucou
demais enquanto lia o livro e ela é brilhantemente adaptada para as telas,
inclusive com o diálogo que lemos nas páginas de
“A Faca Sutil” –
sofri tudo
novamente.
Como eu
comentei, o episódio se divide entre vários personagens, que têm pequenos
momentos significativos. Mary Malone é, provavelmente, a personagem que menos
aparece, guiando duas crianças até um lugar seguro e, então, seguindo seu
caminho em busca de Lyra. Lyra e Will, por sua vez, estão sob a proteção das
feiticeiras, mas se perguntando
se não
deviam seguir o caminho sozinhos – afinal de contas, os espectros podem
atacá-las. Aqui, gostei muito da cena em que, enquanto Lyra finge que dorme,
Pan vai conversar com Will e eles falam sobre o pai de Will e o fato de
Lyra ser sua melhor amiga… é uma cena
bem bonita e que, mais tarde, é trazida de volta à tona quando Lyra fala sobre
o melhor amigo que teve, Roger, e como o decepcionou…
afinal de contas, ela nunca aprendeu a lidar com a morte de Roger e a
culpa que sente.
As
feiticeiras, por sua vez, trazem algumas informações… uma delas é vista
em outro mundo, um que conheceríamos
apenas em
“A Luneta Âmbar”, ouvindo
falar sobre a Æsahættr – sem saber que se trata da Faca Sutil que já está em
posse de Will, Ruta fala a Serafina Pekkala sobre como eles precisam ir em
busca dessa arma para entregar ao Lorde Asriel para que ele destrua a
Autoridade… a obrigação de Serafina, no entanto, é com Lyra e ela não vai
deixá-la:
como ela diz, a profecia diz
que ela é a garota que trará o fim do destino e restaurará o livre arbítrio.
Em paralelo, Marisa ataca uma feiticeira em Cittàgazze em busca de respostas
similares e, antes de ter seu daemon devorado por um espectro, a feiticeira
acaba contando a Marisa o que ela quer saber:
quem é Lyra. “Eva. Ela é Eva. A Mãe de Todos”. Se Lyra é Eva
antes da queda, Marisa quer
impedi-la de cair dessa vez.
E O QUE ISSO
TUDO SIGNIFICA?!
[Destaque
para a cena da Marisa com os espectros na Torre dos Anjos. Arrepiou, mas foi
LINDA!]
No fim do
episódio passado, o balão que trazia o Xamã, Grumman, e Lee Scoresby caiu e,
agora, eles estão em uma guerra contra o Magisterium que é uma sequência
dolorosa que
eu não estava preparado para
assistir… a cena é tão angustiante e triste quanto no livro, e novamente eu
não soube lidar com o ataque ao Lee Scoresby e Hester. A troca de tiros
enquanto eles conversam, o tiro que pode lhe custar a vida, a forma como ele
chama por Serafina Pekkala… e mesmo sabendo que não haverá tempo, parte de mim
se agarrou a uma esperança de que ela chegasse e o salvasse, quando ela sente
que ele está em perigo e Lyra a manda ir, mas
já é tarde demais. Com um diálogo lindíssimo e uma declaração de
amor a Lyra, os olhos de Lee se apagam, uma lágrima escorre e Hester
desaparece…
não há mais nada que possa
ser feito para salvar Lee Scoresby, nosso amado Lee.
EU NÃO ESTAVA PREPARADO PARA A DOR DAQUELA
CENA.
Sem saber,
no entanto, Lee não salvou apenas Lyra… mas
também Serafina.
Por fim,
Will completa parte de sua jornada quando encontra o pai… o Xamã, Stanislaus
Grumman, Jopari…
John Parry. É uma
cena um pouco mais longa que no livro, com uma mudança bem-vinda, porque EU
FIQUEI MUITO FELIZ com o Will podendo conversar com ele
sabendo que ele é seu pai! Foi uma sequência emotiva com os dois
sabendo que são pai e filho, tendo a chance de conversarem – Will pode fazer
perguntas que sempre teve em mente, e Jopari pode contar para ele que tentou
encontrar o caminho de volta para casa, mas não conseguiu, e então acabou se
envolvendo em uma trama maior que
pode
salvar a todos… e ele achou que ajudando a todos acabaria ajudando a sua
família também. A cena é emotiva, e duas falas me marcaram bastante, por mais
simples que elas sejam.
Quando
Jopari diz “My son… is the Knife Bearer”
e quando Will diz “You have a daemon”.
É DE
ARREPIAR.
Depois da
conversa sobre a família e das lágrimas de Will, o pai lhe passa a missão,
aquilo que ele queria fazer ao encontrar o Portador da Faca:
dizer-lhe que a Æsahættr devia ser levada ao
Lorde Asriel porque é a única arma que pode derrotar a Autoridade. Então,
protegendo o Will (motivo bem diferente para a sua morte, mas devo dizer que
gostei mais da morte de John Parry na série),
Jopari leva um tiro e antes que ele morra e seu daemon se apague, ele diz a
Will que os Anjos estão vindo e que
eles
guiarão o seu caminho… é uma cena emotiva e bonita, mas eu sofri pelo Will,
porque, depois de tudo, ele perde o pai. E, ele ainda não viu,
mas ele também perdeu a Lyra. Depois de
descobrir que Lyra será “Eva”, Marisa a encontra e a sequestra… o último que
vemos de Lyra é ela presa em um baú, com a Sra. Coulter prometendo levá-la “a
um lugar seguro”.
Por fim,
precisamos falar SOBRE O LORDE ASRIEL. Ouvir a voz dele me deixou
empolgadíssimo, e triste porque o episódio protagonizado por James McAvoy
acabou não acontecendo nessa segunda temporada, mas é muito bom vê-lo
novamente, e mal posso esperar pela terceira temporada… o Lorde Asriel está em
um outro mundo, aparentemente deserto, falando com alguém sobre o seu plano, a
sua missão: sua ideia de derrotar a Autoridade, devolver o livre arbítrio e
inaugurar uma “República do Céu”. O discurso é de arrepiar, e ver com quem o
Lorde Asriel estava falando, afinal, foi um momento aguardado e belo –
passei a temporada toda esperando para ver
os Anjos! Então, eles aparecem, e embora seja um momento breve, deu para
sentir que o que vem pela frente vai ser F*DA. A voz dos Anjos tomando forma (mesma
voz que fala com a Dra. Malone) e dizendo que estão com o Lorde Asriel,
enquanto ele se preparada para a Guerra…
Wow.
“I have struggled through many worlds to arrive here.
But you know this. I have sacrificed things... Things I did not want to. My
fight is not with you. But you are the last obstacle between me and my enemy.
And if I must, I will raise arms... again. My fight is with the Authority...
and those doling out cruelties in his name... those who seek to divide in order
to control... and who have built worlds founded on privilege and divine right
rather than care and need. I fight for freedom of knowledge, and in place of
deceit, intolerance and prejudice... I fight for the possibilities of
understanding, truth and acceptance. But I cannot win these things alone. I
will need help and support. From you, and all those who have rebelled. Let us
be united in heart, soul and deed, and together we could build a Republic of
Heaven above and a Republic of Ideas below. Worlds in which the scars of
history may be healed. Better worlds, where the privilege of freedom becomes
the right of all peoples. But I tell you this now. There is no neutral ground.
You are either for me or you are against me. Now, which is it? You're out
there. I know you are. Answer me! Answer me!
Asriel! We stand with you, Asriel Belacqua.
Good. Then let us prepare for war”
Ah, como eu
queria o episódio sobre o Lorde Asriel!
Ansiosíssimo
pela terceira temporada.
P.S.: E
AQUELA CENA PÓS-CRÉDITOS DO ROGER?! Arrepiou tudo aqui!
Para mais postagens de His Dark Materials, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário