“The signal is calling…”
Se “Lost Galaxy” iniciou uma mudança na
franquia “Power Rangers”, “Lightspeed Rescue” a consolidou de uma
vez por todas… no ano anterior, pela primeira vez tivemos uma temporada que
trazia uma equipe inteiramente nova e uma história independente, mas ainda
tínhamos algumas conexões mais vagas com a Era Zordon, que incluíam a
participação de Bulk, por exemplo, ou até do Alpha 6, em raras ocasiões. “Lightspeed Rescue” consolidou as
mudanças na franquia, aproximando “Power
Rangers” do que víamos anualmente no “Super
Sentai”, onde as equipes e uniformes eram trocados e as histórias eram
independentes… a única conexão que vemos de “Lightspeed
Rescue” com o restante das temporadas que vieram antes delas está no crossover com “Lost Galaxy” – no mais, temos uma história independente que se
passa em Mariner Bay.
Gosto muito
de
“Lightspeed Rescue”, mas sinto que
ela tinha potencial para ser
muito mais
– e esse potencial não foi devidamente aproveitado. A história da temporada
traz demônios atacando uma cidade chamada Mariner Bay, porque ela foi
construída sobre o lugar onde outrora ficava o palácio da Rainha Bansheera; o
que quer dizer que, de certo modo, os demônios têm motivos para atacar a
cidade. Quando uma antiga tumba é aberta e os monstros começam a tomar conta da
cidade, uma organização chamada LIGHTSPEED RESCUE começa a recrutar pessoas
para se tornarem Power Rangers e defender Mariner Bay… dentre eles, Carter
Grayson, que é o único dos personagens que tem a mesma profissão da sua
contraparte no Sentai:
ele é bombeiro,
e eu acho que isso tem tudo a ver com o tema da temporada e acaba funcionando
muito bem!
Para mim, um
dos problemas da temporada são os Rangers, de modo geral – eles não são minha
equipe favorita, embora eles contem algumas histórias legais. O único Ranger de
que gosto
de verdade é Carter, porque
acho que ele é um bom Ranger Vermelho, e gosto de toda a sua responsabilidade
que já vem do fato de ele ser um bombeiro… no mais, eu gosto também de Chad e
de Dana, mas acho que nenhum dos dois foi suficientemente aproveitado pelo
roteiro, então eles não tiveram a chance de se tornarem Rangers realmente
memoráveis. E não gosto, de modo algum,
de Joel ou de Kelsey. Joel é bem caricaturado e tem uma história de “tentar
conquistar a Srta. Fairweather”, mas ele é machista, chato, e a história se
torna repetitiva
lá pelo segundo episódio…
e se estende até o fim da temporada. Kelsey, por sua vez, me irrita na maior
parte do tempo, a acho muito exagerada nas suas expressões e modo de falar, não
dá para levá-la a sério.
E, ao lado
deles, temos Ryan Mitchell como o Titanium Ranger, o Ranger extra da temporada
– e é bacana recordar que esse é um Ranger criado exclusivamente para
“Power Rangers” e, portanto, não tem uma
contraparte no Sentai de que a temporada é adaptado… talvez por isso Ryan
esteja tão ausente na maior parte dos episódios, se tornando, mesmo, uma
participação especial e não
parte da equipe. Mesmo assim, Ryan é
memorável e tem alguns arcos bem interessantes em
“Lightspeed Rescue”, seja na sua apresentação como Power Ranger, no
seu drama familiar, que é clichê, mas interessante de acompanhar, do mesmo
jeito, ou a pesquisa a que ele se dedica durante a maior parte da temporada,
que é o que justifica a sua ausência…
ele
quer encontrar uma forma de destruir a Rainha Bansheera de uma vez por todas.
E nós ficamos ansiosos pelo seu retorno!
O visual da
temporada:
podia ser melhor, mas
algumas coisas precisam ser enaltecidas. Sempre falei sobre como
eu não gosto do uniforme de “Lightspeed
Rescue” (é um dos que menos gosto), em especial do capacete, mas eu acho
que ele tem uma característica bacana que é a possibilidade de abrir o visor e
permitir-nos ver as expressões dos personagens acima do filtro de fumaça –
seria um ponto a mais para a temporada se o recurso fosse realmente utilizado
com mais frequência, como acontece em
"Ninja
Storm”. Outra coisa interessante da temporada é o fato de os Power Rangers,
dessa vez, não terem que esconder a sua identidade, o que nos permite dar uma
respirada de um recurso que vinha sendo utilizado
desde sempre na franquia. Aqui, os Power Rangers parecem assumir
uma posição mais
oficial e, quem
sabe, podem até ser mais respeitados.
A temporada
é a primeira a apresentar 40 episódios (tendência que será mantida nos próximos
dois anos com
“Time Force” e
“Wild Force”), e foi ao ar entre 12 de
fevereiro e 18 de novembro de 2000, sendo uma adaptação de
“Kyukyu Sentai GoGoFive”, o Super Sentai de 1999. Embora
“Power Rangers” tenha mantido apenas o
personagem de Carter Grayson como bombeiro, preciso elogiar o fato de que os
personagens de
“Lightspeed Rescue”
não são adolescentes
com atitude no Ensino Médio, mas pessoas que já tem
uma profissão, ou estão buscando uma (Dana quer estudar para se tornar uma
médica, por exemplo). A temporada é bacana, diferente do que vínhamos vendo e,
embora não esteja entre minhas temporadas favoritas, é uma temporada bem bacana
de se assistir! Só faltou alguma coisa em seu desenvolvimento para que fosse
realmente
ótima.
Para mais postagens de Power
Rangers Lightspeed Rescue, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário