Rubí (2020) – A morte de Cayetano



“Eu não posso te perdoar por isso”
Eu estou inconformado… Cayetano era um dos meus personagens favoritos em “Rubí”, e ele formava uma família linda com Cristina e com Fernandita – ele as amava mais que tudo, e a menina via nele o pai que ela nunca tivera. Era uma relação tão bonita e tão sincera, que a Rubí estragou por não o julgar suficiente (?) para sua irmã, dizendo que “ele era pobre”. Assim, Rubí armou para que ele acabasse preso por um roubo que não cometeu, achando-se inteligente por ter separado a irmã “daquele pé-rapado”, mas ela não esperava que Cayetano fosse ser assassinado na prisão, mas isso é justamente o que acaba acontecendo, e é a maior injustiça da novela… percebemos, então, que as vidas que Rubí mais arruinou foi das pessoas que ela dizia amar… pessoas como sua mãe, sua irmã e sua sobrinha. Elas não precisavam ter passado por tudo isso.
No futuro, Rubí continua contando sua história para Fernanda… quando chega à parte da morte de Cayetano, ela tenta dizer que “não pensou que ele fosse morrer, ela não é uma assassina”, mas Fernanda não está preparada para escutar isso: nada disso teria acontecido se não fosse por ela. E é verdade. Fernanda pode acabar perdoando a tia, mas isso nunca será apagado: Rubí fez isso por egoísmo e por maldade, foi cruel e a morte de Cayetano é, sim, culpa sua. No passado, vemos a Cristina feliz, achando que vai tirar Cayetano da cadeia, porque conseguiu provas de que não foi ele quem roubou a casa de Don Arturo, e Fernandita celebra e canta, e então elas recebem a ligação… e é, provavelmente, uma das coisas mais cruéis de toda a novela. Que morte desnecessária! Cristina acaba passando mal e, no desespero, Fernandita liga a Don Arturo.
Cristina vai à cadeia para receber a notícia oficial da morte do homem que ama (“Você sente muito? Isso não me serve de nada!”), e ela grita, e é maravilhosa! Ela diz que Cayetano era inocente, que ela tem provas disso, e que eles não acabaram apenas com a vida dele, mas com a vida dela também… e eu acho que o pior de tudo é ainda ter que chegar em casa e contar para Fernandita. A garota já sabe que algo de ruim aconteceu, a carinha dela está preocupada, e então ela diz à mãe que “ela dissera que Cayetano voltava hoje”. Eu quase chorei junto com a Fernandita, uma garota que sofreu muito ao longo de sua vida. Cristina explica para a filha e chora, Fernandita também chora e é cruel… o amor da vida de Cristina e o pai que Fernandita nunca teve morto por causa de algo que Rubí achava que elas precisavam, mas que elas nunca quiseram…
Dinheiro.
Rubí, enquanto isso, acaba caindo em uma armadilha idiota do japonês que a está perseguindo – eu digo idiota porque era simples, e Rubí teve que ser inocente (ou burra) demais para cair nela. Felizmente, é algo extremamente rápido e Rubí não fica mais que alguns minutos presa naquele restaurante com o japonês nojento, porque Boris entra com a sua espingarda de estimação, e eu achei divertidíssimo o momento da Rubí com a espingarda, como víamos diariamente na abertura. Depois do acontecido, o Príncipe Eduardo diz que vai adiantar o seu retorno para a Espanha, e ela vai com ele… enquanto isso, Maribel e Alejandro acabam se envolvendo, e eu confesso que, inicialmente, eu fiquei com pena dela, porque eu acho o Alejandro um chato, mas no fim eles acabaram sendo bonitinhos… aos poucos, compreendi a relação deles.
E até torci!
Os criminosos do bairro, quando a polícia vem atrás deles, ligam para Rubí dizendo que ela precisa mandar a irmã ficar quieta ou eles mesmos “vão calá-la”, e Rubí vai até o bairro para falar com Cristina, mas é preciso ser muito dissimulada para isso. Cristina sabe que ela está por trás de tudo e que a culpa é dela, e diz que não vai perdoá-la por isso… Fernandita escuta a discussão da mãe e da tia, coisas que a fazem sofrer, mas que talvez ela precisasse saber. No futuro, Fernanda diz à Rubí que “não pode perdoá-la por isso”. Ela está agitada e nervosa, e então ela não se incomoda mais de esconder a sua identidade… ela grita, ela diz que Cayetano era o pai que nunca teve ou qualquer coisa assim, enquanto Rubí tenta contê-la e diz que ela fez isso tudo “para salvá-la” (ah, como eu odeio esse discurso!), mas só a contém de fato quando a chama pelo nome.
Fernanda.
Eu disse que ela sabia!


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