Rubí (2020) – O fim do conto de fadas



A melhor entrevista de Rubí…
A história de Rubí com A REALEZA DA ESPANHA foi breve e patética, né? Mas eu acho que ela se saiu muito bem, apesar de tudo… porque, convenhamos, sabíamos que a realeza não a aceitaria assim com tanta facilidade e que ela não viraria “Princesa da Genovia Espanha” da noite para o dia. Mas parte de mim esperava que toda essa parte da Rubí se envolvendo com o Príncipe fosse durar mais, mas também acho que seria bem repetitivo para a proposta da série, e por isso é breve e diferente do que vimos antes… pelo menos Rubí consegue usar o Príncipe Eduardo da mesma maneira como usou Lucas há algum tempo: se Lucas a ajudou a escapar de Madrid e de Hector, o Príncipe Eduardo a ajudou a escapar do México, de Lucas e do japonês que não parava de persegui-la… e ela ainda teve a oportunidade de falar umas verdades contra a realeza.
Porque mentir, não mentiu.
No fim do último capítulo, descobrimos que Rubí sabia que a sua “jornalista” era Fernanda… e, na verdade, ela sempre soube, e por isso permitiu que ela se aproximasse, porque queria contar a sua versão da história – embora a sua versão da história seja a mesma que Fernandita cresceu sabendo: ela é a culpada da morte de Cayetano, embora não seja uma assassina. De qualquer maneira, desde a morte de Cayetano, Rubí não voltou a ver a sobrinha, e ambas relembram a última vez em que se viram, quando Fernandita não deixa mais que a tia use o apelido carinhoso que sempre usou para ela, e diz, mesmo tão jovem, que “por sua culpa Cayetano morreu”. “Yo no soy tu chorrita y no te quiero. Me quitaste a mi papá. Eres mala, no te quiero ver nunca más”. Rubí pede que a sobrinha não diga isso, “ou ela morre”, e Fernandita diz que, para ela, “já morreu”.
Foi forte, mas a Rubí mereceu aquelas palavras…
Mesmo agora, Fernanda continua não aceitando a sua aproximação, o seu toque… ou que a chame de “chorrita”. Mas Rubí quer, pelo menos, a oportunidade de continuar contando a sua história até o fim (até porque ela ainda tem umas surpresas, coisas que Fernandita nunca ficou sabendo): “Veio ouvir minha história, por que não terminamos? E se no final quiser me dar um tiro, quem sabe até me faça um favor”. Voltamos ao passado bem durante o funeral de Cayetano, e Cristina continua com raiva da irmã e com toda razão… ela diz a Don Arturo, por exemplo, que Cayetano está morto por culpa de sua irmã, assim como sua mãe… por isso, ela não quer nunca mais voltar a vê-la, e quer que ela pague. Para completar o sofrimento de Cristina, ela ainda perde o emprego porque a Rosa dá um ultimato em Don Arturo, exigindo a sua demissão.
Enquanto isso, Rubí vai à Espanha… é notável como as coisas não estão bem desde o começo. O Príncipe lhe pergunta sobre “Alejandro Cardenas”, o nome citado por Lucas, mas esse nem é o principal problema, porque os desafios da realeza serão mais difíceis que qualquer outra coisa. A princesa, irmã de Eduardo, já está dando chilique, dizendo que “isso é um escândalo” e tudo o mais, mas isso é só o começo… Eduardo avisa Rubí que a casa real é bem rígida e ela vai ter que fazer um esforço para se encaixar, o que Rubí não gosta muito, mas ela ainda tem que aturar uma princesa nojenta e uma série de pessoas mal-educadas que adoram diminuí-la porque ela não é da realeza… gosto de como Rubí responde à altura, como quando falam de museus e sobre como “a arte não é para todo mundo”, e ela responde que seu problema com museus não é esse…
…é que eles estão cheios de coisas roubadas, de países como o México.
MARAVILHOSA.
Eduardo, então, seguindo conselhos da mãe, convida Rubí “para morar em outra casa”, em outra cidade, onde ela não teria que lidar com a realeza, com a imprensa e onde ele a visitaria nos fins de semana… e ela não gosta da ideia, porque não quer ser escondida – mas, em retrospecto, ela teria, provavelmente, levado uma vida muito melhor do que a que levou. De todo modo, Rubí diz que “não vai ser a amante que se esconde”: “Eu não deixei minha carreira, minha família e meu país para isso”. Sua última tentativa de manter o conto de fadas de se casar com um Príncipe é falar com a Rainha pessoalmente, uma mulher bastante asquerosa, que lhe dá respostas grosseiras como “A resposta excede cinco minutos” quando Rubí lhe pergunta o que ela não gosta nela e a Rainha tinha dado apenas 5 minutos para aquela conversa que ela nem queria ter.
Mas sei que, na vida real, seria assim ou pior.
A Rainha é clara: ela não terá um só euro dessa coroa, e então, quando os repórteres finalmente chegam a ela para saber sobre “a mulher com quem o Príncipe fugiu do México”, ela tem muito o que dizer… a chamam de “amante” do Príncipe, mas ela os corrige dizendo que é NAMORADA dele, e quando falam da Rainha e da Princesa Adela, sobre como “elas não gostam dela”, Rubí responde que o sentimento é recíproco, e que elas são mais estátuas que seres humanos. Na verdade, eu ADOREI a atitude de Rubí, porque ela sabia que não tinha futuro com a realeza espanhola, e que tudo já estava fadado ao fracasso, de qualquer maneira, então ela joga tudo pro ar, mas se divertindo um pouco, causando alvoroço e chamando atenção, como ela adora… e dizendo umas verdades que precisavam mesmo ser ditas. Afinal de contas, a Queca não a chamou de “Rainha dos Escândalos”?
Toma aí, mais um!
Rubí diz tudo que queria dizer e estava entalado – vai embora, sim, e nunca será princesa, mas vai de alma lavada. Ela começa acabando com os repórteres patéticos, mas termina dizendo o quanto é ridículo que um homem adulto tenha que obedecer à mãe em tudo, diz que a princesa é intragável e termina dizendo que falta à família real conhecer seu povo para governá-lo. Ela não está mais nem aí com nada, e a primeira coisa que ela faz quando volta para casa é arrumar as suas malas para partir para o México, sem paciência para os protestos do Príncipe Eduardo com o que acaba de explodir na mídia: até porque, como ela diz, ele não a ama, e nem tem como amá-la, ela o excita e só. Então, Rubí volta para casa, certa de que ela terá, pelo menos, o dinheiro da herança de Hector depois de sua morte… mas não, ela não o tem.
Ela está sem nada.
Opa.


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