A despedida de Philippa Georgiou.
Philippa
Georgiou vai fazer falta – e confesso que, no momento, eu talvez esteja mais
interessado em um
spin-off com a
personagem para onde quer que ela tenha ido (Section 31 vem aí!) do que na
própria
“Star Trek: Discovery”. A
segunda parte de
“Terra Firma” é
outro episódio muito bom, mas sinto, talvez, que eles tenham se prolongado mais
do que o necessário ao dividir a história em dois episódios, enquanto a
temporada chega ao fim e não parece ter andado o suficiente… de todo modo,
também devo dizer que
eu adoraria ver
um
spin-off com o Guardião da
Eternidade, que aparece novamente no universo de
“Star Trek” – o personagem apareceu pela primeira vez ainda na
primeira temporada de
“The Original
Series”, em 1967, e agora reaparece nos provando que ele ainda tem muita
história para contar e poderia render uma boa série.
Quem sabe?
No episódio
passado, Michael Burnham levou Philippa Georgiou até um lugar distante onde,
talvez, pudesse curá-la do que ela vem apresentando desde que elas chegaram ao
futuro porque, ao que tudo indica, suas moléculas estão lutando para “voltar ao
lugar”, já que houve, para ela, um grande deslocamento no tempo logo depois de
um deslocamento de dimensões. Nesse planeta distante e gélido, um misterioso
homem chamado Carl lendo o jornal do dia seguinte, a convida a passar por uma
porta, que leva Georgiou de volta ao seu Universo Espelho, pouco antes da
traição de Michael e Lorca…
então, ela
resolve mudar toda a história. As coisas são tensas e ficam ainda mais
preocupantes ao longo desse segundo episódio, depois que a Imperatriz tenta
desmantelar o motim prendendo Michael Burnham, mas sem matá-la, como aconteceu
da última vez…
Dessa vez, ela quer extrair informações.
Gostei de
ver toda a trajetória de Philippa Georgiou nesse episódio, e de como ela
realmente se tornou
uma pessoa melhor
ao conhecer o outro Universo e como as coisas podiam ser… isso porque ela
tenta, pela primeira vez no Universo Espelho, liderar sem toda a violência que
caracteriza o Império. Isso, no entanto, quase não parece possível. Ela inflige
dor a Michael Burnham por não querer matá-la, sabendo que essa é a única
maneira de ela escutá-la, mas Michael parece irredutível…
mesmo quando Philippa tenta chegar até ela ou lhe leva vagalumes que
significam tanto para a história de mãe e filha. As melhores cenas de
Georgiou e, possivelmente, as que mais mostram sua transformação, são as que
ela compartilha com Saru, aqui um kelpiano sem nome que é um escravo maltratado
por todos a bordo da nave e com medo do Vahar’ai.
AMEI VER
GEORGIOU O AJUDANDO A PASSAR PELO VAHAR’AI.
Certamente,
ele fez toda a diferença na vida de “Saru”.
Quando
parece que Michael Burnham vai “ajudar” Georgiou para sair da prisão, Georgiou
tenta confiar nela, enquanto ela conta quem são seus aliados e se livra de
todos eles um a um…
é o que ela diz que
está fazendo, pelo menos, até que as coisas mudem novamente quando eles chegam
a Risa. No fim, Michael Burnham não mudou e Philippa Georgiou “não devia
ter confiado nela”, e é aí que vem toda aquela sequência de traição e morte…
Philippa não foi burra, e se planejou para aquele momento, com a esperança de
estar enganada, mas acaba sendo um confronto complicado que Michael intensifica
ao trancá-las em uma cela e propor uma luta
mano
a mano que acaba com a morte de Michael Burnham – não foi a mesma morte
injusta e fria da outra vez no entanto. Quando a própria Philippa está
morrendo, então, ela volta para o “começo”.
Lá com
Michael e “Burnham”.
“You passed through”
Inicialmente,
Georgiou não entende, porque parece que ela passou
meses no Universo Espelho, e não pode estar de volta justamente
naquele momento, como se nada tivesse sido real… mas foi. Ela
viveu, literalmente, esses meses e fez
uma diferença importante, embora ela ache que não tanto – mas ela salvou a vida
de um kelpiano, por exemplo, que salvará a de muitos mais… e Carl, finalmente,
explica quem ele é e o que era isso tudo: ele é o GUARDIÃO DA ETERNIDADE (até
arrepiou!), e aquela “visita” de Georgiou ao Universo Espelho era um teste, uma
“pesagem”, para saber se o tempo que passou
do
lado de cá realmente a tinha mudado, e ela diz que não, que ela falhou, que
Michael está morta e que o resultado foi o mesmo, mas o Guardião da Eternidade
avalia tudo, e a verdade é que
as coisas
não foram as mesmas… Philippa propôs mudança e lutou por isso.
Por isso,
ela tem uma chance agora… ela não vai voltar para a USS Discovery com Michael
Burnham – que seguirá viagem com uma tripulante a menos, infelizmente, enquanto
tentam entender melhor aquela mensagem criptografada que conseguiram receber de
uma kelpiana recentemente e, quem sabe, entender mais sobre a Combustão e tudo
o que eles estão buscando há algum tempo –, mas o Guardião da Eternidade abre
um portal para ela… dessa vez, não de volta ao Universo Espelho, não de volta
ao momento em que ela estava morrendo, mas para um lugar onde, segundo ele, o
Universo Espelho e o Universo Prime
ainda
estavam alinhados. Fiquei quase
decepcionado
por não ter podido atravessar aquele portal com Philippa Georgiou e
acompanhá-la onde quer que ela estivesse indo…
mas talvez ainda tenhamos a chance disso.
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