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world of wishes and wonder!
QUE
ESPETÁCULO! Eu sou apaixonado por filmes de natal e por bons musicais, então
“Uma Invenção de Natal” foi, para mim,
um filme praticamente perfeito – com um elenco talentoso, músicas contagiantes
(com destaque para
“Square Root of
Possible”, que eu achei linda demais!) e um visual belíssimo, o filme
encanta e fascina!
Queríamos conhecer a
‘Jangle and Things’. Toda a
vibe
do filme me fez pensar em outras produções, como
“A Fantástica Fábrica de Chocolate”,
“A Invenção de Hugo Cabret” e
“O
Rei do Show”, que construíram toda a atmosfera do filme e da história, mas
também tivemos referências pontuais a
“O
Mágico de Oz” e, quem sabe,
“Peter
Pan” – essa última, no entanto, é a mais possível de ser
apenas coisa da minha cabeça… o filme
investe em cores e em mecanismos elaborados para criar um universo fantástico e
deveras convidativo.
Para mim, é
um espetáculo visual, em primeiro
lugar.
O filme
começa nos apresentando a loja e a história de Jeronicus Jangle,
o maior inventor de todos, que dedica
sua vida a fazer brinquedos, um mais criativo e mirabolante que outro – tudo é
vivo, tudo é mágico, e eu me senti como quando entrei na fábrica de chocolate
do Willy Wonka pela primeira vez:
uma
criança fascinada, querendo conhecer tudo. O primeiro número musical,
“This Day”, é uma das coisas mais lindas
de todo o filme, porque tem várias vozes, várias pessoas em figurinos extravagantes
e cheios de movimentos, dançando uma coreografia precisa… é o tipo de cena em
musical que faz um sorriso se abrir no meu rosto!
Tudo é mágico, tudo é belo! Então, Jeronicus Jangle cria a sua
maior invenção, o Don Juan Diego, um bonequinho com vida que não quer ser
fabricado em massa e, por isso, convence Gustafson, o ajudante do Sr. Jangle, a
escapar…
Levando consigo o livro de invenções.
Dali em
diante, a vida de Jeronicus Jangle perde todo o brilho – ele não consegue mais
inventar nada, enquanto Gustafson lança, a cada ano, um brinquedo novo de seu
livro de invenções, se tornando o maior fabricante de brinquedos do mundo,
mas apenas com ideias roubadas.
Jeronicus perde a esposa, se afasta da filha, e se torna um velho ressentido
que
deixou de acreditar – por isso,
sua grande loja de brinquedos se tornou uma loja de penhores, suas dívidas se
acumulam, e ele é pressionado por uma invenção
revolucionária até o natal, ou então o banco terá que confiscar
tudo o que ele tem por suas dívidas. A vida de Jeronicus Jangle está prestes a
mudar com a chegada de sua neta, a pequena, inteligente e inventiva Journey,
que sempre sonhou em conhecer a
‘Jangle
and Things’, O LUGAR MAIS MÁGICO DE TODO O MUNDO…
que já não é o que ela esperava.
O filme tem
uma ideia muito bacana e muito bem executada – não é nada tão complexo e não se
assuste com as 2h de filme, justificável pelas divertidas e empolgantes cenas
musicais… gosto da determinação e da inteligência de Journey, e como
“Square Root of Possible” evidencia essa
faceta da garota, QUE É UM MÁXIMO! O talento da pequena Madalen Mills é
inquestionável em uma música lindíssima com uma bela letra, que me arrepiou! É
assim, acreditando que
tudo é possível,
que Journey encontra o Buddy 3000, uma invenção em que Jeronicus trabalha há
anos, mas que acredita que
não funciona…
e Journey descobre que o pequeno robozinho funciona sim, e é perfeito! Ele
anda, ele conversa, ele voa e
ele pode
fazer as pessoas voarem com ele. É uma cena leve que Journey compartilha
com Edson, o “ajudante” do Sr. Jangle, mas que acaba com a chegada do avô…
Na frente de Jeronicus, o Buddy 3000 não
funciona… não até que ele volte a acreditar.
Então,
Journey precisa fazer a diferença na vida do avô, precisa convencê-lo a voltar
a acreditar, mas apenas dizer que o Buddy 3000 funciona não é o suficiente… por
isso, ganhamos cenas leves como aquela da
guerra
de bolas de neve, e um momento mais tenso, que é quando Gustafson reaparece
e
rouba o Buddy 3000. Gustafson
reaparece ao som de
“Magic Man G”,
depois de ter usado todo o livro de invenções de Jeronicus, e aquela cena me
faz pensar muito em
“O Mágico de Oz”.
A escolha das cores, tanto do figurino quanto do cenário, deve ter sido
proposital para nos remeter ao Mágico, o grande impostor: a própria porta da
qual Gustafson sai parece reaproveitada de um cenário da Cidade das Esmeraldas…
e toda a noção bate: um homem amado e
idolatrado como excelente no que faz, mas que é, na verdade, um impostor
levando créditos pelo que outros fizeram.
Alguém sem poder (mágico ou inventivo)
nenhum.
Uhm.
Depois de
ter ganhado o prêmio de Maior Fabricante de Brinquedos do mundo durante 28
anos, Gustafson precisa urgentemente de algo novo, e algo que funcione…
o Buddy 3000, no entanto, não funciona
durante a apresentação para os compradores que ele convoca: talvez porque
Gustafson não acredite o suficiente. Então, Journey e Edson invadem a sua loja
para roubar o amigo de volta, em uma sequência eletrizante e digna de uma
grande aventura, na qual Journey e Edson precisarão da ajuda de Jeronicus
Jangle – é hora do Vovô J descobrir que se importa com ela, que acredita e
testar a sua equação do possível
… e
funciona. Com a ajuda de Jeronicus, Journey e Edson saem em segurança e
levam consigo Buddy 3000, que também ajuda quando necessário, mas que acaba
pagando por isso e está quase que completamente destruído quando eles vão
embora.
Agora, o Sr. Jangle precisa consertá-lo.
Aqui, ganhamos outra das minhas músicas favoritas:
“Make It Work” é LINDÍSSIMA, e é um dueto entre Jeronicus e Jessica,
sua filha. Jeronicus está de volta ao trabalho em sua oficina, acreditando que
pode consertar o Buddy 3000 e fazê-lo funcionar, enquanto Jessica está saindo
mais cedo de casa para buscar Journey, como disse que faria… a música é linda,
o talento de Anika Noni Rose é de arrepiar, e a coreografia na rua (me remeteu
a
“Mary Poppins”, pelo cenário e
pelas cores) é INCRÍVEL. Certamente, uma das melhores cenas de todo o filme, e
ela ainda termina no momento em que Jeronicus e Jessica se reencontram, depois
de tantos anos, e então eles precisam “consertar” não apenas o Buddy 3000, mas
também a relação deles, e é uma reconciliação linda e emocionante…
o espírito natalino.
O final do
filme, então, tem uma reprise de
“This
Day”, mostrando um recomeço para Jeronicus Jangle:
agora acreditando, agora cheio de ideias para fazer coisas
espetaculares e salvar a sua loja, o lugar mais mágico do mundo… é um final
bonito, alegre e emocionante – uma bela história natalina, contada da melhor
maneira possível, com essas músicas incríveis e esse visual estonteante. Por
fim, a magia continua viva, quando “descobrimos” (tá bom, a gente já sabia) que
Journey é a senhora contando a história de Jeronicus Jangle para seus netos
(tataranetos do próprio Sr. Jangle), quando eles veem a loja do lado de fora da
janela e, com a ajuda do pequeno Buddy 3000, que continua por ali, eles saem
voando pela janela para conhecê-la…
agora
que eles estão “prontos para a magia”. Vê-los voar janela afora me lembrou
“Peter Pan”, mas a esse ponto, já é coisa
da minha cabeça.
Um filme
LINDÍSSIMO!
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