Alice in Borderland 1x07

A matança desenfreada…

A PRAIA SE TORNA UM VERDADEIRO CAOS. Falta apenas um episódio para a conclusão da primeira temporada de “Alice in Borderland”, e ainda estou fascinado pela qualidade dessa produção, ansioso por mais e contentíssimo pela renovação para a segunda temporada – com um ritmo incrível, com plot twists maravilhosos e todo um clima de mistério que ainda me deixa extasiado a cada episódio, “Alice in Borderland” me conquistou completamente! No episódio passado, a milícia assumiu o controle da Praia ao assassinar o Chapeleiro, mas, então, o Mestre do Jogo, seja ele quem for, faz uma jogada “inesperada”: ele faz com que alguém mate uma garota da Praia, a Momoka, e então começa uma “partida” na Praia, onde todos precisam encontrar quem foi que matou a garota e jogar essa pessoa na fogueira. Naturalmente, o caos toma conta.

O episódio é um verdadeiro desespero sangrento – “Alice in Borderland” nunca teve medo de ser brutal em seus assassinatos, e esse episódio deve ser o com o maior número de mortos, embora ainda não sintamos o mesmo desespero do jogo de 7 DE COPAS – o que, por sua vez, deve querer dizer que as coisas ficarão mais desesperadoras na conclusão da temporada… afinal de contas, estamos em um 10 DE COPAS. Os moradores da Praia se voltam uns contra os outros, a milícia toma a frente e a matança acontece de modo desenfreado, porque todos estão desesperados para sair daquela prova o mais rápido possível e, ao invés de pensar e investigar, eles preferem matar qualquer um que aparece na frente e, depois, jogar o corpo na fogueira… é brutal e violento, mas eu acho que é justamente o que o Mestre queria ao propor uma partida na Praia, não?

Acabar com eles

Como sempre, “Alice in Borderland” tem um timing perfeito, e consegue equilibrar todas as mortes, os gritos, as súplicas e o derramamento de sangue com quem está realmente tentando fazer alguma coisa… é o caso de Ann, por exemplo, tentando conseguir as impressões digitais na faca usada para matar Momoka, ou Usagi, que está em busca de Arisu. Esse episódio ainda equilibra a ação atual com uma série de flashbacks do mundo antes disso tudo, deixando que conheçamos alguns dos personagens que estamos acompanhando… o nojento do Niragi, por exemplo, que teve um passado em que era atormentado por bullies e, agora, ele parece estar apenas reconstituindo o que faziam com ele… falando em Niragi, destaque para a sua cena no terraço com Chishiya, que é uma das cenas mais interessantes, chocantes e enigmáticas do episódio!

Gostei muito, também, de conhecer um pouquinho mais de Kuina. Ela está tentando ajudar Ann em busca das impressões digitais (e, eventualmente, Ann descobre alguma coisa mesmo), quando acaba ficando para trás para enfrentar um homem tatuado assustador que parece disposto a qualquer coisa para continuar naquele mundo – enquanto os dois lutam, vemos flashbacks de ambos. Vemos como o homem vivia uma vida infeliz no “mundo real” e como desejava a morte, e então se refugiou em todo o tormento e a adrenalina desse “jogo” eterno, se tornando uma nova pessoa… Kuina, por sua vez, vem de uma infância na qual lutava artes marciais, que se mostram incrivelmente úteis nesse episódio. Gostei de saber que Kuina é trans, e toda a trajetória foi bonita de acompanhar, com destaque para aquela cena dela com a mãe no hospital!

E, é claro, ela LINDA lutando contra o homem tatuado e o derrotando! <3

Arisu, que passa a maior parte do episódio ausente, porque ainda está amarrado onde foi deixado no último episódio, parece desistir em algum momento… era horrível vê-lo lutar para escapar, sem sucesso, mas é ainda mais angustiante vê-lo caído no chão, simplesmente não tentando mais, esperando a morte… então, ele começa a se lembrar de um momento com Karube e Chota, e, é claro, o pedido deles e a promessa dele: eles queriam que ele vivesse por eles, e é isso o que ele vai fazer agora. Então, ele consegue tirar o pedaço de fita que lhe cobria a boca, e isso acaba sendo útil para que Usagi o encontre quando parece que o tempo para salvá-lo e terminar o jogo já está chegando ao fim. É um alívio tão grande ver o abraço dos dois, vê-lo podendo andar, falar, respirar e, mais do que isso tudo: PODER VÊ-LO FAZER A LEITURA DO JOGO.

Porque confio em Arisu… só ele pode resolver esse mistério, afinal de contas: quem é a bruxa? Gosto de toda a sequência que nos guia pelos pensamentos e conclusões de Arisu, sobre quem poderia ser a bruxa, sobre como a bruxa estaria agindo a essa altura do jogo, e ele vai mais além, se colocando não apenas no lugar da bruxa, mas do Mestre do Jogo: porque ele esperou que o Chapeleiro estivesse morto para dar início a essa partida, e um jogo de Copas não é apenas um jogo físico; envolve mentira, traição e você não pode vencê-lo sem se sentir mal depois… então, o que o Mestre queria com isso tudo, afinal? Algumas descobertas parecem estar surgindo pela Praia, enquanto corpos e mais corpos são jogados na fogueira, sem sucesso em zerar o jogo, e Arisu chega a uma conclusão – como ele diz a Usagi e aos outros dois que o ajudaram: ele acha que sabe quem é a bruxa.

Eu não consegui chegar a uma conclusão, desconfiei de muita gente…

Quem está por trás de tudo? Que tipo de revelação o último episódio nos reserva?

 

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