“En un
puerto muy pequeño…”
QUE DELÍCIA
DE NOVELA! Protagonizada por Danna Paola,
“Amy,
a Menina da Mochila Azul” é uma novela intensa que me marcou demais na
infância… a novela foi exibida pelo SBT ainda em 2004, iniciando antes mesmo do
fim da exibição original no México, e é um verdadeiro sucesso lembrado ainda
com carinho pelos fãs de novelas infantis da época. Amy é uma garota
encantadora, o tema de abertura é maravilhoso, e a novela tem uma variedade de
cenários e se classifica como uma novela “praiana”, o que deixa o visual muito
bonito! A novela sabe ser divertida, empolgante e dramática… até pesada! Eu a
assisti novamente na íntegra para escrever os textos que vocês verão no Parada
Temporal nos próximos meses e, mesmo adulto, algumas cenas ainda mexem demais
comigo… eu ri, eu torci, eu passei raiva, eu chorei…
eu vivi essa novela novamente!
Amy Granados
é uma garotinha de 9 anos que anda pelas ruas de um povoado vestida como um
menino, vendendo colares de conchinhas que ela mesma confeccionou com o que
tira do mar… ela faz o que pode para ajudar seu pai, Matías Granados, um
pescador que não sai ao mar há muitos anos por causa de um trauma do passado…
os dois moram no Bucanero, o velho barco do Capitão, e embora eles não tenham
luxo nem nada, sobra amor entre eles, e é uma relação bem bonita. Além disso,
Amy tem um grupo de amigos corajosos, que se intitulam “Os Caçadores de
Tesouro”, com quem ela pode sempre contar e que se reúnem quase que diariamente
em volta da fogueira para ouvir as histórias que o Capitão tem a contar sobre
os seus tempos de mar, e sobre a misteriosa “Caverna dos Espíritos”, que
supostamente guarda um grande tesouro.
No início da
novela, Puerto Esperanza, o povoado em que eles vivem, ganha alguns novos
moradores… dentre eles, a família Hinojosa. Sebastián veio à cidade para
trabalhar na locomotiva abandonada, e Raúl é o seu filho mais novo, que mal
pode esperar para ver o mar…
tanto é que
ele acaba agindo imprudentemente e é salvo por Amy logo na sua chegada. Os
dois compartilham alguns dos momentos mais fofos e mais lindos da trama,
vivendo um “amor de niños” puro e inocente, e Raúl se destaca por momentos de
coragem e de sofrimento com tudo o que Amy passa ao longo da novela… Raúl ainda
tem uma irmã mais velha, Carolina, uma adolescente que não queria se mudar para
o interior e que deixou para trás um namorado bonito na cidade de que vieram, e
que agora tem que aprender a viver em uma cidade pequena como Puerto Esperanza.
Outro
morador novo na cidade é Octávio Betancourt, um milionário que está em busca do
seu filho… há muitos anos, ele viveu um romance com Marina, uma garota pobre, e
sua mãe fez de tudo para separá-los – agora, Octávio descobre que Marina está
morta, mas que ela teve um filho deles, e ele precisa encontrá-lo enquanto lida
com uma doença possivelmente terminal:
ele
não pode morrer sem antes encontrar seu filho. Octávio caminha pelas ruas
de Puerto Esperanza fantasiado de Cuqui, um palhaço amigo das crianças, na
esperança de que isso vá ajudá-lo em sua busca, e é assim que ele conhece Amy e
eles se tornam grandes amigos. Naturalmente, a fortuna de Octávio chama a
atenção de pessoas ambiciosas como Leonora, uma investigadora que vem com ele
para a cidade, e Cláudio, um mau-caráter que ainda vai causar bastante
problema…
Gosto muito
de
“Amy, a Menina da Mochila Azul”, e
de como ela consegue misturar o que é sério, triste e pesado com algumas coisas
mais alegres, divertidas e um tom de misticismo interessante, o que pode ser
notado de cara pela presença constante de Coral, uma
sereia que é amiga de Amy. Uma das partes mais sofridas da novela,
ainda em sua primeira metade, é a ida de Amy para San Felipe – San Felipe é um
orfanato em uma ilha, isolada de tudo, na qual uma mulher muito má prende e
maltrata crianças que são capturadas. Amy e um dos seus melhores amigos, o
Gato, fogem de Minerva há tempos, mas Minerva fará de tudo para provar ao
conselho tutelar que Matías não tem condições de criar uma criança e,
eventualmente, Amy acaba sendo transferida para lá…
e naqueles capítulos escuros e sombrios, enfrentamos bastante
sofrimento.
Até que pareça demais!
Mas Amy tem
uma missão a cumprir naquele lugar…
“Amy, a Menina da Mochila Azul” contou
com 115 capítulos, que foram exibidos entre 23 de fevereiro e 30 de julho de
2004 (o Brasil começou a exibição em abril) e, ao assisti-la, é fácil entender
o motivo do sucesso! A novela conta com arcos bem definidos e uma agilidade na
trama que nem sempre vemos em novelas! Gosto de como ela consegue apresentar
novidades na sua segunda metade, de como alguns clichês são dispensados (tipo
Octávio e Emília, que têm uma relação convincente e bem-construída, sem a
necessidade de passarem por problemas como desconfiança, ciúme e coisas assim),
e de como acontecimentos importantes não são concentrados apenas na última
semana… os últimos 30 capítulos da novela já têm um ritmo
eletrizante de “reta final”, o que é incrível! Além de toda a
emoção e o drama que realmente nos convencem.
É uma novela
intensa. Pesada às vezes, mas sempre incrível! Gosto muito!
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Azul”, clique
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Se o SBT não tivesse abandonado a ideia de fazer remakes de novelas infantis estrangeiras, a gente poderia ter ganhado um remake de Amy, mas o problema seria as alterações nas histórias e a quantidade de capítulos.
ResponderExcluir(A original tinha 115 capítulos, o remake iria ter pelo menos 380 ou mais!)
Eu vi uma notícia recentemente que dizia que eles estavam pensando em retornar aos remakes de novelas infantis mexicanas porque "Poliana Moça" e "A Infância de Romeu e Julieta" não se saíram tão bem como esperavam... talvez vejamos aí um remake de "Amy" (embora eu ache mais provável o remake de "O Diário de Daniela")
ExcluirAi, o número de capítulos me desanima... eu gostaria de ver uma versão brasileira de "Amy", mas pensar nesses "380 capítulos ou mais" me dá uma preguiçaaa.
ExcluirNa verdade, a próxima novela infantil do SBT provavelmente será de "Meu Pé de Laranja Lima", outro livro mas ainda não tem nada confirmada por a única fonte verificada foi um tiktokker que é afiliado com o SBT.
ExcluirEu verifiquei aqui e infelizmente será "Meu Pé de Laranja Lima" mesmo, uma pena pois a história original é bem pesada e não daria certo com uma abordagem mais "leve", sem falar que já teve várias adaptações, a mais recente sendo de 2013(!) mas o SBT insiste em fazer adaptações de livros com a mesma autora de sempre hoje em dia ):
ExcluirAh tá... eu tinha visto uma notícia de que estavam pensando em voltar aos remakes, mas faz um tempo e eu nem lembro onde foi, porque deixei de acompanhar. Gosto muito de "Meu Pé de Laranja Lima" como livro, mas já tivemos adaptações decentes. Acho que voltar aos remakes seria mais acertado, deram tão certo no início... enfim.
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