“Quem inventou o telefone?”
Hoje em dia
eu acho que a Coral nem é uma das minhas personagens preferidas nem nada, mas
nós a AMÁVAMOS na infância – acho que por todo o tom místico e fantasioso que
trazia à novela, sem contar que ela estava na abertura cantando uma parte da
música-tema com a Amy, então a víamos diariamente… hoje em dia, percebo que a
Coral é mais ou menos como a Angélica, em “Carinha
de Anjo”, a mãe que Dulce Maria encontrava no quartinho velho da escola.
Mas Coral é UMA SEREIA, o que tem tudo a ver com a temática e o visual de “Amy, a Menina da Mochila Azul”, que se
passa em uma cidade litorânea, com a economia baseada na pesca, e tem uma
protagonista que literalmente mora
dentro de um barco e adora o mar… Amy chega a dizer que o mar “é como se fosse
sua segunda casa”, e ela está o tempo todo nadando sem medo…
No início da
novela, Amy ainda não conhece a sua futura amiga. Além de se aventurar pelo mar
para resgatar moedas ou pegar conchinhas e fazer colares que vende no povoado,
Amy também sempre sai para nadar quando
não
está bem… é um momento em que ela pode estar sozinha e deixar de sentir-se
triste – por causa das maldades da Srta. Minerva, por exemplo. Certo dia, Amy
acaba chegando até uma misteriosa e bonita caverna, onde ela escuta uma voz a
chamando pelo nome, pedindo que
ela não
tenha medo, dizendo que está ali para ajudá-la, que é sua amiga… mas Amy
fica um pouco assustada e, por isso, ela acaba indo embora nadando sem
encontrar a dona da misteriosa voz – a sereia que diz que “um dia ela confiará
nela”. Quando sai da caverna e do mar, Amy conta para o Gato que
ouviu alguém a chamando, mas não sabe
quem era…
Enquanto
isso, Puerto Esperanza está ganhando novos moradores. O pequeno Raúl está se
mudando para a cidade com a família, e eu devo dizer que O RAÚL É UM FOFO. Ele
é uma criança inteligente e aventureira, que mal pode esperar para ver o mar,
perguntando para o pai como ele é, e se ele poderá nadar com os peixes… a
relação de Raúl com seu pai é muito bonita (e é estranho ver David Ostrosky ser
um pai bom, presente e carinhoso, porque eu tenho muito vívida a sua imagem
como o padrasto de Martín, em
“O Diário
de Daniela”), e os primeiros capítulos de
“Amy, a Menina da Mochila Azul” mostram isso com clareza… como eles
são amigos e cúmplices, e temos aquela cena linda em que Sebastián mostra o mar
ao filho
pela primeira vez, e quando
Raúl pergunta sobre o “castelo lá no meio”, Sebastián fala sobre ser
onde moram as crianças sem pais.
Então, Raúl
abraça o pai e diz: “Que bom que tenho
você, papai. Não gostaria de morar nesse lugar”.
Quando as
coisas
pioram para Amy e Minerva
parece certa de que
a levará ao Internato
San Felipe naquela tarde, Amy volta a nadar e, dessa vez, quando chega à
caverna, ELA VÊ CORAL PELA PRIMEIRA VEZ. A primeira conversa das duas é muito
legal, e é Amy quem escolhe seu nome, porque a sereia diz que “ela pode
chamá-la como quiser”. Coral diz que quer ser sua amiga, que sabe muito a seu
respeito e que
elas têm muito em comum
– o amor pelo mar, por exemplo. Amy acaba abrindo o seu coração e contando à
nova amiga sobre como querem separá-la de Matías, seu pai, levando-a para San
Felipe! Coral, bastante sábia e calma, dá alguns conselhos à garota, a
instruindo a voltar para casa, porque
não
pode ficar fugindo ou vai piorar a situação de Matías com a Srta. Minerva,
mas diz que ela estará lá para falar com ela quando ela quiser.
É legal como
os caminhos de Amy e de Raúl se cruzam pela primeira vez nesse dia! Depois da
conversa de Amy com Coral, e depois de decidir voltar para casa para ajudar o
pai com a visita da Srta. Minerva, Amy acaba encontrando o garoto no mar… desde
que chegou a Puerto Esperanza, e mesmo antes disso, Raúl está fascinado com o
mar e com a ideia de
nadar com os peixes,
então ele acaba se aventurando perigosamente no mar,
mesmo que não saiba nadar. Antes de perder os sentidos, Raúl vê
Coral nadando, mas quem realmente o resgata do mar é Amy, que o leva de volta
para a areia, tira a água de seus pulmões, e então sai correndo,
porque ela não tem tempo de ficar e
conversar… ela tem que correr para casa o mais rápido possível! Então,
quando Raúl é encontrado pela família e desperta, tudo o que ele tem a dizer é:
“Uma sereia me salvou, papai”.
É TÃO FOFO!
Amy, por sua
vez, corre para casa, chegando a tempo de não estragar a visita da Srta. Minerva…
a bruxa avisara que retornaria dentro de 7 dias, e que se tudo não estivesse
muito melhor do que da última vez, ela
levaria Amy para o internato. Mas as coisas parecem muito melhores: não existem
mais manchas de óleo no chão, as goteiras foram consertadas, a geladeira está
cheia de comida… com desgosto, ela precisa admitir que “está tudo em perfeita
ordem”. Então, Minerva tenta apelar para as faltas de Amy na escola, dizendo
que a viu na rua nessa manhã, quando deveria estar em sala de aula, e Matías
diz que
ela faltou à aula para poder se
arrumar e estar presente “durante essa entrevista tão importante”. Amei Amy
saindo do banheiro
como se tivesse estado
ali o tempo todo… e ela ainda responde a uma série de perguntas de Minerva,
que tenta provar sua defasagem acadêmica, e
uma
ajudinha de Coral lhe dá a resposta para a última pergunta.
E é o
suficiente para impressionar o homem do conselho tutelar que veio com Minerva.
Dessa vez, Minerva não venceu.
Para mais
postagens de “Amy, a Menina da Mochila Azul”,
clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário