Amy, a Menina da Mochila Azul – A busca de Octávio Betancourt

Amy e o palhaço Cuqui…

Em algum lugar ainda longe de Puerto Esperanza, o pai de Amy busca o filho que nunca conheceu… há muitos anos, Octávio Betancourt foi separado da mulher que amava por uma mãe rígida e preconceituosa que não aceitava o romance do filho com alguém que “não era do seu nível”. Na verdade, como podemos ver através de flashbacks, levou uma vida infeliz graças àquela velha que parece muito com vilãs da Trilogia das Marias ou “Rosalinda”. Desde a infância, Octávio foi proibido de brincar com Marina, a garota de quem gostava, mas que a mãe tratava mal e chamava de “escuincla mugrosa” – HA, ONDE É QUE EU JÁ OUVI ISSO ANTES?! Mesmo assim, o amor que existia entre Octavio e Marina era forte e sobreviveu, por um tempo, às provocações e proibições da mãe, até que ela deu um jeito de enviá-la para muito longe de uma vez por todas

Octávio pouco sabe do que aconteceu depois… nunca soube mais nada de Marina, tampouco conheceu o “filho” que ela estava esperando, e não tem noção que o filho é, na verdade, uma garota: a pequena Amy, que foi criada por Matías em um barco no mar de Puerto Esperanza. Agora, no entanto, depois de anos buscando e contratando detetives, Octávio talvez tenha uma pista que o deixará mais próximo da verdade, justamente nessa cidadezinha onde sua filha mora vendendo colares que ela mesma confecciona. Octávio sente um pouco em deixar a casa onde cresceu e viveu, a casa onde conheceu Marina e o amor ao seu lado, mas a possibilidade de reencontrá-la, depois de tanto tempo, é muito melhor… o problema é que ele é acompanhado por Leonora, uma mulher ambiciosa que ele contratou para ajudá-lo, mas que só está interessada em seu dinheiro.

Eu fiquei MUITO FELIZ em ver o Octávio chegar ao povoado, porque ele já está tão perto da filha, sem saber… para poder andar pelas ruas e interagir com as crianças do lugar, Octávio assume a identidade do “Palhaço Cuqui”, e eu fiquei particularmente emocionado com aquela cena em que ele dá um balão para Amy, enquanto ela está tristinha, sem saber que é ela a garota que ele tanto busca – e, eventualmente, eles acabam conversando, e eu acho que é o coração de pai sentindo que Amy é sua filha, embora ele não entenda isso. Ele se apresenta como “Ami Cuqui”, e ela se apresenta como “Amy”, oferecendo para ele os colares que está vendendo… eu achei essas cenas iniciais de Octávio com Amy EMOCIONANTES, porque elas são delicadas e bonitas, e é evidente como ele se importa com a garota, mesmo que tenha acabado de conhecê-la… mas Amy é encantadora mesmo!

Em uma das cenas mais legais dos dois, Amy encontra uma moeda no mar e fica toda chateada quando uns meninos pulam antes que ela para pegá-la, e me partiu o coração ouvi-la contar a Cuqui que “serviria para levar algo de comer para casa”. Para tentar animá-la (e ele é muito bom nisso!), Cuqui diz que vai comprar um dos seus colares, mas então fica fazendo graça/mágica com a moeda, até eventualmente jogá-la no mar… AQUILO É TÃO FOFO! Porque Octávio se preocupou em devolver a Amy a alegria e a satisfação de pular no mar e buscar uma moeda que encontrou. Foi tão lindinho… quando Amy sai do mar, no entanto, ela não vê mais o palhaço, apenas a malvada da Srta. Minerva, que acha que agora, finalmente, vai conseguir levá-la – ela manda Amy arrumar suas coisas, porque essa tarde mesmo será levada para o Internato San Felipe.

Chorando, preocupada, Amy procura Cuqui para devolver-lhe a moeda, porque ela diz que é dele, foi ele quem a encontrou no mar… Cuqui não quer aceitar a moeda de volta, mas como Amy é bem insistente, ele diz que pode comprar um colar com ela, então, e ela fica um pouquinho mais animada em escolher o colar mais bonito para seu novo amigo. Mas ela está mal, e Cuqui já se importa o suficiente com ela para querer saber por que ela está chorando… então, ela conta toda a história, conta que ela tem um pai e que o ama, mas que tem uma mulher malvada que quer levá-la para um internato para crianças órfãs, dizendo que “seu pai não pode cuidar dela”. Toda a cena é melancólica (embora fofa), e Cuqui pergunta a Amy sobre a sua mãe, e quase chorei com a Amy explicando que “a sua mãe se converteu em espuma do mar”… gente, que fofa e que triste!

Mas vai ser lindo ver essa relação entre Octávio e Amy se estreitar, antes que qualquer um deles saiba que são pai e filha – mas essas primeiras cenas da dupla nos fazem ansiar pelo momento em que a verdade finalmente virá à tona… em algum momento lá no fim da novela. Durante as conversas deles, eles se denominam amigos, e Amy até faz um comentário a respeito do “orfanato” que fica naquele prédio sombrio no meio do mar, e Octávio acha isso interessante para a sua busca – e se o filho que ele tanto quer reencontrar estiver lá, com as outras crianças sem pais? Segurando a mão do Palhaço Cuqui, então, Amy o leva até a beira do mar onde pode mostrar o lugar pavoroso para onde a querem levar, e para onde ela não quer ir, de jeito nenhum… mas a Srta. Minerva está cada vez mais certa de que, dessa vez, pode levá-la consigo a San Felipe!

 

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