A
“formatura” em Avonlea.
Um dos
melhores episódios da série! Estamos encerrando a última temporada de
“Anne with an E” e a série vai terminar
com um saldo impecável de episódios perfeitos e é por isso que ninguém estava
preparado para se despedir dela e os fãs até hoje pedem pela renovação ou
salvação da série – ELA É PERFEITA E NECESSÁRIA DEMAIS! Elogio, e sempre elogiei,
tudo em
“Anne with an E”, dos visuais
impecáveis e atuações brilhantes à maneira inteligente e emocionante de contar
histórias… a série não apenas nos diverte, não apenas nos emociona, mas ela nos
toca, ela faz a diferença – vou sentir falta de todos esses personagens. Em
“Great and Sudden Change”, a escola de
Avonlea pegou fogo depois dos caras nojentos do Conselho irem durante à noite
para roubar a prensa, para tentar silenciar Anne, a Srta. Stacy e todos os
jovens que
fizeram a diferença no
episódio passado.
É
angustiante e triste ver a escola queimada, e a reação de Anne ao chegar no
lugar destroçado é de partir o coração… bem como o da Srta. Stacy, mas eu acho
que ela age lindamente apoiando os jovens e dizendo que eles não vão deixar que
isso os silencie.
Afinal de contas, se
alguém se deu ao trabalho de roubar-lhes a prensa e queimar a escola, é porque
eles os atingiram de algum modo… a Srta. Stacy, então, leva os jovens todos
para a sua casa, para que eles possam terminar de estudar para as provas de
admissão para a faculdade que estão por acontecer, e Anne corre até a casa de
Rachel Lynde, para falar sobre a atrocidade cometida e como
eles não vão ficar quietos por causa disso
– mas Rachel não estava com eles, ela não sabia de nada, e ela tampouco concorda
com essa ação brutal e imperdoável do Conselho e, por isso…
ela vai FAZER A DIFERENÇA.
A cena do
Conselho, devo dizer, é SENSACIONAL! Rachel e Marilla se juntam para enfrentar
o Conselho, e Rachel
sabe ser
“convincente” de uma forma impressionante – então, ela consegue mais três
vagas no Conselho para mulheres (dentre elas, a própria Marilla), para que haja
alguma igualdade de gênero. Enquanto isso, mais
mudanças estão acontecendo por toda parte… Diana terminou com
Jerry, por exemplo, achando que eles são muito diferentes e sabiam disso desde
o começo e, portanto, não deviam ter insistido, mas duas pessoas serão
importantíssimas na sua mudança ao longo desse episódio: a Tia Josephine e a
sua irmãzinha, a Minnie May. A começar pela Tia Josephine, que aparece em
Avonlea apenas para convencê-la de que ela tem potencial e existem mais
possibilidades na vida que ir para Paris e aprender a ser uma boa esposa…
Ela acha que Diana devia fazer a prova de
admissão para a faculdade!
Gente, toda
a sequência das provas de admissão é PERFEITA, uma das melhores, mais
divertidas e mais lindas cenas que já vi em
“Anne
with an E”. Para começar, todos estavam hilários em sua preocupação normal…
pequenos surtos, pessoas respirando dentro de sacos de papel, pessoas vomitando,
pessoas receitando informações que decoraram…
e, surpreendentemente, o clima era uma delícia e eu acabei me
divertindo. Gilbert, infelizmente, vai a Charlottetown fazer a sua prova, e
ele acaba não participando dos melhores momentos com os amigos… enquanto os
seus alunos estão sendo examinados, a Srta. Stacy tem que lidar com o estresse
tanto da prova quanto do fato de
a sua
escola ter sido incendiada, e por isso ela acaba indo pescar (é pescaria ou
assassinato, segundo ela), e ali ela compartilha um momento bacana com
Sebastian, lembrando algo que conjecturamos no passado:
será que eles ficam juntos?
Por falar em
Bash, a carta que ele enviou para a mãe há alguns episódios pedindo ajuda
finalmente dá resultado e ela aparece em Avonlea para ajudar o filho, mas ela é
um tanto rabugenta ao ser tirado de sua zona de conforto, e ela ainda não
consegue entender como as coisas funcionam em Avonlea… é estranhíssimo, para
ela, chegar em casa e ver que Marilla e Rachel, duas mulheres brancas, estavam
limpando a casa e agora estão “bajulando” Sebastian, e ela tampouco entende a
relação do filho com Gilbert Blythe… para Gilbert e Bash, eles são praticamente
como irmãos, e é uma relação que eles construíram de uma forma bem bonita, mas
para a mãe de Bash, acostumada a servir a vida inteira, o “Sr. Blythe” é o
patrão que precisa ser agradado… é desesperador, e eu fiquei com pena dela, no
fundo, porque é tudo o que ela sabe fazer.
Ela acha que seu lugar é servindo…
tristíssimo.
Depois do
fim das provas, os jovens protagonizam uma das melhores e mais inesperadas
cenas do episódio – é bonito e reconfortante ver o alívio depois que o estresse
da avaliação chegou ao fim. Vê-los sorrir, festejar, jogar os chapéus para o
alto e, por que não,
beber. Diana,
felizmente, saiu de casa mentindo para os pais para fazer a prova, uma decisão
acertadíssima, e agora está ali, compartilhando isso com todos… a cena é um
máximo, eles acendem uma fogueira, bebem, dançam, compartilham a alegria
juvenil de uma fase da vida encerrada – é praticamente um rito de passagem, e é
lindíssimo.
Sentimos a liberdade, o
alívio… e aquilo passa para cada um de nós. Destaque para Anne, que estava
absolutamente linda enquanto sorria e dançava próxima à fogueira, o cabelo aos
ventos… ela estava leve e esse era o detalhe que a tornava
ainda mais bonita.
E Gilbert
chega bem no momento de ver isso…
ali,
ele sabe, ele sente, ele entende.
Gilbert
pareceu estar em outro mundo durante
todo o episódio, porque ele nem faz a prova junto com os amigos e, depois da
prova em Charlottetown, ele foi para a casa de Winifred, na qual o pai dela
pareceu lhe oferecer tudo… o dinheiro
para ele ir para a faculdade com que sonha, em Paris, um apartamento onde ele
pode morar com Winifred e a autorização para pedi-la em casamento. É quase “tudo” o que ele sempre quis, mas
ele sabe que tem alguma coisa faltando… e é por isso que ele tem que falar
com Anne, é por isso que ele precisa saber se existe alguma chance de eles
terem um futuro juntos… mas Anne fica transtornada, confusa (“What’s holding you back?”), não sabe
bem o que dizer e ela acaba sendo tirada do lado de Gilbert pelas amigas que a
querem de volta na fogueira, querem que ela guie um de seus “rituais”, para que
esse momento fique marcado…
Anne e
Gilbert protagonizam momentos paralelos e excelentes ao longo desse episódio…
ele tentando desistir dela e pensando em pedir Winifred em casamento; ela
entendendo que está apaixonada por ele, afinal de contas. Então, Anne vai falar
com a Tia Josephine para pedir conselhos, para entender o que está acontecendo,
para dizer que, nos livros, as personagens simplesmente “sabem” o que fazer, e
ela está confusa, sentindo que a sua escolha vai arruinar a sua vida ou a de
Gilbert. Gilbert, por sua vez, conversa com Sebastian a respeito de tudo: a respeito
de como o pai de Winifred lhe ofereceu tudo e de como ele foi conversar com
Anne para saber se eles tinham alguma chance… Bash chega até a comemorar porque
sabia que ele amava Anne desde que
ele recebera aquela carta no navio, na segunda temporada,
mas ele diz que ela o rejeitou.
Então, ele
vai apostar em um “talvez”?
Por fim, o
episódio traz um momento IMPORTANTÍSSIMO em que Minnie May, tão pequena, dá uma
verdadeira lição em Diana. Diana encontra a irmãzinha chorando escondida dentro
de um armário, e então Minnie May fala que ela não quer ser como ela e que “nem
mesmo Diana gosta de ser a Diana”, porque ela só finge e fingir é mentir e
mentir é ruim… então, algo estala dentro de Diana, e ela sabe que tem algumas
coisas que ela precisa fazer – a primeira delas é ir falar com Anne. A cena
final de Diana e Anne é LINDA. Começa com um bilhete embaixo da porta e, quando
Anne a abre, Diana está esperando por ela com um dente-de-leão na mão. Foi
muito bom ver a Diana repetindo o que Minnie May disse, e decidindo que, de
agora em diante,
ela só quer ser ela
mesma… então, as duas renovam os seus votos de amizade e colocam essa
promessa no dente-de-leão ao vento.
QUE MOMENTO
LINDO.
Eu amo TANTO
essa série. Não vou poder me despedir!
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