“I love
you”
Por que o
penúltimo episódio da temporada tem que ser sempre tão
angustiante?
“A Dense and
Frightful Darkness” é um daqueles episódios incríveis, porque não existe um
episódio nessa série que não seja, mas que acabam com a gente – estou de
coração despedaçado, e sofrendo por tudo o que ainda quero ver acontecer e não
sei se terei tempo em apenas um episódio… é triste pensar que
“Anne with an E” termina no próximo
episódio e eu não estarei apenas fazendo uma pausa, esperando pela próxima
temporada. Comecei a série já depois de seu cancelamento, mas saber que ela se
encerraria em três temporadas não me preparou para isso e não tornou essa
despedida menos dolorosa… estou chegando ao fim de
“Anne with an E” totalmente emotivo e já sentindo falta dessa série
que é
perfeita, em todos os sentidos,
e que merecia mais temporadas.
Eu passaria anos mais assistindo “Anne with
an E”.
No fim do
episódio passado, Anne finalmente descobriu que amava Gilbert Blythe – ou
aceitou que o amava, porque esse é um
sentimento que existe há muito tempo e que ela mesma já vem percebendo há
vários episódios… quando, antes de pedir Winifred em casamento, Gilbert procura
Anne para saber se “eles têm alguma chance”, algo estala dentro de Anne e ela
percebe que, sim, eles têm uma chance…
ela
o ama! Mas pode dizer isso a ele? Antes que Gilbert faça o fatídico pedido
de casamento, Marilla aconselha Anne a não cometer o mesmo erro que ela e
conversar com Gilbert, dizer o que sente, e é o que Anne tenta fazer… é tão
bonito vê-la determinada, montando naquele cavalo e indo depressa até a fazenda
de Gilbert, mas, infelizmente, ela não o encontra lá para conversar.
Então, ela escreve um bilhete dizendo que o
ama e deixa para ele.
Isso foi uma
angústia tremenda! Vimos aquele bilhete passar por todos os lugares ao longo do
episódio, nunca sendo resgatado ou devidamente lido…
e sentimos que as coisas seriam muito mais fáceis se Gilbert o lesse.
Mas talvez seja
mais bonito que ele
não o tenha lido, porque ele passou o episódio todo pensando no pedido de
casamento, arrumando as coisas para uma partida eminente a Paris, mas, ao mesmo
tempo, revisitando os momentos que viveu com Anne…
e o quanto a ama. Foram alguns momentos emocionantes nos quais ele
se lembrou da dança que eles tiveram, ou do clube de histórias que ela fundou,
e talvez ele esteja tomando a decisão por si mesmo – talvez mesmo sem ler o
bilhete de Anne, talvez mesmo sem saber que ela o ama de volta, ele esteja
tomando a decisão de lutar por ela…
eu
ficaria tão feliz se fosse mesmo isso.
Diana está
no meio de toda essa confusão, desesperada para ajudar a amiga… ela escuta uma
conversa de Gilbert com o pai no qual ele fala sobre o pedido de casamento a
Winifred, e ela tenta sair correndo imediatamente para falar com Anne, mas várias
coisas a impedem de sair de casa, e quando ela finalmente chega correndo a
Green Gables, Anne teve que sair por outro motivo e só retorna dentro de dois
dias…
quando talvez já seja tarde para
conversar com Gilbert sobre como o ama. Anne só descobre sobre a visita de
Diana e a notícia dela quando retorna de um resgate a Ka’kwet (que não dá
certo, por ora), e mesmo que esteja com o coração partido, ela resolve que
precisa
conversar com Gilbert. Ela
achou que ele no mínimo falaria alguma coisa depois de ler o bilhete, mas nem
imagina que ELE NUNCA O VIU.
Agora, ela
quer conversar com ele, por mais que doa.
Mas ele já partiu a Charlottetown…
O que ele
foi fazer lá? Será que ele foi mesmo
pedir Winifred em casamento?
Grande parte
do episódio está destinada a Ka’kwet. No último episódio, acompanhamos a garota
conseguindo escapar daquela escola infernal à qual foi levada, e toda a sequência
foi desesperadora, mas, no fim, reconfortante, quando ela chega de volta à
aldeia e pode abraçar a família. Eu sinceramente achei que a história de
Ka’kwet se encerraria ali, e eu gostaria de um pouco de utopia, para dizer a
verdade… mas
“Anne with an E” nos
confronta com a realidade da situação, e vários homens invadem a aldeia de
Ka’kwet para levá-la de volta para a escola e, se possível, quem sabe até levar
mais crianças… tudo é um tremendo absurdo, as cenas são revoltantes e difíceis
de assistir, e o pai de Ka’kwet chega a levar um tiro ao tentar defender a
filha…
que acaba sendo levada de volta de
qualquer maneira. Isso porque eles a tratam como uma “selvagem”, que
precisa ser “civilizada”.
Realmente, as atrocidades que a Igreja já
cometeu ao longo da história… é enervante. Nos perguntamos, então, como
Ka’kwet vai sair daquele lugar horrível, então, e os pais da garota acabam indo
em busca da única ajuda em que conseguem pensar: Anne. A chegada em Green
Gables gera receio de Marilla, porque é uma época extremamente preconceituosa,
mas fico feliz por Matthew apoiar Anne em toda essa jornada e, é claro, porque
a própria Marilla acaba entendendo o pedido de uma mãe desesperada – ela não
precisa nem entender as palavras da mãe de Ka’kwet, que estão em outra língua,
mas o sentimento é claro e objetivo…
por
isso, ela “autoriza” a jornada até a escola. Os pais de Ka’kwet, Matthew e
Anne vão até a escola para dizer que houve um mal-entendido e que estão ali
para buscá-la, mas a escola não vai liberá-la tão fácil.
Cenas
horríveis! E me preocupo que talvez não seja resolvido no próximo episódio!
Por fim,
precisamos falar rapidamente sobre a mãe de Sebastian – e eu devo dizer que, no
lugar dele, eu teria deixado que ela fosse embora quando começou aquele drama
todo. Eu confesso que eu entendo que ela foi criada em um mundo diferente e
tudo o que lhe ensinaram a fazer na vida foi
servir os brancos, e eu entendo que ela ache que está protegendo o
Bash, mas ela também precisa entender que o que Bash construiu em Avonlea é
diferente do que ela conhece… não há porque tratar Gilbert, Anne ou a Muriel
(!) como ela tratou!
E as coisas só vão
dar certo para ela continuar ali, perto do Bash, se ela entender isso o mais
rápido possível! Destaque para as novas cenas de Bash com Muriel, que foram
lindas…
eu acho que o casal vem mesmo, e
eu já estou shippando muito! Inclusive, detalhe para a conversa deles sobre
Rachel, casamentos e pretendentes, hein?
<3
Para mais postagens de Anne with an E, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário