Pai em Dobro (2021)

“Gratiluz!”

Escrito por Thalita Rebouças e protagonizado pela prima Maisa, “Pai em Dobro” é uma graça! Com leveza, bom-humor e um toque de emoção, o filme conta a história de Vicenza [inclua aqui vários nomes do meio] Silva, uma garota que sonha em conhecer o pai. Assim como em “Mamma Mia!”, Vicenza nunca soube quem é o pai e a mãe nunca quis falar sobre isso, por mais que ela perguntasse e fizesse esse pedido a cada aniversário – quando a garota completa 18 anos e a mãe sai em uma viagem para a Índia, ela decide fazer uma jornada ela mesma, usando como base uma foto da mãe com um homem chamado Paco no carnaval de 2002, e assim ela acaba em Santa Tereza, revisitando a história da mãe e, quem sabe, descobrindo um pouco de sua própria história. O problema, ou não, é que, no melhor estilo “Mamma Mia!” mesmo, existe mais uma pessoa que pode ser seu pai: Giovanne.

O filme é leve, despretensioso e delicioso de se assistir, entregando tudo aquilo que se propõe: uma história fofa, momentos que nos colocam um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, e todo o carisma de Maisa! O primeiro “pai” que ela encontra é Paco, interpretado pelo Du Moscovis, um artista talentoso, mas que está bloqueado há algum tempo… então, Vicenza entra na sua vida fazendo uma diferença. Pra frente e extremamente sincera, Vicenza não enrola para dizer a verdade a Paco: que ele pode ser seu pai. Então, ele precisa lidar com isso como pode, e é bonito ver Vicenza fazendo cada vez mais parte de sua vida, e embora ela talvez tenha passado uma barreira quando arruma toda a casa de Paco sem a sua autorização, eventualmente eles se encontram no meio do caminho, e é muito bonito como ela ajuda ele a voltar a ter inspiração para a pintura.

Depois, Vicenza descobre que Paco não é o seu único possível pai, que também existe Giovanne, interpretado por Marcelo Médici – e se com Paco ela compartilha toda a questão da arte, em um primeiro momento parece que ela não compartilha nada com Giovanne, até que vejamos que ele é todo ligado nessas coisas naturebas e sucos verdes que ela adora… gosto de como Vicenza tem alguma coisa que, já de imediato, a conecta a cada um de seus pais. Destaco, nessa parte do Giovanne, a deliciosa participação de Thalita Rebouças (como o Stan Lee fazia nos filmes da Marvel, e o Maurício de Sousa fez no filme da “Turma da Mônica”, já está virando uma tradição ter a Thalita em seus filmes), dessa vez como recepcionista no prédio em que Giovanne trabalha – devo dizer que ainda quero ver um filme em que a Thalita Rebouças tem um papel maior.

Eu amo a Thalita Rebouças, de verdade!

Vicenza acaba dividindo o tempo entre os pais, sem contar para nenhum deles sobre a existência do outro e, em paralelo, ela ajuda um bloco de carnaval, a Ameba Desnuda, a conseguir dinheiro para retornar às ruas! Aqui, em uma espécie de centro de arte charmoso e convidativo, Vicenza conhece Cadu, interpretado por Pedro Ottoni, um garoto extremamente fofo que se torna muito próximo dela e que a ajuda em tudo o que ela precisa… a química dos dois é fofa, e o sorriso de Cadu realmente nos conquista! Gostei bastante das cenas da Ameba Desnuda e dos personagens que faziam parte desse núcleo, divertidos e carismáticos! Cadu, por sua vez, é aquele garoto fofo e perfeito que Thalita Rebouças gosta de criar e por quem inevitavelmente nos apaixonamos… e é ele quem ajuda Vicenza a descobrir como fazer um teste de DNA, para descobrir qual dos dois é, por fim, seu pai.

Eventualmente, as coisas dão errado… como Vicenza não contou nem ao Paco nem ao Giovanne sobre a possibilidade de outra pessoa também ser seu pai, os dois ficam magoados quando descobrem – tudo acontece na saída de uma festa para arrecadar dinheiro para a Ameba Desnuda, e bem na hora que Vicenza e Cadu estavam prestes a compartilhar o seu esperado primeiro beijo… é uma cena triste e que parte o coração de Vicenza, que estava tão feliz com a possibilidade de ter dois pais, mas Giovanne diz que o Paco deve ser seu pai porque “ela é egoísta como ele”, e Paco diz que o Giovanne deve ser o pai dela porque “ela é insensível como ele”, e então parece que ela acabou de perder os dois pais de uma só vez… e, de quebra, ela ainda acaba brigando com o Cadu, que comete a gafe de dizer que “avisou que ela devia ter dito a verdade”.

O filme é gostosinho e nos guia até uma bonita conclusão e tudo se alinha, eventualmente, contando com o retorno da mãe, Raion, da Índia, a reconciliação com Cadu e a verdade sobre quem é seu pai. Quando a Ameba Desnuda sai às ruas em um bloco gostoso e convidativo de carnaval, tanto Paco quanto Giovanne aparecem para compartilhar esse momento com Vicenza: afinal de contas, família é assim mesmo, briga, mas não deixa de se amar. Vicenza conta sobre o teste de DNA que fez, e sobre como descobriu, no fim, que nenhum dos dois é seu pai biológico, mas os dois estão convidados a serem seus pais, e é tão bonito ver essa família inusitada nascer, porque, na verdade, eles se acostumaram à ideia de ser seu pai nesses dias e aprenderam a amá-la… agora, eles não vão abrir mão disso. E Vicenza tampouco quer mais ir atrás de seu pai biológico, se ele nunca quis saber nada dela…

Ela já tem dois pais, afinal de contas!

O filme é divertido, fofo, tem um visual incrível, um toque de emoção e uma mensagem incrível! Certamente mais um sucesso da Netflix, e apenas a primeira de muitas produções que podemos esperar com a Maisa!

Já ansioso por novidades!

 

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Comentários

  1. Eu também amo a Thalita... e também adoraria vê-la em um papel de maior destaque em histórias que ela mesma criou, tipo uma Babete da vida kkkkkkkkk seria maravilhoso! Como tudo que tem o dedo da Thalita, a gente se emociona, se diverte e encanta por esses enredos fofos. O filme é uma delicinha, e eu fiquei com vontade de passar umas semaninhas em um acampamento hippie: Gratiluz! O texto ficou incrível e igualmente fofo e fluído tal qual o filme. Parabéns! (S2)

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