Existe mesmo um mundo de humanos lá fora?
Esse segundo
episódio foi completamente diferente do que eu aprendi a esperar de
“The Promised Neverland”, porque não
tivemos as crianças correndo risco diretamente, nem aquela ação desenfreada e
angustiante que marcou a maior parte da primeira temporada – e é um episódio
igualmente excelente! Aqui, as coisas se tornaram muito mais
íntimas e
reflexivas enquanto nos deparamos com uma possível verdade a
respeito do mundo fora das fazendas, e as crianças ganham um novo propósito…
para conseguirem o que querem, no entanto, quem elas precisam se tornar?
“The Promised Neverland” continua
trazendo uma série de questões e continua nos deixando pensativos de uma forma
que pode ser até desconfortável…
mas
adoramos isso. A sequência final, na qual Emma sai para caçar com Sonju é
uma das coisas mais inteligentes do anime.
E olha que ele é cheio de sacadas
inteligentíssimas!
O episódio
começa exatamente de onde o outro nos deixou, quando Emma e Ray perceberam que
as pessoas que os salvaram eram demônios… nesse episódio, conhecemos Sonju e
Mujika, a maneira como eles levam as vidas, suas crenças e o universo de
“The Promised Neverland” se expande – o
que é verdade e o que não é ainda é um mistério, no entanto. Emma e Ray
precisam encontrar uma maneira de aceitar/entender que
demônios os salvaram, e eles explicam que não comem carne humana
por questões religiosas:
eles juraram nunca
comer carne humana. Por isso, pelo menos por enquanto, as crianças estão
seguras em sua companhia… eu não sei bem o que pensar, e quero
realmente acreditar neles, mas confesso
que fico com um pé atrás, porque
“The
Promised Neverland” me ensinou a agir com cautela… de todo modo, estou
amando a dinâmica.
Em uma
conversa esclarecedora de Ray e Emma com Sonju, ele fala sobre
o mundo lá fora. Eles realmente estão em
2046, ao que tudo indica, mas o mundo mudou há muito mais do que 30 anos, como
eles acreditam… há muito tempo, humanos e demônios viviam em um mesmo mundo, um
caçando o outro, ódios se acumulando, uma verdadeira bola de neve – até que, há
1.000 anos, eles fizeram um acordo, e então o mundo se dividiu em dois:
de um lado, um mundo de humanos; de outro,
um mundo de demônios. Nesse momento, eles estão no mundo dos demônios, que
cultivam carne humana em inúmeras fazendas porque eles prometeram não caçar
mais humanos e não o fazem desde o acordo:
Ray,
Emma, as crianças de Grace Field e qualquer outra são descendentes dos humanos
que foram entregues lá no início como uma “oferta de paz”.
Se existem
mesmo dois mundos ainda é uma incógnita – queremos acreditar que sim, mas será
mesmo? E, se existe, como as crianças farão para chegar lá? E, se chegarem, como
eles serão recebidos pelos demais humanos? De todo modo, Ray e Emma ficam
animados com a ideia e começam a planejar para onde ir, e Sonju e Mujika dizem
que vão ensiná-los sobre as coisas básicas que precisam conhecer para
sobreviverem lá fora, o que é interessante, porque parece que estamos novamente
na trama da primeira temporada: só estamos em um novo lugar, mais amplo e mais
perigoso, com uma missão aparentemente ainda mais impossível… mas confiamos
nessas crianças! Destaque para a cena em que Gilda e as crianças pequenas dão
uma bronca em Emma e Ray pela maneira como eles agem, lembrando que eles
precisam se cuidar e que
eles são uma
família.
Foi uma cena
muito fofa!
Parte do
episódio me causou um desconforto imenso! A “amizade” com os demônios que não
comem carne humana, a trilha sonora calminha…
sei lá, fiquei esperando por uma surpresa desagradável a todo momento,
e não sei se deveria estar desconfiando tanto de tudo assim. Um dos momentos
mais simbólicos desse episódio vem quando Emma pede a Sonju se pode
acompanhá-lo à superfície, e não porque ela quer realmente ver o que tem lá
fora:
porque ela quer que ele a ensine a
caçar. Eles estão comendo tão bem nesses dias que ela quer garantir que ela
poderá continuar conseguindo comida quando estiverem sozinhos… e então ela se
torna a caçadora, e é impossível não associar a humana em busca de comida ao
demônio em busca da carne humana que, de todo modo, é a sua comida. É bizarro e
de arrepiar ver Emma matando, enfiando a flor vampírica que suga o sangue da
carne e floresce, e pensar que
é o mesmo
que os demônios fizeram com as crianças que levaram, e mais do que isso:
pelo mesmo motivo.
Chega a dar
calafrios!
Isso afeta
Emma… mas ela faz do mesmo jeito. O que
estamos vendo nascer, afinal?
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