The Promised Neverland 2x03

Utopia.

O suspense para algo maior está se construindo… “The Promised Neverland” teve um recomeço bastante calmo para os padrões da série – o mundo está se expandindo, os mistérios estão ressurgindo, e eu estou confiante de que tem muita coisa pela frente ainda, mas uma coisa que “The Promised Neverland” certamente me ensinou é a não confiar nas pessoas e que essas crianças não podem ter paz. Por isso esse episódio é tão interessante! Além de já ter começado reforçando a nossa teoria de “não acreditar nas pessoas”, o episódio parece quase deslocado quando as coisas parecem estar indo bem para as crianças – bem até demais. Esse é o momento, então, em que somos obrigados a desconfiar: aquele abrigo não pode ser tão perfeito e tão conveniente, e eu também não acho que as crianças podem confiar nesse tal de “Sr. Minerva”. Algo muito ruim ainda deve acontecer em breve

O terceiro episódio da temporada começa com as crianças se separando dos demônios que os ajudaram para seguir sua jornada em busca do abrigo seguro de Minerva, em B06-32. Depois de serem treinadas, as crianças se sentem confiantes o suficiente para terminar sua jornada sozinhas. A despedida de Emma e Mujika pareceu sincera, mas a verdade é que eu ainda tenho dificuldades para confiar nela, e aquele amuleto que ela deu a Emma pode conter qualquer coisa errada que vai causar problemas no futuro… sei lá, um rastreador ou algo assim, talvez. E o episódio aproveita para derrubar qualquer um que tenha realmente acreditado na bondade de Sonju, “o demônio que não come carne humana”, porque entendemos suas reais intenções: ele espera que as crianças se reproduzam livres, e então serão “humanos selvagens” que podem ser caçados.

O sorriso dele se torna automaticamente maléfico e perigoso.

Chega a dar arrepios.

Dali em diante, no entanto, o episódio se torna excessivamente utópico. As crianças caminham não por muito tempo, chegam à localização indicada, e então descobrem um abrigo subterrâneo equipado com tudo o que eles precisam para sobreviver – sabe, é perfeito, e não podia ser tão perfeito assim. Eles estão supostamente protegidos, eles têm chuveiros quentes, comida, energia, e uma carta do Sr. Minerva dizendo que “aquele abrigo é para eles”. E as crianças quase nem parecem as crianças espertas que passaram por tanta coisa para fugir daquela fazenda na primeira temporada – porque, ali, elas se permitem ter esperança e, mais do que isso, baixar a guarda e acreditar que tudo é tão perfeito quanto parece e que eles poderão viver ali em segurança por muito tempo… será que eles não notam que tudo é conveniente e suspeito demais?!

Aos poucos, então, algumas coisas vão se “revelando”, e começamos a perceber que nem tudo pode ser tão bom assim… primeiro, as crianças encontram um rádio com o qual conseguem interceptar sinais para saber a situação das fazendas (muito conveniente), e depois eles descobrem uma passagem secreta que fica mais macabra a cada passo – eles encontram uma parede com um assustador pedido de socorro e Emma encontra um telefone que, ao tocar, traz uma ligação do “próprio” Sr. Minerva. Não acreditei em nada da parte “boa” desse episódio, na verdade. Tudo é muito suspeito, muito perigoso, e essas crianças podem estar correndo mais risco que correram na fazenda, mas elas deram um passo adiante, definitivamente! Entre quem não leu o mangá (eu incluso), teorias de que o Sr. Minerva não seja bom como eles acreditam, quem sabe nem mesmo um humano…

Eu não sei nem o que pensar. Só sei que esse “abrigo” NÃO É seguro.

E essas crianças estão prestes a ter uma surpresa e ter que lutar por suas vidas…

…de novo.

 

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