“This has
got to be the weirdest day of my life... well, so far”
AI QUE
GOSTOSO REASSISTIR A ESSE FILME! Dois filmes protagonizados por bebês fizeram
parte de minha infância: o primeiro deles, que eu sempre amei e já comentei no Parada Temporal, é “Ninguém Segura Esse Bebê”, de 1994. Eu gosto das peripécias de
Bink enquanto foge de sequestradores pela movimentada cidade de Nova York. E
outro filme que eu sempre amei é “Olha
Quem Está Falando”, de 1989. O filme, protagonizado por John Travolta,
Kirstie Alley e Bruce Willis como a voz de Mikey, é uma deliciosa comédia romântica
daquelas leves que nos fazem sorrir e nos apaixonar pelos personagens, com o
adendo da presença constante de um bebê que compartilha
seus pensamentos com os telespectadores, fazendo comentários sarcásticos em
momentos-chave do filme, ou então apenas nos dando uma visão do que deve ser a mente de uma criança.
O filme é
leve, despretensioso, tem piadas legais, e nos conquista pela
fofura do pequeno Mikey, em seus
comentários e em suas risadas, e nós também nos divertimos – dei ótimas risadas
reassistindo ao filme! Tudo começa quando Mollie engravida de um homem casado…
ele é um grande
babaca que não pensa
em abandonar a esposa – não para ficar com ela, pelo menos, especialmente agora
que está grávida! –, e então Mollie se vê em uma situação na qual precisa
cuidar de tudo sozinha… por isso, ela
diz à família que está grávida graças a uma inseminação artificial, e ela
não tem apoio nenhum de Albert, o “pai”
da criança, nem mesmo no dia do parto, que é justamente quando ela descobre que
ele a está traindo com uma outra mulher
que nem é a sua esposa… pelo menos isso faz com que Mollie se livre de uma
vez do babaca.
E, assim, o
destino coloca no seu caminho o fofo do James. Ele é o taxista que para e a
leva ao hospital, e ele faz toda a função de
pai desde o comecinho, da melhor maneira possível! Em paralelo,
acompanhamos os comentários do pequeno Mikey, comentários que já começaram lá
dentro da barriga (amo ele pedindo suco de maçã!) e durante o parto (
“Put me back in! Put me back in!”), e
que continuam agora, depois dessa loucura… amo ver os primeiros dias de Mikey,
vê-lo descobrindo para que serve o choro, por exemplo (ele sempre ganha comida
quando está chorando), ou vê-lo se incomodar com “algo úmido e gelado na sua
fralda”. Também é algo muito importante no filme a sua reação à maneira como
algumas pessoas falam com ele, como a avó, e a indiferença do tipo:
“Quem é você?” “Sou sua avó” “Se você diz”.
O MIKEY É UMA CRIANÇA TÃO FOFINHA, as cenas são muito legais!
Conforme o
tempo passa, James vai se aproximando cada vez mais de Mollie e de Mikey. Ele
deveria ter sido
apenas o taxista que a
levou ao hospital, mas ela esqueceu sua bolsa no seu taxi, então
ele tem que ir devolver, e isso faz com
que
ele comece a se encantar tanto por
Mollie quanto por Mikey. John Travolta está PERFEITO no papel (é um dos
meus papéis favoritos dele!), todo fofo, e ganhamos cenas incríveis como quando
ele “sequestra” o Mikey, inocentemente, e o leva para ver o seu avô, ou quando
ele fica de babá do pequeno para um encontro desastroso de Mollie com outro
homem, e os dois se divertem horrores, dançando pela casa, voando, e tudo é tão
fofinho, tão gostoso!
E quando o James
abraça o Mikey no final… ele queria poder ficar ali para sempre… ele queria
que a Mollie não estivesse procurando outro namorado que não fosse ele.
É evidente
que
eles precisam ficar juntos… o
James é um fofo, dá toda a atenção que Mikey e Mollie precisam, cuida bem do
bebê, e o próprio Mikey já o “escolheu” como seu pai – tem uma cena legal do
Mikey conversando com outras crianças no Central Park, perguntando o que é um
“papai”, e quando eles explicam, ele diz:
“Eu
vou pedir para o James ser meu papai”. AQUILO É TÃO LINDO! E é tudo o que o
James mais quer também… mas Mollie, tolamente, ainda pensa que Albert pode
querer algo com ela, e ele é bem-sucedido e tudo o mais, seria um bom “pai”.
Só que não. É revoltante quando Albert
pede para conhecer o filho, o filho para quem
ele não deu a mínima durante UM ANO INTEIRO, e tenta impor sua
presença, mas James
não o deixa ver a
criança… James fez certíssimo! Amei ele fazendo perguntas
que um pai deveria saber sobre o filho.
Todas coisas
que ele sabe.
Todas coisas
que ele viveu.
Todas coisas
que ele acompanhou.
Albert nunca
esteve ali.
Infelizmente,
Mollie e James acabam brigando por causa disso… ela acha que ele não tinha o
direito de expulsar o Albert ou qualquer coisa assim, mas ela vê que Albert
definitivamente não é “material para
pai” (já dava para saber antes, mas ok) quando resolve dar a ele a chance de
conhecer o Mikey, e ele é completamente desdenhoso… ele fala que “pode dar tudo
o que ele precisa”, mas “não pode ser um pai, porque está morando sozinho pela
primeira vez em 17 anos e não quer abrir mão disso”. É patético. Pelo menos eu
amei as falas do Mikey, do tipo
“Não, eu
não quero ele. Eu quero que o James seja meu pai”, amei a Mollie trocando o
Mikey “na mesa de 10.000 dólares” (ah, eu faria exatamente igual!), e amei a
Mollie e o Mikey indo embora
destruindo
algumas coisas no caminho… vamos combinar: o Albert mereceu!
Mas as
coisas
ainda não estão bem com Mollie
e James, e Mikey tenta convencer a mãe a ir atrás dele. Na sequência final do
filme, Mollie vai ao lar onde o avô de James está para
resolver um problema (já que parte do que os aproximou foi o James
usar o endereço dela para conseguir uma vaga para o avô no abrigo), e Mikey vê
um “carro amarelo” na rua e resolve
segui-lo, indo atrás do James… a sequência toda me lembra MUITO
“Ninguém Segura Esse Bebê” (apesar de
que o filme do Bink só foi lançado 5 anos depois, então é
ele que parece
“Olha Quem
Está Falando”), com direito ao Mikey “dirigindo” um carro (aquilo é tão
fofo!), causando uma série de acidentes no trânsito de Nova York, enquanto
Mollie e James tentam salvá-lo… no fim, tudo acaba bem, eles se beijam
apaixonados,
finalmente (
“Boy, I hope they don't get stuck together
like that!”), porque o James
é o
pai perfeito, e Mikey diz sua primeira
palavra em voz alta…
“Dada!”
<3
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