“Infelizmente, o futuro não aceita imperfeições”
UM DOS
MELHORES EPISÓDIOS DA TEMPORADA – e eu digo isso tranquilamente, mesmo sabendo
de outros episódios interessantes, inteligentes e complexos que nos aguardam no
futuro de
“Power Rangers Time Force”.
Esse quarto episódio da temporada, no entanto, é importantíssimo em vários
sentidos, e é uma delícia de se assistir! Aqui, temos Wes ajudando os policiais
da Força do Tempo a se adaptarem a 2001 e a, quem sabe, passarem despercebidos,
enquanto também temos um pouco da história de Ransik, que é, certamente,
um dos melhores vilões da franquia. É comum,
em
“Power Rangers”, que vilões
queiram destruir o mundo/a cidade “porque sim”, enquanto Ransik ganha todo um
background que não tornam suas atitudes
corretas, de modo algum, mas que ajudam a dar contexto a elas:
ele também é um personagem complexo.
No início do
episódio, ainda com seus uniformes da Força do Tempo e morando na praia onde a
nave deles caiu e explodiu, os policiais do futuro se perguntam
como eles vão viver no passado, se eles não
têm dinheiro nem comida. E é Wes quem aparece com a solução, um lugar para
eles morarem, e embora não seja uma mansão como a casa na qual ele mora, como
Trip parecia achar que talvez seria,
é um
lugar aconchegante e que tem tudo a ver com eles e com a temporada: A TORRE DO
RELÓGIO. É um prédio que pertence ao seu pai, mas que não é usado há muito
tempo, então ele acha que os amigos estarão seguros lá, e ele não poderia estar
mais empolgado – é tão gostoso ver essa alegria que começa a tomar conta de
Wes, quando ele começa a se livrar da vida chata que levava antes… Jen, por sua
vez, acha perfeito:
dali de cima, eles
podem ver a cidade inteira e ninguém pode vê-los.
“Let’s turn
this place into a home”
Então, mesmo
que não seja o que eles esperavam e que
a
torre esteja bastante suja, eles veem o potencial do lugar e começam a
trabalhar para transformá-lo em um lar – e é uma das sequências mais gostosas
da temporada! Amo vê-los trabalharem juntos, amo ver o Lucas sorrir, porque não
é algo tão frequente, amo ver a Katie usar a sua
superforça para levantar o sino da torre e, é claro, amo o momento
em que o Wes aparece com uma maletinha e algumas roupas:
se eles quiserem que as pessoas pensem que eles são dali, eles precisam
começar a se vestir de acordo. Então, conhecemos os visuais dos Rangers em
2001, e são incríveis, com destaque ao Trip, todo colorido e jovial, o que
combina
demais com ele, e a Jen,
séria, mas elegantíssima, o que já faz com que os olhos de Wes brilhem…
mesmo que se apaixonar por Jen, com toda a
história de Alex, não seja uma boa ideia.
Adoro como
as coisas se ajeitam também para eles… e como Wes e Jen têm uma química tão
PERFEITA. Quando eles estão saindo para buscar comida, um homem aparece para
“contratar os seus serviços”, porque aquela costumava ser uma loja de serviços
manuais, como pinturas e consertos – então, Jen toma a iniciativa e diz que
eles aceitam o trabalho…
afinal de
contas, eles precisam do dinheiro e Wes não está a fim de pedi-lo ao pai!
Gostei demais de toda essa sequência, uma cena incrível. Gosto de ver Wes e Jen
interagir, gosto de vê-la sorrir e ficar
um
pouco mais leve, e os dois pintando juntos um prédio são MARAVILHOSOS, com
direito ao Wes se atrapalhando, porque nunca fez algo assim na vida, e a Jen de
bom-humor, sorrindo – essa companhia começa a lhe fazer bem.
Bobo e influenciado pela memória afetiva,
quase chorei de emoção na cena.
Mas o
roteiro é excelente, o texto é excelente, as atuações são excelentes.
Que
temporada, meus amigos!
Enquanto
isso, Ransik quer anunciar para toda a cidade de Silver Hills que ele chegou e
que, agora,
aquele lugar é dele – e
que maneira melhor de fazer isso em pleno 2001 do que ATRAVÉS DA TELEVISÃO. Se
fosse atualmente, seria um vídeo nas redes, atingindo todos os celulares, mas
em 2001 era a
televisão… então,
Ransik invade uma transmissão, ameaçador, e anuncia aos moradores que a cidade
e a vida deles (!) agora são suas.
Ele dá
aos moradores uma hora para que eles se rendam ao seu poder, ou então serão
destruídos. Enquanto isso, alguns Cyclobots capturam Wes enquanto Jen sai
para buscar mais tinta, e o levam até Ransik, e é aqui que ganhamos uma das
cenas mais importantes desse episódio, quando Ransik confronta Wes e percebe
que “eles não contaram quem ele é”, e então ele conta a sua história…
e a cena é um misto de sensações!
Gosto demais
da sequência que mostra
flashes do
futuro, para explicar o DNA perfeito e a mutação de Ransik, porque ela tem toda
uma
vibe de ficção científica, além
de, é claro, dar perspectiva ao vilão – entendemos seus motivos, quase nos
compadecemos com Ransik, como acontece com Wes, mas também devemos lembrar que
estamos vendo apenas um lado da história,
apenas como ela é contada por Ransik. Mesmo assim, muita coisa nos é
mostrada nessa cena. Ransik fala sobre como os cientistas passaram
décadas estudando e buscando a perfeição
genética e, até o ano 3000, todos os bebês nascidos tinham o “DNA perfeito”,
com todas as “características perfeitas” escolhidas por seus pais, e doenças já
não existiam. Então, algo “deu errado”, quando um frasco de experimento caiu,
se partiu e o líquido jorrou até a rua, do lado de fora do laboratório…
E, ali,
nasceu Ransik, que era a representação de tudo o que se odiava naquele futuro
“perfeito”: um mutante. As cenas de Ransik na rua são fortes, a maneira como as
pessoas se assustam ao vê-lo e saem correndo, apenas por sua aparência
diferente, é desconfortável e revoltante, e é como Ransik diz:
“Infelizmente, o futuro não aceita
imperfeições”. Marginalizado, evitado por todos com “DNA perfeito”, Ransik
reúne um exército de mutantes que são como ele, outras pessoas com
imperfeições que foram rejeitadas pela
sociedade perfeita, e, juntos, eles
aterrorizam
a cidade. Wes não sabe o que pensar em relação a isso tudo: ele diz a
Ransik que as pessoas estavam erradas em tratá-lo como trataram, mas diz que
“vingança não é a solução”. De qualquer modo, depois que os amigos o resgatam e
eles destroem o “monstro da semana”, Wes conversa com Jen, diz que
Ransik contou sua história e ele sentiu pena…
…mas Jen
ressalta que ele é mau, em todo seu
ser.
Ansioso para
rever como a temporada vai desenvolver essa trama!
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