O bar mitzvah de Levi.
Estamos nos
preparando para nos despedir de
“Raven’s
Home”, e talvez estejamos ficando emotivos como a Raven, que não está
preparada para ver seus filhos crescerem.
“American
Torah Story” não é o meu episódio favorito na temporada, e ele chegou muito
perto de ficar cansativo, mas conseguiu dar uma guinada em sua reta final para
entregar algo muito emotivo que funcionou muito melhor do que a parte que foi
pensada para ser
engraçada, e o resultado
final é bom. Levi chegou aos 13 anos e está se preparando para o seu
bar mitzvah, e cada um está lidando (ou
não) com isso à sua maneira… a Chelsea, por exemplo, está bastante exaltada
cuidando de todos os detalhes da cerimônia; Raven está emotiva porque a última
criança da casa está crescendo; e o próprio Levi está pensando na
responsabilidade de deixar de ser criança.
Muito
envolvido com o
bar mitzvah, Levi
decide se livrar de algumas coisas de quando ele era criança, como um iô-iô ou
um ursinho, coisas com as quais ele não terá tempo de brincar agora, entre a
escola, o discurso que tem que escrever e tudo que tem que estudar para a
cerimônia, mas a verdade é que
ele já não
brincava com aquelas coisas mesmo antes. Booker, por sua vez, fica um pouco
incomodado ao ver o irmão mais novo
se livrando das coisas, e é aí que ele “cria um monstro”, incentivando o Levi a
“curtir seus últimos momentos como criança”, e o Levi deixa toda sua
infantilidade vir à tona…
de uma maneira
quase assustadora, com direito a bastante espuma no corredor do prédio,
cabana na sala para assistir desenho e uma série de pegadinhas, o que está
deixando todo mundo pela casa
um pouco
incomodado – principalmente a Nia e a Tess.
Chelsea,
enquanto isso, assume toda uma responsabilidade de uma forma que quase não é
saudável, e Raven é quem tenta funcionar como um contraponto para a melhor
amiga –
não que ela tenha muito sucesso…
afinal de contas, Chelsea sempre foi muito
intensa,
e quando ela está envolvida em alguma coisa, ela leva isso muito a sério. É só
dar uma olhada no Baile da Renascença em
“As
Visões da Raven”, ou na obsessão de Chelsea por
“Bats: The Musical”. Raven, por sua vez, está emotiva e bastante
sensível, e a assusta um pouco o fato de que
a Chelsea não parece mais a Chelsea, assim como o Levi não parece mais
o Levi… então, ela acaba sendo a mediadora, aquela que conversa com Levi e
fala sobre como Chelsea não fez o seu
bat
mitzvah quando foi sua vez, e o instiga a conversar com ela, empurrando o
Levi em direção a voltar de ser ele mesmo.
Na verdade,
é bom ter o Levi de volta. Aquele Levi que amamos, que é responsável e
inteligente, e ele rende cenas lindíssimas na reta final do episódio, quando
finalmente chega o momento do seu
bar
mitzvah. A cerimônia é muito bonita e realizada com muito respeito em
“Raven’s Home”, e foi linda a
participação de todos que amam o Levi para tornar aquele momento ainda mais
especial. Levi também tem um momento lindo em que chama a mãe para participar
de uma leitura com ele, dando a ela a oportunidade de ter o
bat mitzvah que ela nunca teve, e aquela
é a essência da relação de Levi e Chelsea, ou a essência da relação de toda
essa família… sentiremos saudades de
“Raven’s
Home”, mas gosto do fato de a série estar assumindo, no meio de tanta
comédia, um tom um pouco mais dramático que valoriza os personagens, as
relações e nos prepara para a despedida.
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