A desilusão amorosa de Missy.
Ansioso pela
próxima temporada, mas com o coração partido…
“The Wild and Woolly World of Nonlinear Dynamics” não é o melhor
episódio dessa temporada de
“Young
Sheldon”, mas ele é bom à sua maneira, e eu acho que ele era necessário
para “empurrar” a trama em direção a alguns acontecimentos sobre os quais
ouvimos falar em
“The Big Bang Theory”
– como o motivo pelo qual Sheldon Cooper
sempre
bate três vezes na porta antes de entrar. Outros episódios da temporada
conseguiram mesclar muito bem um clima divertido que nos arrancava risadas e
sorrisos com uma pegada mais
séria e
dramática que também conseguia nos
emocionar. Esse último episódio da quarta temporada deixou de lado a parte mais
leve e descontraída, e não parece que acabamos de assistir a um episódio de
sitcom. Mesmo assim, a emoção conseguiu
tomar conta de partes do episódio.
É uma cadeia
de eventos bem escrita que começa uma cascata de eventos cujo final
ainda não vimos – mas podemos imaginar.
Embora a narração de Sheldon fale sobre o nascimento do filho do Pastor Jeff
para começar toda a trama (e isso realmente faz com que Mary acabe ficando
trabalhando até mais tarde naquele dia), eu acho que o que realmente começou
tudo foi
a crise amorosa de Missy. Já
comentei em outras ocasiões como é
surpreendente
o quanto a Missy cresceu ao longo desses anos, e agora ela está na
pré-adolescência, lidando com desilusões amorosas que a fazem ter aquela reação
típica de adolescente: ela fica ranzinza, grossa, não quer falar com ninguém,
coloca uma música alta para tocar e uma placa no quarto avisando que
ninguém deveria entrar. E eu confesso
que é enervante e triste ver a Missy nessa situação, as duas coisas ao mesmo
tempo!
Connie é a
primeira a vê-la assim, mas sabe mais do que tentar conversar com ela… George,
por sua vez, tenta falar com a filha, e eu acho que ele teve uma ótima
intenção, porque realmente ele e Missy têm uma relação bacana, mas é como
Connie diz:
essa é a Missy
pré-adolescente e quase rebelde, ele ainda não a conhece bem. E Sheldon é o
último a de fato
entrar nessa
história, porque ele fica incomodado com o recado na porta, se perguntando se
Missy pode realmente
proibi-lo de
entrar, uma vez que o quarto é dele… então ele acaba entrando de qualquer
maneira e a encontra encaixotando brinquedos para provar que “não é uma
criança”, e tirando pôsteres da parede, o que acaba
incomodando o Sheldon – afinal de contas, olhar para a Cyndi Lauper
e se perguntar
por que ela está fazendo
aquela pose estranha é parte da rotinha diária de Sheldon Cooper.
A briga
escalona, os dois gritam – mas é exatamente o que se espera de uma briga de
irmãos. No fim, Missy acaba rasgando uma foto do Professor Próton, o que deixa
o Sheldon arrasado, e aqui eu preciso dizer:
a Mary errou DEMAIS quando chegou em casa. Mary trabalhou muito,
teve umas verdades jogadas na sua cara (!), e estava cansada, e ela tinha toda
razão para estar brava com algumas coisas, mas eu fiquei bem revoltado com ela
entrando no quarto para brigar com a Missy
sem nem mesmo ter perguntado o que aconteceu. Ela não se importou em saber
o que tinha levado a Missy a rasgar a foto do Professor Próton durante uma
briga com Sheldon, e simplesmente tomou seu lado… eu, no lugar da Missy, teria
me sentido exatamente como ela se sentiu:
como
se a Mary sempre tomasse o lado de Sheldon, não importa o que acontecesse.
Porque foi o que ela fez.
E é
doloroso.
No fim das
contas, o episódio tem cenas bem dolorosas. Temos, por exemplo, uma briga entre
Mary e George que parece pior a cada segundo, e eu acho que a melhor parte foi
ver o Georgie Jr. no meio disso tudo, porque ele tem seu jeito desligado e tudo
o mais, mas ele se importou – tanto é que ele levou aquela “sopa” (bem…) para a
mãe, e aquele foi um momento muito fofo. A briga de Mary e George deve levar à
eventual traição sobre a qual ouvimos falar em
“The Big Bang Theory”, e isso nos deixa muito tristes. George vai
pisar na bola feio agora, ao que tudo indica, mas o fato de ele estar prestes a
errar não anula o fato de que algumas coisas que ele falou para Mary eram, sim,
bem verdade – no fim, é Mary quem quer estar sempre certa, quem acha que sabe
tudo, e quem não lhe dá espaço para lidar com o caos que estava a casa naquele
dia, por exemplo.
É uma
situação complicadíssima.
Assim, o
clima do
Season Finale é
surpreendentemente
pesado. Não é
divertido, não é leve, não nos deixa com o coração quentinho – a não ser por
uma única cena. Depois das brigas todas, Missy resolve fugir de casa, e Sheldon
a encontra enquanto está saindo da casa da Meemaw, e então ele acaba decidindo
que
se ela vai fugir, ele vai com ela,
porque não vai deixá-la sozinha. Pode ter sido motivado inicialmente pela
conversa que teve com a Meemaw, mas a verdade é que, à sua maneira, o Sheldon
se importa, e foi bonitinho demais ver os gêmeos “se acertando” sozinhos, sem a
necessidade de um adulto para intermediar…
afinal
de contas, eles são gêmeos e se amam! Aquela conversa de Sheldon e Missy na
cabana foi LINDA, e foi só com ele que, depois de um dia difícil, Missy
conseguiu se abrir sobre o que aconteceu, e foi ele quem conseguiu fazê-la se
sentir melhor.
Esses irmãos
são incríveis!
E agora esperamos o que a próxima temporada
tem a oferecer…
Para mais postagens de Young Sheldon, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário