[Season Finale] Young Sheldon 4x18 – The Wild and Woolly World of Nonlinear Dynamics

A desilusão amorosa de Missy.

Ansioso pela próxima temporada, mas com o coração partido… “The Wild and Woolly World of Nonlinear Dynamics” não é o melhor episódio dessa temporada de “Young Sheldon”, mas ele é bom à sua maneira, e eu acho que ele era necessário para “empurrar” a trama em direção a alguns acontecimentos sobre os quais ouvimos falar em “The Big Bang Theory” – como o motivo pelo qual Sheldon Cooper sempre bate três vezes na porta antes de entrar. Outros episódios da temporada conseguiram mesclar muito bem um clima divertido que nos arrancava risadas e sorrisos com uma pegada mais séria e dramática que também conseguia nos emocionar. Esse último episódio da quarta temporada deixou de lado a parte mais leve e descontraída, e não parece que acabamos de assistir a um episódio de sitcom. Mesmo assim, a emoção conseguiu tomar conta de partes do episódio.

É uma cadeia de eventos bem escrita que começa uma cascata de eventos cujo final ainda não vimos – mas podemos imaginar. Embora a narração de Sheldon fale sobre o nascimento do filho do Pastor Jeff para começar toda a trama (e isso realmente faz com que Mary acabe ficando trabalhando até mais tarde naquele dia), eu acho que o que realmente começou tudo foi a crise amorosa de Missy. Já comentei em outras ocasiões como é surpreendente o quanto a Missy cresceu ao longo desses anos, e agora ela está na pré-adolescência, lidando com desilusões amorosas que a fazem ter aquela reação típica de adolescente: ela fica ranzinza, grossa, não quer falar com ninguém, coloca uma música alta para tocar e uma placa no quarto avisando que ninguém deveria entrar. E eu confesso que é enervante e triste ver a Missy nessa situação, as duas coisas ao mesmo tempo!

Connie é a primeira a vê-la assim, mas sabe mais do que tentar conversar com ela… George, por sua vez, tenta falar com a filha, e eu acho que ele teve uma ótima intenção, porque realmente ele e Missy têm uma relação bacana, mas é como Connie diz: essa é a Missy pré-adolescente e quase rebelde, ele ainda não a conhece bem. E Sheldon é o último a de fato entrar nessa história, porque ele fica incomodado com o recado na porta, se perguntando se Missy pode realmente proibi-lo de entrar, uma vez que o quarto é dele… então ele acaba entrando de qualquer maneira e a encontra encaixotando brinquedos para provar que “não é uma criança”, e tirando pôsteres da parede, o que acaba incomodando o Sheldon – afinal de contas, olhar para a Cyndi Lauper e se perguntar por que ela está fazendo aquela pose estranha é parte da rotinha diária de Sheldon Cooper.

A briga escalona, os dois gritam – mas é exatamente o que se espera de uma briga de irmãos. No fim, Missy acaba rasgando uma foto do Professor Próton, o que deixa o Sheldon arrasado, e aqui eu preciso dizer: a Mary errou DEMAIS quando chegou em casa. Mary trabalhou muito, teve umas verdades jogadas na sua cara (!), e estava cansada, e ela tinha toda razão para estar brava com algumas coisas, mas eu fiquei bem revoltado com ela entrando no quarto para brigar com a Missy sem nem mesmo ter perguntado o que aconteceu. Ela não se importou em saber o que tinha levado a Missy a rasgar a foto do Professor Próton durante uma briga com Sheldon, e simplesmente tomou seu lado… eu, no lugar da Missy, teria me sentido exatamente como ela se sentiu: como se a Mary sempre tomasse o lado de Sheldon, não importa o que acontecesse. Porque foi o que ela fez.

E é doloroso.

No fim das contas, o episódio tem cenas bem dolorosas. Temos, por exemplo, uma briga entre Mary e George que parece pior a cada segundo, e eu acho que a melhor parte foi ver o Georgie Jr. no meio disso tudo, porque ele tem seu jeito desligado e tudo o mais, mas ele se importou – tanto é que ele levou aquela “sopa” (bem…) para a mãe, e aquele foi um momento muito fofo. A briga de Mary e George deve levar à eventual traição sobre a qual ouvimos falar em “The Big Bang Theory”, e isso nos deixa muito tristes. George vai pisar na bola feio agora, ao que tudo indica, mas o fato de ele estar prestes a errar não anula o fato de que algumas coisas que ele falou para Mary eram, sim, bem verdade – no fim, é Mary quem quer estar sempre certa, quem acha que sabe tudo, e quem não lhe dá espaço para lidar com o caos que estava a casa naquele dia, por exemplo.

É uma situação complicadíssima.

Assim, o clima do Season Finale é surpreendentemente pesado. Não é divertido, não é leve, não nos deixa com o coração quentinho – a não ser por uma única cena. Depois das brigas todas, Missy resolve fugir de casa, e Sheldon a encontra enquanto está saindo da casa da Meemaw, e então ele acaba decidindo que se ela vai fugir, ele vai com ela, porque não vai deixá-la sozinha. Pode ter sido motivado inicialmente pela conversa que teve com a Meemaw, mas a verdade é que, à sua maneira, o Sheldon se importa, e foi bonitinho demais ver os gêmeos “se acertando” sozinhos, sem a necessidade de um adulto para intermediar… afinal de contas, eles são gêmeos e se amam! Aquela conversa de Sheldon e Missy na cabana foi LINDA, e foi só com ele que, depois de um dia difícil, Missy conseguiu se abrir sobre o que aconteceu, e foi ele quem conseguiu fazê-la se sentir melhor.

Esses irmãos são incríveis!

E agora esperamos o que a próxima temporada tem a oferecer…

 

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