Shadow and Bone 1x03 – The Making at the Heart of the World

“You have always been my true north, Mal”

Alina Starkov tem que se acostumar com seu destino: destruir a Dobra e salvar o país. Pelo menos isso parece ser o que todo mundo espera dela, um peso muito grande que, até então, parecia apenas uma lenda. Alina sempre ouviu falar sobre uma “Conjuradora do Sol”, mas nunca achou que essa pessoa seria ela. Eu gosto muito de como o universo de “Shadow and Bone” é estabelecido ao longo dos episódios, e de como “The Making at the Heart of the World” trouxe algumas novas informações a respeito desse mundo e das coisas nas quais eles acreditam, ajudando a compor a narrativa da garota que, de uma hora para outra, descobre que é Grisha e é tirada de seu mundo e levada para um lugar onde ela precisa treinar e se tornar quem ela nunca pensou que seria. E eu continuo encantado com a história de Alina, sempre querendo ver mais dela!

A personagem teve vários momentos incríveis. Adorei aquela cena inicial com a Artesã, por exemplo, antes de ela ser levada para conhecer o Rei. Também adorei aquela cena com o Rei e com o General Kirigan, no qual temos mais uma demonstração do seu poder, uma cena que é visualmente impactante, mas a melhor interação de Alina nesse episódio foi com a Baghra. Aqui, Alina é realmente confrontada, e eu adorei a maneira intensa como a Baghra falou com ela, como perguntou se ela era mesmo a Conjuradora do Sol e se podia invocar seus poderes sem o General Kirigan segurando a sua mão, e então percebemos que existe, sim, uma conexão entre eles que a torna mais forte, mas o poder dela existe sem Kirigan, porque ela conjurou o sol no barco ao atravessar a Dobra… de qualquer maneira, aparentemente existem intensificadores humanos…

…e se Mal for um?

Teorias à parte, a Baghra manda Alina embora e a manda retornar quando ela também acreditar que é a Conjuradora do Sol que vai salvar o país (“Come back when you believe it too”), e aos poucos Alina vai percebendo que nem tudo vai ser fácil… ela é quase uma prisioneira no Palácio, ela tem que treinar o tempo todo, tem a pressão incessante colocada sobre ela e, é claro, a inveja de outras Grishas, como Zoya, que não parece estar nada satisfeita com a presença de Alina e seu aparente poder. Em cartas para Mal, que talvez nunca cheguem até ele, Alina fala sobre os seus sentimentos, sobre como parece estar de volta ao orfanato de quando eles eram crianças, e confessa que está com medo – e há quem diga que a cena final é brega, mas, para mim, é intensa e bonita, porque eu já comprei essa relação de Alina e Mal, e ouvi-la falar sobre como “o norte é onde você se sente em casa, onde se sente amada” e que “o seu norte é Mal” me arrepiou.

Quero esses dois juntos de novo!

O episódio é muito sobre isso: sobre a posição de Alina Starkov. Alina não estava preparada para ser quem está se tornando, e, sinceramente, ninguém parece ajudá-la muito. O episódio explora a dualidade de sua nova posição: ela ganha banho, vestes novas e elegantes, comida gostosa e a maioria das pessoas parece enxergá-la com admiração; em contrapartida, ela não é tratada como uma pessoa de verdade, mas mais como uma ferramenta, como a “Conjuradora do Sol”, e não “Alina Starkov”… eles esperam que ela domine seus poderes, que ela destrua os volcras, acabe com a Dobra, e é só isso o que parece importar, então toda aquela ilusão inicial se despedaça, revelando uma garota assustada, com um peso muito grande colocado sobre seus ombros, e pouca humanidade para ajudá-la a lidar com isso tudo. É uma boa construção de personagem.

Em paralelo, Kaz, Jesper e Inej continuam em sua jornada para atravessar a Dobra com seus próprios objetivos, e eles continuam sendo um trio interessante, repleto de mistério e com muitas coisas a serem exploradas ainda – mas eles nos conquistaram com seu carisma! Agora, eles chegam até aquele que chamam de “O Condutor”, e eles acabam em um “trem” improvisado em um trilho interrompido no meio da Dobra, tentando atravessar em segurança enquanto volcras começam a atacar o vagão no qual eles se encontram, e a Dobra continua rendendo algumas das melhores cenas de “Shadow and Bone”. Assim como na travessia do primeiro episódio, esse momento é eletrizante, e fico muito feliz por Jesper, que já é o meu favorito no trio há muito tempo, ganhando destaque naquela cena INCRÍVEL na qual ele atira nos volcras.

Agora, eles atravessaram… e o que eles farão do lado de lá?

 

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