“Desse menino depende o futuro de todos nós”
“O Pequeno Samurai” tem um dos melhores
inícios de história do
“Sítio do Picapau
Amarelo”. Tudo é intenso, sombrio, complexo e ainda com muito espaço (e
tempo) para desenvolver. Tudo começa com a chegada de Takeshi-san ao Sítio de
Dona Benta, um homem aparentemente “sereno e pacato” que ajuda o Sítio a se
livrar de uma praga e conquista a confiança e admiração de várias pessoas…
menos da astuta bonequinha de pano que
enxerga mais do que todo mundo por causa dos seus olhos de retrós. Emília
avisa desde o início que eles não podem confiar no “Tomate-san”, mas ninguém
lhe dá ouvidos… naturalmente, a bonequinha está correta, porque Takeshi-san é
um vilão macabro que se transforma no perverso kappa e ataca as pessoas,
mordendo seu pescoço e sugando seu sangue, tal qual um vampiro.
Mas como Emília pode fazer todos acreditarem
nela?
As
informações vão batendo quando ela coloca o Visconde para pesquisar, e Visconde
chega à história do “vampiro japonês”, um duende dos rios que se transforma em
um homem “sereno e pacato” para enganar as pessoas… Emília e Narizinho querem
avisar o Pedrinho o mais rápido possível, mas o menino saiu para pescar com o
Zé Carijó e com o Takeshi-san, então elas não podem fazer nada por enquanto,
mas o Pedrinho está prestes a descobrir sozinho que
o Takeshi-san não presta… isso porque Pedrinho encontra um anzol
dourado dentro de um peixe que ele pesca e, naquele momento, Takeshi-san fica
atônito… seus olhos se arregalam e, de uma forma ameaçadora, ele diz que “o
anzol dourado é seu”, e a ânsia por tê-lo o faz deixar de lado qualquer
disfarce e qualquer fingimento… violento, ele ataca o Pedrinho e se transforma
no kappa na sua frente…
Pedrinho e
Zé correm, e eles só conseguem fugir porque uma fênix aparece para enfrentar o
kappa e impedi-lo de seguir o garoto… quando Tomiko, a mulher que se transforma
em fênix, retorna ao Arraial dos Tucanos, ela está sangrando e fraca. A Iara vê
uma parte da luta e quando Emília e o pessoal do Sítio chegam ao seu riacho em
busca do Pedrinho, ela conta sobre o
monstro
vampiro que a mordeu, e como o viu lutando com um pássaro… enquanto isso,
Pedrinho e Zé estão tentando escapar do Takeshi-san, e acabam caindo nas garras
da Cuca e do Pesadelo, que os prendem – e Cuca pretende usar o Pedrinho para
atrair o Takeshi-san até a sua caverna e, assim, conseguir os tais “olhos
puxados” dos quais precisa para fazer o seu xarope. Sem medo, Takeshi-san
invade a caverna exigindo que Pedrinho lhe entregue o anzol dourado, e então
ele protagoniza
uma nova briga com a Cuca.
Enquanto a
Cuca e o kappa brigam novamente (dessa vez a Cuca se sai melhor que antes),
Pedrinho e Zé conseguem se soltar, e então eles fogem dali com a ajuda da
Emília e do Saci… a briga dos monstros termina com a Cuca conseguindo roubar o
leque mágico de Takeshi! No caminho de volta para casa, Pedrinho acaba se
separando do grupo e vê Tomiko tentar virar uma fênix novamente, mas não
conseguir porque
está muito machucada…
então, ele a ajuda e quando, sem querer, ele derruba o anzol dourado, ela fala
que “o anzol é o primeiro passo no caminho do arco-íris”, ou qualquer coisa
assim, e saúda Pedrinho, dizendo que “ele é o escolhido”:
“Aquele que encontrar o anzol dourado será o escolhido”. Tomiko, no
entanto, não deixa Pedrinho se lembrar de tudo… ela o coloca para dormir e
decide que ele não se lembrará de nada ao acordar.
Enquanto
isso, no Sítio do Picapau Amarelo, um novo visitante aparece: Akio-san, um
homem mais divertido (e bravo) que o Takeshi, e que tenta pegar o Rabicó para
comer assim que o vê, mas Dona Benta e Tia Nastácia escutam os gritos
desesperados do pobre leitão e o salvam…
até
porque a Tia Nastácia diz que se um dia o Rabicó for para o forno, será para o
seu! Assim, o Sítio recebe um novo samurai, muito mais imperfeito e
atrevido do que o Takeshi, o que quer dizer que
ele também é mais real… não tem aquela máscara de falsidade que o
Takeshi-san tinha – e Takeshi, agora, terá que se manter longe do Sítio do
Picapau Amarelo, porque quando as crianças retornam, elas trazem com elas toda
a verdade! Akio-san é acolhido no Sítio e ganha comida para matar a sua fome,
mas, dessa vez, o samurai é olhado com certa desconfiança, por seus modos…
Quando
Akio-san vê Pedrinho chegar com o anzol dourado, ele também se curva perante
ele…
Então, a
trama começa a se desenhar com mais clareza. Akio-san chama Pedrinho de “futuro
xogum”, e eu amo toda a construção de “escolhido” e “jornada do herói” aplicada
ao
“Sítio do Picapau Amarelo”. É,
definitivamente, a maior e mais ambiciosa história até o momento! Akio-san
explica que Pedrinho foi escolhido para “governar o Império do Sol Nascente”, e
agora ele precisa ser treinado: há muito a aprender e Akio será seu mestre.
Akio-san começa forjando a espada do samurai, mas Narizinho avisa que
“a vovó não vai gostar nada disso”, mas
Akio-san diz que Takeshi é o chefe do guerreiro das sombras e, por isso,
Pedrinho precisa ter como se defender dele… mas é claro que Narizinho tinha
toda a razão, e quando Dona Benta o encontra no celeiro forjando uma espada
para o Pedrinho, ela acaba logo com toda essa história…
não vai permitir que o neto “saia por aí empunhando uma espada”.
Akio-san até
tenta argumentar, mas Dona Benta é firme e diz que, no seu sítio, as regras são
suas e, ali, não se usa nenhuma arma… se ele quiser permanecer ali, é bom que
respeite as regras. Portanto, Akio-san decide treinar o Pedrinho com um bastão
de treinamento feito de bambu, o que parece muito mais cabível, na verdade –
o menino nunca empunhou uma espada na vida!
Animado, o Pedrinho parte para a mata para buscar bambu com o Saci, e os dois
são abordados pelo próprio Takeshi-san, que aparece dizendo novamente que “o
anzol dourado é seu”, mas, dessa vez, Pedrinho sabe o que responder:
“Nada disso! Eu sou o escolhido”.
Enquanto Pedrinho tem apenas o seu bodoque para se defender de Takeshi-san e
sua katana, Emília e Akio-san se preocupam, porque se Takeshi já sabe que
Pedrinho é o escolhido, ele não vai
deixá-lo em paz…
…foi
irresponsabilidade deixá-lo ir para a mata sozinho!
Na mata,
Pedrinho e Zé precisam se virar sozinhos, e eu AMEI a maneira como o Zé
realmente defendeu o Pedrinho dessa vez!
Ele pode ser medroso, ele pode se esconder e fugir, mas, naquele momento, mesmo
morrendo de medo, ele defende o Pedrinho, segura a espada do Takeshi-san, e
fica rezando um monte da forma mais hilária possível até que o Pedrinho dê uma
pedrada no Takeshi e o faça desmaiar… então, Pedrinho e Zé fogem, mas Takeshi
não passa muito tempo desacordado. Felizmente, Tomiko tem um
mau pressentimento, mas também tem muita
dificuldade para se transformar em fênix e ir ajudar, por causa do seu braço
machucado:
“Meu braço! É difícil voar…
mas eu tenho que conseguir, o escolhido corre perigo!” Felizmente, Tomiko
consegue chegar para salvar o Pedrinho antes de Takeshi-san encontra-lo
novamente… ufa.
Tomiko, a
guardiã da Espada do Sol Nascente (conforme o Visconde descobre quando o Pedrinho
volta ao Sítio contando sobre a mulher que se transforma em fênix), ajuda o
Pedrinho e diz que estará por perto, mas ele precisa
cuidar do anzol dourado. Misteriosa, ela diz que não pode dizer
muito, porque “ele tem que descobrir seu próprio destino”, mas, se precisar de
ajuda, ele pode chamá-la… então, ela vira a fênix (que o Pedrinho reconhece
como o pássaro que o salvou do kappa lá no riacho) e vai embora. Quando o
Pedrinho volta para o Sítio, mais novidades estão chegando: o Tio Barnabé
encontra um menino japonês no fundo do poço, um pequeno samurai sem mestre
chamado Eiji – tudo o que ele quer é encontrar um mestre a quem possa servir.
Barnabé o tira do fundo do poço, e Eiji parece não conseguir parar de rir da
Emília, dizendo o quanto “ela é esquisita”.
O que deixa a Emília furiosa.
Eles devem
passar muito tempo se provocando agora! Eiji, aparentemente, chegou ao Sítio do
Picapau Amarelo atravessando o mundo, o que o Visconde diz que é impossível,
mas tudo bem… tudo é muito mágico e fantasioso no Sítio de Dona Benta mesmo.
Agora, ainda temos que descobrir qual vai ser a função de Eiji dentro da
narrativa, mas ele proporciona alguns momentos divertidos, como quando come o
peixe que a Tia Nastácia está preparando para fritar
antes que ela possa fritar, o que a deixa horrorizada, e ela diz
que, ali na sua cozinha, “ele só vai comer peixe depois que estiver frito, e
bem torradinho”. Quando o garoto vê o Akio-san chegando à cozinha de Tia
Nastácia, ele foge desesperado… quando Narizinho conta o que aconteceu para a
Emília, a bonequinha de pano curiosa fica intrigada e quer saber
o que ele tem contra o Akio-san.
Não que ele
pretenda contar para ela.
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de Luz
Eu nunca tinha visto "O Pequeno Samurai". Vi pela primeira vez agora e... CARACA! EU NÃO ESPERAVA QUE UMA HISTÓRIA DO SÍTIO DO PICAPAU AMARELO FOSSE TER TANTO SANGUE!
ResponderExcluirNossa, sério que você nunca tinha visto?! Nossa, como eu comentei nos textos: EU AMO ESSA HISTÓRIA. E tenho muitas recordações dela da época, acho bem boa e bem-desenvolvida (a não ser pela parte dos bandoleiros, é claro, mas no mais é excelente)
ExcluirAcho estranho que a história se chama "O Pequeno Samurai", mas o pequeno samurai (Eiji) demora muito pra aparecer.
ResponderExcluirSim! Mas o Pedrinho também desempenha um pouco o papel de "pequeno samurai", de certa maneira, e é um elemento importante, igual em livros quando o que dá título ao livro demora a surgir, mas percebemos que as coisas guiavam para lá... e como não era exibido nomes nas histórias mais, não tinha essa coisa de criar "expectativa" pelo "pequeno samurai" e ele não estar aparecendo haha
ExcluirEu tô sendo até meio hipócrita, aqui. O meu primeiro livro se chama "Os Deinemons e a Nuvem Dourada" e demora uma vida pra Nuvem Dourada aparecer.
ExcluirTá vendo? HAHA É normal :)
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