“I need
your help”
Eu estava
esperando pelo momento em que conheceríamos um pouco mais de Sun Kwon… Sun é
uma personagem extremamente carismática – ela consegue fazer com que queiramos saber mais sobre ela. “House of the Rising Sun”, exibido em
27 de outubro de 2004, traz o seu primeiro flashback,
um pouco sobre o seu casamento com Jin, mas também existem muitas coisas
acontecendo na ilha, desde o Jin se voltando contra Michael de forma violenta
(o que também vai fazendo cada vez mais sentido conforme vamos acompanhando a
história no passado de Sun e Jin), como uma expedição até as cavernas onde Jack
encontrou uma fonte de água fresca no último episódio, e que agora ele acredita
que pode ser um abrigo seguro para os sobreviventes – mas isso é algo que vai
dividir opiniões e, consequentemente, o grupo. No episódio seguinte ao “viver juntos ou morrer sozinhos”.
Jack, Kate,
Locke e Charlie ficam encarregados de irem até a caverna descoberta por Jack
para buscar água, e eles acabam descobrindo algo que passou despercebido por
Jack no outro dia, com tudo o que ele estava vivendo:
os corpos de duas pessoas que devem estar ali pelo menos há 40 ou 50
anos. Locke os nomeia “Adão” e “Eva”, e por mais
macabro que isso possa parecer, isso faz Jack pensar que eles
provavelmente
moravam naquele lugar,
e que eles podem fazer o mesmo, porque é menos trabalhoso do que carregar água
diariamente para a praia, além de a caverna servir de abrigo contra o calor,
contra o sol, a chuva… então, Jack retorna para o acampamento na praia para
falar com os outros sobreviventes sobre isso, tentando convencer a Kate no meio
do caminho que essa
é a melhor opção,
enquanto Locke e Charlie ficam para trás.
É bem
interessante acompanhar a dinâmica entre Charlie e Locke. Depois de Locke ter
tentado salvar o Charlie de uma colmeia de abelhas na qual ele pisou, Locke
parece
ficar de olho em Charlie, o
tempo todo, enquanto Charlie tenta escapar para poder usar sua droga – mas a
verdade é que Locke
sabe exatamente o
que ele quer fazer. Locke continua sendo uma figura enigmática e, por mais que
não entendamos, aquele que tem
uma
conexão mais íntima com a ilha… seja lá o que ele tenha visto naquele dia
da caça ao javali. Ele fala com Charlie sobre fé, fala sobre música, e fala
sobre a droga que sabe que ele está usando e que, mais cedo ou mais tarde, vai
acabar – em algum momento, Charlie terá que passar pelo processo de
desintoxicação, e provavelmente
não será
fácil, mas Locke está disposto a ajudar, e é bonito ver o Charlie
entregando o saquinho de droga para ele…
Em
retribuição, a “ilha” lhe devolve seu violão!
Na praia,
sem a presença daqueles que saíram em busca de água, Jin está
enlouquecido quando ele ataca Michael, e
é uma cena pesada na qual ele provavelmente teria
espancado Michael até a morte se Sayid e Sawyer não o tivessem
impedido… é angustiante e preocupante, e ninguém parece ter entendido o que de
fato aconteceu, a não ser, provavelmente, Sun –
que todos acham que não sabe falar inglês. Lembro-me de algumas
sensações de quando vi
“Lost” pela primeira vez, e lembro que
ouvir a Sun falando inglês pela primeira vez, depois de todos acreditarem que
ela não sabia,
é uma das melhores coisas da primeira temporada. Jin acaba preso
com as algemas que pertenceram a Kate, e Sun vai à mata para pedir, em segredo,
a ajuda de Michael, que tem uma sequência impecável com o Jin, um machado e
algumas ameaças… Michael também tem um desenvolvimento importante com o filho
nesse episódio!
Nos
flashbacks, acompanhamos um pouco da
vida de Sun, e depois de vermos aquele relacionamento abusivo na ilha e,
também, a maneira como Jin foi
violento
com Michael nesse episódio,
ver que os
dois já foram apaixonados um pelo outro é surpreendente – em algum momento
do passado, talvez Jin tenha sido alguém legal, até que ele tenha “se vendido”
ao pai de Sun e então, com o passar dos anos, ele foi se transformando nesse
homem seco, frio, possessivo e violento que conhecemos… os detalhes ainda ficam
meio sombrios, mas percebemos que o que quer que Jin faça para o pai de Sun
não é nada bom, com destaque à cena em
que ele chega em casa ensanguentado e não fala nada a Sun. No aeroporto, Sun
tinha planejado escapar de Jin, se fingir de morta, recomeçar a vida em
qualquer outro lugar…
no fim, ela não
teve coragem.
E então ela acabou na ilha… mais presa do
que poderia jamais imaginar.
Quando Jack
e Kate retornam da expedição, a situação toda de Jin vs Michael não precisa
muito de sua ajuda, então ele começa a falar com os sobreviventes sobre a
caverna e sobre se mudarem para lá – Sayid é veementemente contra, e a situação
é realmente muito complicada. Em parte, Jack tem razão ao afirmar que a caverna
é mais segura e vai protegê-los de um monte de perigos, além de proporcionar
água a eles, mas os demais também têm razão ao escolherem não deixar a praia,
porque eles não podem abandonar a esperança de que algum resgate apareça… e, se
aparecer, eles precisam estar na praia para chamar a atenção do barco, avião ou
o que quer que possa salvá-los. Assim, o grupo de 46 sobreviventes acaba se
separando pela primeira vez, um grupo acompanhando Jack até a caverna, outro
continuando na praia, ao redor da fogueira…
E, nesse segundo grupo, temos Kate, Sawyer,
Sayid…
A “despedida”
de Kate e Jack é bem forte. A série, como sempre, maravilhosa.
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