Zé Carijó. Missão: Espião.
É uma pena
que uma boa parte do meio de
“O Pequeno
Samurai” seja mais sobre os bandoleiros do que sobre toda a trama do
Império do Sol Nascente, o Escolhido e o Kappa… continuo achando que
“O Pequeno Samurai” é uma das melhores
histórias de 2004 (também gosto muito de
“A
Dama dos Pés de Cabra”), mas a história podia ter vários capítulos a menos
excluindo por completo a história da Lagarta e dos bandoleiros, e não teria
feito falta… essa trama parece deslocada do restante
em todos os sentidos: nem o tema nem o tom combinam com o restante
de
“O Pequeno Samurai”, o que é uma
pena. Quando os bandoleiros invadem e saqueiam o Arraial dos Tucanos, Akio-san
e Musashi lutam contra os bandidos, enquanto Zé Carijó tenta escapar de Lagarta
e Joaninha salva Cecéu… no fim de toda a confusão, João Tário acaba levando
Emília como sua refém, para que ela diga
onde
encontrar o pote de ouro.
Não que a
bonequinha passe muito tempo sequestrada, porque Musashi vai atrás de sua
mestra e a resgata.
Enquanto
isso, Dona Benta e Visconde temem pela segurança do Sítio do Picapau Amarelo,
achando que o bando do João Tário pode querer invadir o lugar a qualquer
momento. Então, o Quindim é colocado de guarda do Sítio, uma função que ele já
desempenha regularmente, mas agora ele precisa estar atento, pois os
bandoleiros podem vir a qualquer momento… além dos bandoleiros, o Sítio ainda
pode ser atacado pelo próprio Takeshi-san, que desapareceu, mas não para
sempre… ele está apenas afastado para recuperar suas forças e voltar com tudo,
e tendo em vista que Emília está com o seu leque, é de se esperar que ele venha
atrás de Emília! Assim, Emília decide que eles precisam estar atentos e para
saber se João Tário planeja invadir o Sítio em algum momento, Emília decide que
eles devem enviar um espião para dentro do acampamento dos bandidos.
O Zé Carijó.
O que pode
funcionar muito bem, porque Lagarta acabou de ser expulsa do bando!
Constantemente chamada de “mulherzinha” e maltratada, Lagarta sai chorando, mas
decide ir atrás da Cuca, ciente de que se a jacaroa pôde transformar alguns
homens do bando em ratos, certamente também pode transformá-la no que ela
sempre quis ser: homem.
Então João Tário
vai saber quem é o melhor bandoleiro dali! Lagarta acaba encontrando o
Pesadelo na mata e o faz levá-la até a caverna da Cuca para pedir esse favor, e
a Cuca até pode ajudá-la, mas diz que não vai fazê-lo sem ganhar nada em troca…
afinal de contas, a Cuca é má, perversa e
ruim e não ajuda ninguém simplesmente por altruísmo. É um pouco macabro
como Cuca pede
a alma de Lagarta em
troca de uma poção que vai transformá-la em homem, mas Lagarta topa e Cuca
manda o Pesadelo atrás dos ingredientes…
…que incluem um pelo de bigode de bandido.
Para se
infiltrar no bando, Zé Carijó é caracterizado como um bandoleiro e se torna o
“Zé Capeta”, e eu devo elogiar o trabalho de Cassiano Carneiro, que muda
totalmente o seu sotaque e o seu tom de voz para o “novo” personagem, e é
duplamente divertido, porque o vemos escapar de volta para o antigo Zé Carijó e
é um máximo! Como Zé Capeta, ele se torna um espião no meio de um grupo de bandidos,
para garantir que o Sítio de Dona Benta não será atacado de surpresa, e ele
cumpre sua função quando João Tário começa a planejar o ataque e Zé dá um jeito
de fugir e contar para o pessoal o que está acontecendo: os bandidos pretendem
invadir o Sítio, roubar tudo e sequestrar todas as mulheres… por isso, os
homens decidem ficar para proteger o Sítio, enquanto todas as mulheres vão para
um outro lugar seguro: no caso, o Arraial dos Tucanos.
As coisas
não saem conforme o planejado quando Takeshi chega ao acampamento e conta a
João Tário que o Zé contou ao pessoal do Sítio sobre o seu plano, então, como
traidor e espião, Zé Carijó é castigado e enterrado no chão apenas com a cabeça
para fora, enquanto o bando de João Tário muda o seu plano original e, ao invés
de ir para o Sítio do Picapau Amarelo, eles rumam para o Arraial – e o Zé não
pode nem avisar os amigos. Os bandoleiros chegam fazendo uma bagunça no
Arraial, o segundo ataque em pouquíssimo tempo, e dão um recado para o Coronel
Teodorico: eles vão colocar fogo no Arraial inteiro se eles não entregarem as
mulheres do Sítio do Picapau Amarelo…
infelizmente,
durante a maior parte da cena, João Tário está em destaque com o Takeshi-san
bem secundário atrás dele, e não é o tipo de coisa que gosto de ver em “O
Pequeno Samurai”.
Mas
Takeshi-san tem um plano muito claro:
ele
quer seu leque mágico de volta. Emília mostra o leque para Akio-san e Dori,
e eles ficam assustados, mandando ela se livrar do leque o mais rápido
possível, porque ele é amaldiçoado e é capaz de invocar coisas ruins…
Emília, no entanto, não pensa em se desfazer
do leque, é claro, porque ela está se sentindo poderosa com ele, e desde quando
a bonequinha escuta alguém? Antes que algo aconteça com a Emília, no
entanto, Takeshi-san consegue recuperar o leque, vira um morcego e vai embora
do Arraial, para lidar com os seus próprios planos, que envolvem colocar as
mãos no anzol de ouro e comandar o Império do Sol Nascente… agora que tem seu
leque novamente, Takeshi-san voltou a ser o homem poderoso que outrora fora e,
naquele momento, preciso confessar que estava torcendo por ele…
Precisava ter o Takeshi de volta como o
vilão principal dessa história.
Chega de João Tário.
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"Precisava ter o Takeshi de volta como o vilão principal dessa história.
ResponderExcluirChega de João Tário."
Faço de suas palavras, minhas.