Turma da Mônica Jovem (2ª Série, Edição Nº 47) – Parque das Maravilhas
Mônica através do espelho…
As
referências a “Alice no País das
Maravilhas” são uma delícia de acompanhar (não é a primeira vez que a Turma
Jovem se aventura por esse universo, e sempre é algo que chama a atenção e que
é gostoso de acompanhar). Quando Mônica “desperta” em um novo mundo, sua bolsa
de coelhinho azul virou um Sansão falante, que “está sempre atrasado”, servindo
ao papel de Coelho Branco, aquele que guia a personagem principal até um novo
universo… depois de Sansão, Mingau aparece fazendo mais ou menos o papel de
Gato de Cheshire, e ele tem excelentes momentos, enquanto Mônica vai percebendo
que não está mais em casa, porque as
coisas já não são mais como ela se lembra – ao invés de um homem fantasiado de
Ursinho Bilu no parque, agora, ela encontra um
urso fantasiado de homem. Ela não está em casa, e não sabe onde está.
Foi muito
divertido conhecer as novas versões de todos esses personagens – as suas
versões refletidas no espelho: iguais,
mas ao contrário. Cascão, por exemplo, é o responsável pela limpeza do parque,
e é um neurótico por limpeza, proporcionando até uma sequência irônica na qual
a Mônica precisa fugir de um Cascão que está tentando obrigá-la a tomar banho.
Alguns personagens secundários também fazem suas aparições, como versões
distorcidas de si mesmos… Xaveco é o “Agente Xis”, por exemplo, um rapaz que ao
invés de confiar nas pessoas duvida de tudo e é cheio de teorias da
conspiração; Nimbus é grosseiro, mal-educado, e ele parece se interessar pelas
exatas e desprezar a mágica; Marina, além de chata, não sabe e não gosta de
desenhar… mas acho que os destaques ficam para a “Carmem esculachada” e a
“Denise em versão erudita”.
Porque a
Rainha Vermelha é a Mônica Jovem – e por isso era tão importante estarmos na
companhia de uma Mônica Criança em “Parque
das Maravilhas”: para que ninguém a reconhecesse como a Rainha Vermelha,
embora o Agente Xis, com suas teorias da conspiração, tenha falado algo sobre
isso… Mônica, então, acaba vendo o seu
pior lado, e percebe que talvez ela seja mesmo um pouco assim no mundo do
outro lado do espelho: ela pode ser mandona, birrenta, mal-humorada. Então,
Mônica precisa enfrentar a sua outra versão naquele mundo (ficando gigante, o
que também é bem “Alice no País das
Maravilhas”) e reconhecer seus erros e seu amor pelos amigos, antes de
poder voltar para casa como se “só
tivesse pegado no sono na Casa dos Espelhos”. No fundo, no entanto, ela
sabe que não foi isso que aconteceu… não foi apenas um sonho.
É bom ver a
Mônica voltando e sendo muito mais legal, bem-humorada, agradecida aos amigos.
Do outro
lado do espelho, temos uma última sequência muito
interessante na qual vemos aquelas outras versões dos personagens se
tornando independentes da dominação da Rainha Vermelha, graças à visita da
Outra Mônica, e é bem bacana – de certa maneira, eles passam a se parecer mais
com as versões que já conhecemos dos
personagens, do lado de cá, mas ainda
assim eles têm algumas diferenças… e para todo mundo que ama a Mônica com o DC,
temos uma espécie de fan service que
funciona muito bem, porque quando a Rainha Vermelha fica sozinha, o Do Contra vai contra a corrente e fica ao seu
lado, dizendo que não vai abandoná-la e que ele pode ser mais que seu servo
agora, e ela diz que ela não é mais rainha, o que quer dizer que ele não é mais
seu servo – e os dois trocam um beijo verdadeiramente apaixonado em uma arte
bem bonita.
Uma edição
incrível, e faz tempo que não digo isso! Que delícia de ler algo assim!!!
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