O duelo do Cebola!
No melhor
estilo
“Yu-Gi-Oh!”,
“Desafio Dimensional” é outra edição
que eu adorei na
“Turma da Mônica Jovem”
– e eu estou muito feliz de poder estar dizendo isso recentemente! A edição é
divertida, repleta de ação, tem traços incríveis, além de um constante clima de
nostalgia repleto de referências que nos remontam não apenas a ótimas histórias
da Primeira Série da revista, mas à primeira história mesmo,
“Quatro Dimensões Mágicas”. Algumas
“brincadeiras” do roteiro, inclusive, parecem dicas que estavam sendo plantadas
a respeito de um possível
reboot de
“Turma da Mônica Jovem” – afinal de
contas, estávamos a poucos meses do relançamento da revista para a 3ª Série,
embora na época ainda não tivéssemos noção disso…
“Desafio Dimensional” empolga, traz o Cebola em evidência, um pouco
de mistério, muita aventura…
Amei!
A edição
começa com o Cebola indo à loja de games para buscar um jogo de videogame pelo
qual está esperando há muito tempo, mas ele descobre que o jogo já se esgotou e
ele terá que retornar na semana seguinte – essa visita, no entanto, o leva de
volta a um jogo chamado “Lendas
Dimensionais”, e o seu ego imenso o faz desafiar Cleiton, um garoto
misterioso e com o cabelo de duas cores (olha aí a referência, hein?) que está
vencendo todo mundo no Lendas
Dimensionais. O problema é que faz muito tempo que o Cebola não joga o
jogo, ou então Cleiton é realmente muito
bom… o fato é que o Cebola acaba perdendo depois de pouquíssimos minutos de
partida, e ele decide que precisa de uma revanche: na próxima sexta-feira. Até
lá, o Cebola se torna obcecado pelo jogo, treinando dia e noite com o Cascão, e
não pensando em absolutamente mais nada…
Enquanto o
Cebola treina incessantemente e se torna obcecado (de volta às raízes do
Cebolinha, e a Mônica tem uma conversa até que bem legal com ele sobre isso),
as pessoas começam a desaparecer do Limoeiro – e não é muito difícil sacar que
isso tem algo a ver com o tal jogo de cartas. Eu gosto de como a edição não é
uma grande
lição de moral, como a
sinopse pode sugerir, e como o jogo de cartas propriamente dito não é tratado
como o “vilão” da história. A Mônica chega a falar sobre como não tem nenhum
problema em o Cebola querer jogar com os amigos, em como é legal se divertir e
tudo o mais… o problema é como o Cebola se comporta com essas coisas e como ele
não parece encarar as coisas com olhos de diversão…
ele só fala de vencer, por exemplo, e Mônica teme que, se ele for
derrotado novamente, ele entre em uma revanche eterna contra o garoto.
Cebola só se
distrai um pouco de seu treinamento obsessivo quando muitas pessoas próximas
desaparecem… primeiro é o Xaveco, que passa a semana toda sem aparecer na
escola; depois, também desaparecem o Jeremias, o Cascão, o Nimbus… e a Mônica.
No dia da grande revanche, Cleiton aparece na escola já de manhã desafiando o
Cebola e revelando que ele é a causa dos desaparecimentos: ele tem sequestrado
pessoas do Bairro do Limoeiro. Agora, o Cebola é levado para uma outra dimensão na qual descobrimos
que Cleiton é, na verdade, Dimas, que veio diretamente da Dimensão Mágica
TCHALU – uma das Quatro Dimensões Mágicas que os jovens visitaram lá no início
da “Turma da Mônica Jovem” (início
mesmo, edições 1 a 4 da Primeira Série), quando enfrentaram a Yuka. Dimas
desafia Cebola para um duelo… um duelo
que vale tudo.
Os desenhos
e o conceito da batalha de Dimas e Cebola nessa outra dimensão são incríveis. A
ideia é um jogo de cartas no estilo
“Yu-Gi-Oh!”,
e em que os protagonistas são os personagens da
“Turma da Mônica Jovem”. Os amigos de Cebola foram transformados em
cartas e, consequentemente, nos guerreiros que ele terá que usar em sua luta, e
ele precisa vencer a batalha para salvar os amigos; se perder, Dimas anuncia:
“Tudo o que vocês viveram desde que foram
para as Dimensões Mágicas será apagado das suas memórias com o meu Fusi”. É
um tanto radical e tudo o mais, mas eu acho que era o roteiro já querendo dar
dicas desse possível
reinício da
“Turma da Mônica Jovem”… talvez eles
ainda não tivessem certeza de como iam fazer isso nessa época, talvez ainda
fosse uma ideia em construção? De qualquer maneira, as sementes estavam ali…
E eles
sabiam que teriam que voltar aos primórdios da revista!
Toda a
batalha é repleta de nostalgia! Os amigos de Cebola são os guerreiros que ele
usa, e quando eles são trazidos para o campo de batalha, eles estão usando os
visuais de momentos que os marcaram, o que eu acho uma ideia muito legal. A
Marina, por exemplo, vem com o vestido de sua festa de 15 anos que ela usou lá
na 1ª Série da revista, e o Cebola faz de tudo para usar as características e
habilidades de seus amigos para ajudar a vencer Dimas: seja o poder de desenhar
de Marina ou a mágica de Nimbus, por exemplo. Enquanto os guerreiros de Cebola
são Xaveco, Denise, Jerê, o Do Contra, os guerreiros de Dimas são vilões que a
turma precisou enfrentar ao longo dessas mais de 140 edições, como o Doutor
Bikkuri, a Bruxa Viviane, o Doutor Olimpo, a Cabeleira Negra… temos até o
Capitão Feio se transformando no Poeira Negra…
A conclusão
da história também é interessante, e os guerreiros mais poderosos do Cebola,
como não podia deixar de ser, são Magali, Cascão e Mônica, que chegam ao
tabuleiro
nos visuais que usaram lá na
primeira história da revista, “Quatro Dimensões Mágicas”. E É UM MÁXIMO.
Cebola precisa fazer umas acrobacias e umas “manobras” inesperadas para vencer
Dimas, mas ele consegue, com um
plano
infalível que, dessa vez, é realmente infalível.
“Desafio Dimensional” parece ouvir um pouco dos fãs da
“Turma da Mônica Jovem” que pedia por
histórias de aventura, por grandes batalhas, por dimensões paralelas, e abusa
da nostalgia enchendo a edição de referências a momentos icônicos que amamos lá
na 1ª Série da revista, e parece já começar a preparar o terreno para um
reboot… é a típica edição que poderia
ter sido dividida em duas e se tornado uma saga.
Seria algo bem interessante de se
acompanhar!
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