Os Monstros do ID estão de volta…
Em uma das
sagas de maior sucesso da Primeira Série da
“Turma
da Mônica Jovem”, conhecemos os Monstros do ID, e agora eles estão de volta
em
“De Médico e Louco”, uma edição
interessante, mas que infelizmente é única, o que quer dizer que uma história
que podia ter trabalhado com mistério e suspense durante algumas edições acaba
se resolvendo de maneira bem rápida, e talvez um pouco corrida. Se a edição passada
nos trouxe de volta o universo explorado em
“Quatro
Dimensões Mágicas”, essa edição nos leva a
“Monstros do ID”, e é gostoso demais revisitar uma época em que a
revista contava histórias tão boas com frequência!
“De Médico e Louco” não é a melhor edição da
“Turma da Mônica Jovem” e talvez não faça jus à saga que a
originou, mas ainda assim é um momento repleto de nostalgia e aventura.
Mônica,
Cascão, Cebola e Magali sucumbiram novamente aos seus instintos mais infantis.
Mônica está irritadiça, agressiva, brigando com todo mundo; o Cebola está
mentindo e manipulando e a sua dislalia voltou; Cascão está com medo, não
apenas de água, mas de absolutamente tudo; e Magali está comendo tudo o que vê
pela frente, sem nenhum tipo de controle. São essas características que marcam
os personagens em suas infâncias e nos rendem tantas histórias da turminha que
amamos, e foi legal quando “Monstros do
ID” trouxe isso à “Turma Jovem”.
Os jovens não se lembram da visita que fizeram ao mundo dos monstros, não se
lembram de tê-los enfrentados e terem se aliado a eles, e agora terão que
passar por isso tudo de novo, se quiserem salvar o Professor Licurgo, que acaba
indo ao mundo desconfiado do que pode estar acontecendo.
Gostei de
como a edição conseguiu colocar os jovens
dominados
por seus monstros durante a primeira parte da história, e de como é Nimbus quem
aparece para auxiliar quando o Professor Licurgo é sequestrado e mantido
prisioneiro no mundo dos monstros e eles precisam ir lá resgatá-lo. A visita de
Mônica, Cebola, Cascão e Magali ao mundo dos monstros é um momento nostálgico e
familiar, com algumas referências à saga da Primeira Série, mas também com
algumas pequenas novidades, especialmente no que se refere ao visual dos
personagens… além de não termos aquelas páginas coloridas de azul e vermelho,
algo tentado na época e que a equipe acabou desaprovando eventualmente, também
percebemos algumas atualizações nos visuais dos monstros e nos “uniformes” que
os jovens usam quando eles finalmente se aliam aos seus Monstros do ID.
Eu só
gostaria que a edição fosse mais longa. Quando tivemos “Monstros do ID” na Primeira Série, tivemos 3 edições para o
desenvolvimento dessa trama, e isso foi há tanto tempo que eu acho que “De Médico e Louco” poderia ter se
aventura a explorar esse universo com mais calma… como temos poucas páginas
para introduzir, desenvolver e concluir a história, parece que as páginas em
que os jovens enfrentam seus monstros não apresentam novidades o suficiente
(embora seja uma narrativa bacana e similar ao que vimos em “Monstros do ID”), e então nos resta bem
pouco tempo para a reta final da história, para a conclusão que deveria ser
repleta de ação! Os novos uniformes
dos jovens não vêm com capacetes e são mais extravagantes e mais bonitos que os
originais – uma pena que não tenhamos tido nenhuma referência ao “Super Sentai” dessa vez.
Eventualmente,
descobrimos que o Monstro que estava por trás de todo esse plano era a Rainha
Nigamia, o Monstro do ID de Talianna, uma antiga namorada de Licurgo que guarda
um rancor imenso dele por algum motivo que não conhecemos e que a edição
prefere não explicar – Nimbus diz que isso é “mistério para outra ocasião” ou
qualquer coisa assim. A mensagem é interessante, e Nigamia é vencida quando
Licurgo pede desculpas sinceras para ela, enfraquecendo o Monstro de Talianna,
assim como os monstros de Mônica, Cebola, Cascão e Magali se enfraqueceram
quando descobriram que aqueles sentimentos e impulsos não controlavam mais seus
humanos… a conclusão é bacana, mas acho que ficamos esperando um pouquinho mais
de ação, no estilo
mangá mesmo, e
isso poderia ter sido facilmente dado aos fãs se tivéssemos a história contada
em saga…
Mas foi uma
boa edição! Nostálgica e com aventura, gostei.
Na próxima,
estaremos de volta ao “dia-a-dia”. Tenho
medo do que nos espera… a “Turma da Mônica Jovem”, surpreendentemente, nos
entregou uma sequência de boas edições. Será que isso se mantém agora?
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