Vale o Piloto? – American Horror Stories 1x01 – Rubber(wo)man: Part 1

De volta à Murder House?

Eu ainda não sei bem o que pensar sobre essa estreia. Quer dizer, eu sou apaixonado pelo Matt Bomer e o Gavin Creel foi com quem eu assisti a “The Book of Mormon” na Broadway, então ver os dois casados foi interessante… mas eu esperava mais do episódio? Provavelmente. Não sei bem o porquê de esperar mais, já devia saber que era isso que “American Horror Stories” entregaria, mas eu acho que o spin-off pode ter se perdido em duas coisas: 1) ser uma estreia em duas partes, sendo que um dos diferenciais para “American Horror Story” era o fato de ser episódios independentes; e 2) ser ambientado novamente na Murder House, trazendo de volta o Rubberman, agora convertido em Rubberwoman. Eu gostei do episódio porque gosto de “American Horror Story”, mas a parte de mim que ansiava por novidades acaba saindo bem desapontado.

Estou curioso para saber o que a série fará do terceiro episódio em diante…

Voltamos à Murder House. Parecendo um epílogo de outras temporadas de “American Horror Story”, “Rubber(wo)man” traz um casal e a filha deles se mudando para uma das casas mais mal-assombradas dos Estados Unidos. A ideia é pegar a “Murder House”, fazer algumas reformas e transformá-la em um lugar onde pessoas que gostam de coisas assustadoras podem passar lua-de-mel, fazer visitas, coisas assim… é claro, no entanto, que as coisas não saem bem como o esperado, e tem muito menos a ver com a casa em si e muito mais a ver com o quanto Scarlett, a filha do casal, já é atormentada por fantasmas pessoais. É claro que ela encontra a fantasia de Rubberman, resolve prová-la, e existe algum tipo de entidade que toma conta dela, se unindo à escuridão que já existia dentro dela e que os pais já conheciam, de certo modo, por seu histórico no computador.

O episódio traz poucos momentos realmente marcantes. A história não é particularmente inovadora, e sabemos exatamente como ela vai caminhar desde cedo demais no episódio – quem sabe a segunda parte do episódio seja surpreendente? Porque não sei o que restou ser contado, para dizer a verdade… Scarlett é uma garota com dificuldades para fazer amizade, que sofre bullying na escola e aprendeu a pesquisar pornografias cada vez mais pesadas na internet. Apesar disso tudo, ela parece padecer de uma ingenuidade patética que a faz acreditar que Maya, uma garota popular da escola, está interessada nela, mesmo que seja evidente, desde o primeiro momento, que ela está apenas prestes a cair em alguma armação daquelas bem típicas… e é exatamente o que acontece: Maya a engana, a seduz, a faz falar sobre os seus fetiches…

…e elas transmitem tudo para toda a escola.

Depois, Scarlett resolve se vingar… e nós sabemos bem o que está para acontecer – afinal de contas, o lugar é chamado de “Murder House” por um motivo… naquele episódio mesmo o Rubberman original matou a terapeuta que tinha ido conversar com Scarlett e os pais! Scarlett liga para Maya, mandando ela e as outras garotas irem até a sua casa, dizendo que, se não fizerem isso, ela vai se matar, e então a culpa vai recair sobre elas, como já aconteceu no passado em outra história, e as meninas gostam de achar que ela está blefando, mas resolvem fazer o que ela está pedindo, e vão até a casa, mesmo que morram de medo de entrar na casa, com toda sua fama de mal-assombrada e tudo o mais. Então, elas são atormentadas por alguns dos fantasmas da casa (o que me faz pensar se Scarlett já não se matou), até que Scarlett apareça vestida de Rubberwoman.

E mate cada uma delas.

Foi previsível… eu acho que esse foi outro dos grandes problemas dessa estreia. Estamos em um cenário já conhecido e exaustivamente explorado, que podia ter sido apenas uma referência ou guardado para outro momento da série, em um episódio em 2 partes, o que o torna mais longo do que a proposta original do spin-off, e com um roteiro previsível que não chega a nos empolgar. As melhores cenas, para mim, foram as com o Matt Bomer, mas porque é o Matt Bomer, então como não amar? E também gostei bastante daquela cena da terapeuta aparecendo, depois de morta, tentando conversar com Scarlett sobre o fato de ela ter matado quatro garotas, com direito a uma referência inteligente sobre como “tem outro terapeuta ali e eles estão meio que disputando horários”. Vamos ver o que a segunda parte de “Rubber(wo)man tem a oferecer”, mas não estou apostando muitas fichas.

 

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