“He knew it”
No último
episódio, Danielle Russeau falou, pela primeira vez, sobre os “Outros”. Falou
sobre alguma doença que acometeu seus companheiros de equipe, sobre como os
Outros “são os portadores”, e não quis se juntar a Sayid e aos demais
sobreviventes do Voo 815, pedindo que “ele tomasse cuidado com os companheiros”
–
aparentemente porque algum infiltrado
já poderia estar entre eles. É exatamente o que está acontecendo, e
“Raised by Another”, exibido em 01 de
dezembro de 2004, traz uma narrativa eletrizante que é centrada, pela primeira
vez, em Claire… é o momento ideal para trazer os seus primeiros
flashbacks, tendo em vista que Ethan, o
infiltrado dos Outros que está no grupo de sobreviventes, parece
bastante interessado na moça grávida, por
algum motivo. Eu adoro o tom de mistério que
“Lost” tem, e só de pensar o quanto isso ainda vai crescer nos
próximos episódios e temporadas!
Amo!
Desde que
comecei a reassistir
“Lost”, eu só
venho elogiando a série, episódio após episódio, mas
“Raised by Another” foi o que mais me deixou em êxtase. Terminei o
episódio
rindo de nervoso, ansioso
pelo próximo, sabendo que não era um momento em que eu pudesse simplesmente
parar de assistir… parece que entramos
em uma nova fase para a série, uma parte menos introdutória em que os mistérios
estão vindo à tona e em que percebemos que a ilha tem muitos mais segredos do
que podíamos imaginar. O episódio começa angustiante com um pesadelo de Claire
(um pesadelo longo e detalhado que a apavora e a faz acreditar que alguém está
querendo machucar o seu bebê), mas depois ele caminha de uma forma quase
despretensiosa, nos engando brilhantemente – acreditamos estar vendo os
flashbacks de Claire e os dramas de uma
gravidez nas condições da ilha…
…mas o
episódio é MUITO MAIS DO QUE ISSO.
Quando
Claire acorda desesperada e gritando por causa do pesadelo, e descobre que
estava andando enquanto dormia, Charlie começa a se preocupar com ela e não
desgruda mais, o que é fofo, mas Claire não sabe se pode acreditar de fato
nele, se confia nele… se ele está dizendo a verdade quando diz que “não vai
abandoná-la”. E os seus
flashbacks
nos fazem entender o porquê de ela ter essa dificuldade para confiar em Charlie
– voltamos ao momento em que Claire descobre que está grávida e, naquele
momento, parece que o seu intuito não é ficar com a criança, mas Thomas, seu
namorado, a convence de que eles podem fazer isso, que eles podem criar essa
criança, e ela acaba concordando… é claro que, alguns meses depois, Thomas faz
o que já desconfiávamos que ele faria, e vai embora, diz que “não pode fazer isso”.
Por isso não é fácil para ela acreditar.
Mas Charlie
é um fofo… ele não se parece em nada com o Thomas do passado de Claire. Quando
Claire acorda desesperada novamente na noite seguinte, dizendo que tinha um
homem tentando injetar alguma coisa nela e machucar o seu bebê, Charlie se
preocupa e decide ficar
o tempo todo ao
seu lado – nem todos, no entanto, parecem tão certos de que Claire
realmente foi atacada… como ela teve um pesadelo na noite anterior e está
prestes a dar à luz a qualquer momento, Jack acha que ela pode ter tido uma
espécie de alucinação por causa do estresse e da gravidez avançada ou qualquer
coisa assim. Mas Claire tem certeza do que viu, tem certeza de que alguém
tentou machucar o seu bebê, embora estivesse escuro demais para que ela
conseguisse enxergar alguma coisa e identificar o agressor… de qualquer
maneira, Charlie acredita nela.
A parte boa
disso tudo é que Hurley acaba levando a sério o ataque de Claire – e novamente
ele se mostra um dos melhores personagens de
“Lost”. Se no episódio passado Hurley montou um campo de golfe e
proporcionou uma distração para os sobreviventes, nesse episódio ele toma para
si a responsabilidade de fazer um levantamento de todos os 46 sobreviventes, e
sai por aí entrevistando as pessoas, perguntando seus nomes, perguntando de
onde eles vêm, seus motivos para estarem naquele avião… por um momento, não
parece que Hurley vai chegar a lugar nenhum, mas Boone fala sobre o manifesto
com o nome de todos os passageiros, um papel de onde eles riscaram os nomes de
todos os que morreram quando fizeram aquela cerimônia na praia, e Hurley decide
que isso pode ajudá-lo em sua pesquisa…
ele
só precisa convencer Sawyer a lhe entregar o manifesto.
(O que acaba
não sendo muito difícil)
Os
flashbacks de Claire se intensificam
especialmente quando uma amiga a leva até um vidente, Richard Malkin e, da
primeira vez, ele se recusa a continuar a leitura da sua mão e lhe devolve o
dinheiro. Depois, Claire acaba voltando para saber o que ele viu e não quis lhe
contar, e Malkin faz uma leitura misteriosa e fala sobre como
é Claire quem deve criar o seu filho, porque
muito perigo o cerca, e é necessário que a sua natureza boa tenha influência na
criação dessa criança – é misterioso, quase sobrenatural, e eu adoro isso.
É Malkin quem acaba convencendo a Claire, em um momento de confusão depois que
ela desiste de dar o filho para a adoção, a pegar um voo para Los Angeles
no dia seguinte, e ele parece bastante
insistente de que ela tem que pegar
aquele
voo cujas passagens ele já comprou: o Voo 815.
Conversando sobre isso com Charlie na ilha, ela percebe, pela primeira
vez, que ele sabia…
Ele sabia de tudo.
WOW.
Os últimos
cinco minutos do episódio são eletrizantes. Hurley estava o episódio todo
incomodado com o fato de que, a uma altura dessas, todo mundo já devia conhecer
todo mundo, e o manifesto parece lhe confirmar o que ele temia. Quando ele
chega na caverna, procurando por Jack, Jack está cuidando do ferimento de
Sayid, que chegou falando sobre Danielle e sobre como “eles não estão
sozinhos”, e então Hurley, apavorado, informa que ele entrevistou todos os
sobreviventes nas cavernas e na praia, e depois conferiu com o manifesto,
mas existe uma pessoa que não está na lista…
uma pessoa que não estava com eles no avião. E sabemos exatamente quem é
essa pessoa, o primeiro d’Os Outros que vemos em
“Lost” e sabemos que é um infiltrado: Ethan. E o pior é que ele é o
único que sabe onde Claire e Charlie estão.
O que ele vai fazer com eles?! Por que os
Outros parecem interessados no bebê de Claire? Por que o bebê de Claire é tão
importante? Por que é imperativo que seja ela a criá-lo? São tantas
perguntas, e eu adoro isso!
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