Lost 1x14 – Special
“Dad!”
Finalmente o
flashback de Michael e Walt, e a
história deles me deixou bastante pensativo.
É estranho como a gente julga algumas coisas sem conhecer de fato a história,
não? Eu acho que era muito fácil pensar em Michael como um pai que foi ausente
e que nunca se importou com o filho até a morte da mãe, e que daí se vê com ele
inesperadamente, mas “Special”,
exibido em 19 de janeiro de 2005, mostra que quem pensava assim estava muito enganado. Os flashbacks são surpreendentes como “Lost” costuma ser, e foi incrível
acompanhar os detalhes da história de Walt e Michael enquanto também
acompanhávamos a relação deles na ilha dar um passo importante. O episódio foi
bem centrado nos dois, com poucos outros
acontecimentos, mas temos alguns detalhes importantes e uma finalização
inesperada que deve trazer muita coisa
nova na próxima semana.
Nos flashbacks da semana, voltamos para uma
época em que Susan, a mãe de Walt, ainda estava grávida, e ela e Michael estavam escolhendo o berço e o nome do bebê.
Naquele momento, eles pareciam felizes e apaixonados, e Michael decide deixar
sua arte de lado por um tempo para trabalhar em construções, algo que lhe dará
mais dinheiro por enquanto para sustentar a família, enquanto Susan termina a
sua faculdade de Direito. No próximo flashback
no qual os encontramos, com o Walt tendo aproximadamente um ano de idade, no
entanto, as coisas já parecem ter desandado
para eles. Michael está desempregado há muito tempo, Susan recebeu uma
oferta de trabalho em Amsterdã, e ela decidiu que ela vai embora e que está
levando o Walt com ela – e ela sabe que o Michael não pode contestar isso
perante a lei, porque eles não são casados, ela é a mãe e está empregada.
Eu fiquei
muito triste por Michael… não sei como ele teria sido como pai com o Walt
crescendo ao lado dele, mas a verdade é que nunca
poderemos saber mesmo, não? O que importa é que o Michael queria ter
participado da vida de Walt, e ele foi barrado por Susan e por Brian, o chefe e
novo marido de Walt que é um tremendo babaca. Tudo é bastante revoltante nos flashbacks desse episódio, se você me
perguntar. Michael liga para tentar falar com o filho, por exemplo, e Susan não
o deixa, e conta por telefone que está namorando outra pessoa… quando Michael
sofre um acidente e Susan vai visitá-lo, ela não leva o Walt para ele ver (!),
e anuncia que está para se casar e, não apenas isso, mas que Brian quer adotar
o Walt. E o pior é que o Brian nem era
uma boa pessoa, como descobrimos eventualmente! Michael foi bastante
injustiçado todos esses anos.
Quando
chegamos a 2004 nos flashbacks, vemos
um Walt já como o conhecemos na ilha, tentando conseguir atenção tanto de Susan
quanto de Brian, sem sucesso – e então um pássaro daqueles que ele estava
estudando (ou não querendo estudar) para a escola cai morto do lado de fora. Tanto Brian, no flashback, quanto Locke, na ilha, falam sobre como o Walt “é
especial”, e mal posso esperar para explorar isso melhor! Logo depois, Susan
morre, e Brian vai atrás de Michael, depois de 9 anos em que se negaram a
deixá-lo ser pai, para dizê-lo que ele nunca quis adotar o Walt e que agora ele
quer que ele fique com o garoto… é revoltante e nojento, e eu admiro o Michael
por ter conseguido ir se apresentar para o filho que nunca o conheceu e ainda manter o sangue frio de dizer a ele que
Brian o ama muito e que não foi uma escolha dele, que a lei diz que Michael tem
sua guarda.
Eu entendo por que Michael fez isso… mas eu
nunca conseguiria fazer.
Na ilha, continuamos
acompanhando aquela relação toda complicada
de Michael e Walt, mas agora a entendemos melhor do que nunca, e sentimos por
ambos, na verdade. Eu gosto de como o episódio coloca os dois em várias
situações, seja com eles brigando por causa de Locke (Michael não quer que Walt
se aproxime mais dele), começando os preparativos para a construção de uma
balsa para ir embora da ilha ou fugindo de mais um urso polar que aparece no
meio da floresta. É um momento bonito quando Walt chama Michael de “pai”
enquanto grita por ajuda, e outro momento excelente quando eles se sentam em um
clima bom para conversar à noite depois disso tudo, com o Michael mostrando
todas as cartas e desenhos que enviou para ele durante esses anos e que a mãe e
o Brian nunca lhe entregaram… Walt
merecia saber a verdade.
Vai ser sofrido? Vai. Mas ele tem que saber.
Outras
tramas grandes de “Lost” ficam em
segundo plano – mas várias sementes são plantadas. Sayid ainda está muito
focado nas anotações de Rousseau, enquanto Charlie organiza as coisas de Claire
para protegê-las até ela voltar, e acaba sendo tentado pelo diário… mas,
naquela situação, eu realmente não o julgo por lê-lo, e as coisas que Claire
escreveu sobre ele são muito fofas e certamente lhe fazem muito bem. As duas
tramas inesperadamente se encontram quando ouvimos falar sobre a “Pedra Negra”.
Algo sobre o que Rousseau comentou e sobre o que Claire escreveu em seu diário,
um lugar que estava vendo em sonhos… talvez o triângulo nos mapas de Rousseau
que Sayid está tentando decifrar se refiram à Pedra Negra – mas o que a Pedra Negra significa?
Talvez quem possa trazer algumas respostas seja a própria Claire, que aparece
de volta sozinha.
EITA, QUE
FINAL ELETRIZANTE!
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