“Eu já disse que não sou filho de Hércules nenhum!”
CHEGOU A
HORA DE ENTRAR NO LABIRINTO E ENFRENTAR O MONSTRO.
“O Minotauro” é uma história fascinante, com direito a tudo o que
amamos no
“Sítio do Picapau Amarelo”,
como a Dona Benta contando histórias e ensinando coisas, muita aventura, um
pouco de romance… e eu sou apaixonado por Mitologia Grega e sempre fui.
Aguardamos ansiosamente pelo momento em que Teseu vai entrar no Labirinto do
Minotauro, e ele o faz acompanhado não apenas de um novelo de lã, mas de
Pedrinho, Emília e o célebre Visconde de Sabugosa. Agora, eles precisam
encontrar o caminho até o centro do Labirinto, para salvar a Tia Nastácia e
derrotar o Minotauro, mas tudo o que eles conseguem é ouvir os sons
assustadores do monstro, vindo de algum lugar que eles não conseguem
identificar… e não demora muito, na verdade, para que o trio se separe de
Teseu!
Ansiosa por
soluções, Emília grita o nome de Tia Nastácia, e ela fica emocionada ao ouvir a
voz da bonequinha, porque então sabe que eles vieram até ali para salvá-la, e
quando ela grita de volta, Emília e os demais também ficam aliviados ao
perceber que ela está viva… agora, no entanto, eles precisam parar de gritar,
ou então tudo o que farão é atrair a atenção do Minotauro, e eles precisam
ajudar o Teseu a derrotá-lo antes de salvarem a Tia Nastácia – Emília só espera
que essa coisa toda do “Teseu ter vencido o Minotauro” não seja “história da
História”, e eu gosto dessa personalidade mais
cética da Emília… eventualmente, sem conseguir encontrar a Tia
Nastácia ou o Teseu, o trio acaba se sentando para descansar um pouquinho, e
Emília não demora para adormecer no ombro do Visconde, que olha para ela todo
encantado e apaixonadinho.
Ah, esses dois!
Enquanto
isso, o Rei Minos continua agindo impulsivamente e de maneira cruel, mandando
prender, por exemplo, Ariadne (sua própria filha!), Dédalo e Ícaro, os acusando
de terem ajudado o Teseu. Quem acaba vindo ao auxílio deles é o deus Dionísio,
e embora isso pareça bom, naquele momento, não o é, porque Dionísio fica
encantado por Ariadne, e agora talvez
ela não possa mais viver o amor que estava pensando em viver ao lado de Teseu!
Ariadne implora para que Dionísio, com seus poderes como um deus, ajude a
salvar Teseu do Labirinto e do Minotauro, mas ele diz que não pode fazer isso,
e a mãe da garota a explica que o Minotauro é filho do
touro sagrado e, por isso, está sob a proteção do grande deus,
então ninguém pode fazer nada. Isso agora só depende do próprio Teseu e, é
claro, do pessoal do Sítio que está lá para ajudá-lo.
No Século de
Péricles, Dona Benta e Narizinho continuam
causando
um rebuliço, falando demais, falando de invenções do futuro, ou se
apaixonando… Narizinho está encantada por Alcibíades, e ela chega a conversar
sobre isso com Dona Benta, e diz na lata o que está sentindo:
“Pena que a gente não vai poder ficar
morando aqui, né, vovó? Se a senhora não tivesse o Sítio para cuidar…” Dona
Benta até começa a pensar que está chegando a hora de ir embora, mas Péricles a
convida para um grande banquete que foi preparado exclusivamente em sua
homenagem, “a figura mais importante que apareceu em Atenas desde que ele se
conhece por gente”, e Dona Benta não poderia estar mais lisonjeada. Alcibíades não
tarda a aparecer para acompanhar Narizinho no evento, e até mais do que isso:
ele pergunta para a garota se ela quer ser
sua namorada!
Como
Narizinho pode responder a isso?
No
Labirinto, Teseu eventualmente encontra o Minotauro, mas a verdade é que o espaço
ali é muito pequeno para uma batalha e o Minotauro é muito forte – Teseu
precisa atraí-lo para um lugar onde ele possa usar sua velocidade a seu favor.
Por isso, ele acaba se afastando do monstro e reencontrando as crianças,
enquanto planeja o que vai fazer para derrotar o Minotauro. Enquanto fogem, o
grupo reunido acaba chegando ao centro do Labirinto, onde encontram a Tia
Nastácia e o Rabicó, e Emília usa o Faz-de-Conta para abrir a porta da cela, e
ela e o Visconde entram para celebrar com eles, um momento muito fofo, mas o
Minotauro passa, fecha a porta e o Faz-de-Conta de Emília
para de funcionar… felizmente, Pedrinho e Teseu já não estavam mais
lá a essa hora, porque tinham saído com um plano de atrair o Minotauro para a
ampla “sala do trono”.
Ali Teseu poderia enfrentar o monstro com
tranquilidade.
Pedrinho dá
dicas a Teseu sobre como vencer o Minotauro, falando sobre
um ponto fraco que o monstro tem na nuca, e Teseu coloca na cabeça
que Pedrinho só pode ser filho de Héracles, porque tem “sua inteligência e sua
coragem”. Quando o Minotauro aparece e o Teseu pula sobre ele para enfrentá-lo,
Pedrinho grita conselhos de longe, mas acaba se envolvendo também na batalha,
subindo nas costas do monstro, e quando vê que eles não podem vencê-lo, ele
grita por Visconde e por Emília, e quando escuta os gritos de Pedrinho pedindo
sua ajuda, Emília consegue usar o Faz-de-Conta uma vez mais para abrir a porta
da cela, então o grupo todo se reúne na sala do trono para derrotar o
Minotauro… é uma verdadeira confusão, cheia de gritos (
“A nucaaaa! A nuca, Teseu!”) e torcida, até que o Teseu finalmente
faça o que a História conta e
mata o
Minotauro.
É o fim do
monstro.
Agora, eles
só precisam carregar o Minotauro para fora do Labirinto, para mostrar a todos
que ele foi derrotado e que nenhum sacrifício precisa ser enviado para lá nunca
mais. O problema é que, quando eles encontram a linha que o Teseu desenrolou em
seu caminho até ali,
ela foi cortada pelo
Minotauro, e a palavra mágica
não
funciona para tirá-los de lá – alguma coisa impede a magia de funcionar
perfeitamente dentro do Labirinto. Adorei a cena do Pedrinho reclamando,
dizendo que a história “não conta que Teseu teve dificuldade para sair do
Labirinto”, e Teseu responde dizendo que “a história também não conta que ele
foi ajudado pelo filho de Héracles”, e o Pedrinho protesta:
“Eu já disse que não sou filho de Hércules
nenhum!” Eu adoro esse clima leve, essas piadas tão bem colocadas, a
energia desse
“Sítio do Picapau Amarelo”
é uma delícia.
Antes que o
grupo de heróis possa sair do Labirinto, Minos manda Ariadne, Ícaro e Dédalo
para serem devorados pelo monstro, antes de saber que o Minotauro está morto, e
felizmente Ariadne e Teseu se encontram lá dentro, um reencontro muito
bonitinho e feliz, e todos acabam encontrando a outra parte da linha e saindo
juntos do Labirinto, para uma nova era na Ilha de Creta… como Teseu diz, a
maldição finalmente acabou, o monstro está
morto… Minos fica bravo, diz que eles mataram o touro sagrado de Creta e
por isso irão enfrentar a ira de Poseidon, por isso manda matar todos eles, mas
Dionísio aparece para interceder e mandar que Minos os solte. Parece até uma
boa ação, em um primeiro momento, mas Dionísio não faria isso se não tivesse
algo em mente… então, ele manda que o Rei solte todos,
mas não deixa que Ariadne vá com eles.
Ele quer que
Ariadne fique com ele.
Como Teseu e
o pessoal do Sítio podem salvar Ariadne de um deus?
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