“Sete moços… sete moças… Dédalo, isso é uma
crueldade!”
O Minotauro
ficou tão encantado pelos bolinhos de chuva da Tia Nastácia que a sequestrou
para mantê-la prisioneira em seu Labirinto, cozinhando para ele por toda a
eternidade… quando o pessoal do Sítio descobre onde Tia Nastácia está, eles
usam a palavra mágica para partir imediatamente para a Grécia Antiga e
resgatá-la, e aqui a história se divide em duas partes. Eles chegam todos
juntos na Atenas do Século de Péricles, e Dona Benta está encantada com as
figuras célebres que pode conhecer, como Fídias, que é o primeiro homem que vem
falar com eles, mas, para salvar a Tia Nastácia, eles ainda terão que ir
mais fundo, direto para um período
ainda mais antigo da Grécia, na época do
Rei Minos, Teseu e o Minotauro. Assim, Dona Benta e Narizinho ficam por ali mesmo,
turistando, enquanto Pedrinho, Emília e o Visconde partem ainda mais ao
passado.
É o próprio
Fídias quem apresenta Dona Benta a Péricles, dizendo que ela é “uma viajante do
tempo que acabou de chegar para visitá-los”, e eu adoro a maneira como a Dona Benta
parece não se importar nem um pouco com as mudanças que pode causar na História
quando fala sem parar sobre uma série de coisas que os gregos não deviam
conhecer… a naturalidade com que ela fala sobre
ter vindo do ano 1978 depois de Cristo, por exemplo, enquanto eles
estão no ano 438
antes de Cristo, o
que para eles não faz sentido – porque eles nem sabem quem é Cristo! Para eles,
aquele é o 3º ano da 85ª Olímpiada, o que eu acho uma maneira incrível de se
contar o tempo! Em sua defesa, Dona Benta diz que eles devem acreditar que
estão diante de “uma velha caduca”, mas ela garante que não é… era de se
esperar que ela parasse de insistir nessas coisas.
Mas Dona Benta simplesmente não para de
falar.
Confusos,
mas curiosos, as célebres figuras gregas que Dona Benta sempre admirou a deixam
falar enquanto ela quiser, e eu acho que, em alguns momentos, ela até passa do
ponto, falando sobre a morte de Péricles, por exemplo, e quando ela acontece, e
então ele percebe que, pela contagem do tempo dessa senhora,
faltam 9 anos para a sua morte – e ela
garante que, com a morte de Péricles, começará a decadência de Atenas! Então,
algumas pessoas acreditam em Dona Benta, embora não a entendam perfeitamente,
enquanto outros se perguntam se ela não é uma impostora… entre as figuras que
Dona Benta conhece, além de Fídias e Péricles, encontramos Aspásia, uma
pensadora, Sócrates, um filósofo, e Heródoto, o Pai da História. Ri demais da
Dona Benta contando para eles que a Terra é redonda, e falando sobre
astronautas e o homem indo para a lua, enquanto todos riem dela!
Quando,
curiosos, os grandes pensadores perguntam sobre os inventos do tempo de Dona
Benta, ela fala sobre o rádio, sobre a televisão, sobre o cinema, e eles se
assombram já com uma fotografia que ela traz no seu colar no pescoço.
Narizinho, por sua vez, está fazendo algo parecidíssimo com a avó, explicando
aos atenienses sobre a
eletricidade,
por exemplo, mas ela também está às voltas com Alcibíades, um rapaz muito
bonito que veio conhecer as “criaturas estranhas” sobre as quais todo mundo
está falando. Assim como a avó, Narizinho também dá informações a Alcibíades
sobre o seu futuro e como ele será lembrado pela História, dizendo que ele será
considerado o maior general de sua época e, também, “o homem mais lindo do
mundo”, e ela até diz que, agora que o conheceu pessoalmente, ela “acha que os
livros estão certos”.
GENTE, A
NARIZINHO FLERTANDO COM O ALCIBÍADES!
Uma parte da
história, então, é esse interesse mútuo entre Narizinho e uma versão jovem do
belo Alcibíades, que também tem elogios para ela, dizendo que “nunca conheceu
uma menina tão graciosa quanto ela”, por exemplo, e os dois se dizem
encabulados com as trocas de elogios,
mas não deixam de se elogiar… quando Dona Benta fala para Narizinho que ela
pode trocar de roupa para se vestir como uma grega (algo que ela mesma já fez),
Alcibíades não consegue segurar o comentário sobre como está ansioso por vê-la
“vestida como as mulheres daquele tempo”, porque acredita que
ela ficará linda. Dona Benta acha essa
história de Alcibíades estar todo fascinado por sua neta um tanto quanto
divertido, e quando ele educadamente lhe pergunta se ele pode levar Narizinho
para um passeio, e Narizinho pede que a vovó a autorize, Dona Benta deixa…
Que mal pode acontecer, não é?
Enquanto
isso, Emília, Visconde e Pedrinho chegam à época do Minotauro, bem no momento
em que novos sacrifícios estão prestes a serem enviados para dentro do
Labirinto, e é aí que eles encontram Teseu pela primeira vez, quando o herói
ateniense vem falar com o Rei Minos para dizer que
ele pretende matar o monstro e acabar com esses sacrifícios.
Ariadne, a filha do Rei Minos, fica encantada por esse jovem bonito e corajoso
que pretende acabar com tanto sofrimento, mas também teme por ele, porque
subitamente ela está “apaixonada” e não quer que nada de ruim lhe aconteça… por
isso, ela vai tentar encontrar uma maneira de ajudá-lo, seja pedindo a ajuda
dos deuses ou a ajuda de Dédalo, quem projetou o Labirinto. Dédalo não pode dar
a Teseu nenhuma ajuda sobre como derrotar o Minotauro, mas pode ajudá-lo a sair
do Labirinto se o fizer:
o novelo de lã.
O trio do
Sítio assiste, escondido, enquanto Ariadne conversa com Teseu e mostra sua
preocupação com ele, mas se preocupam quando percebem que
ela não tem tempo de falar sobre o truque do novelo de lã, porque
Ariadne é seguida pelos guardas do Rei Minos e levada de volta para o palácio,
e o pai lhe diz que “não a quer falando com aquele estranho”. Quando Ariadne
desafia o pai, dizendo que
não queria que
Teseu enfrentasse aquele monstro horrível, Minos manda os guardas trancarem
a própria filha na masmorra, e é justamente o momento em que Emília, Pedrinho e
Visconde percebem que não podem ser simples espectadores dessa história.
Os três se voluntariam para “serem devorados
pelo Minotauro” – mas acabam presos na masmorra junto com Ariadne. O que é
mais ou menos o que eles queriam:
uma
oportunidade de falar com a princesa.
Emília ajuda
todos a escaparem da prisão, usando o Faz-de-Conta, e então Ariadne tem tempo
de encontrar Teseu e entregar-lhe o novelo de lã antes de ele entrar no
Labirinto, e os cinco vão até Dédalo e Ícaro em busca de mais ajuda, e eu acho
muito legal acompanhar os comentários, como o Dédalo achando que talvez eles
sejam enviados dos deuses, ou o Ícaro dizendo que essas criaturas são muito
estranhas e “parecem bonecos que falam”. Mas é claro que o fato de virem do
futuro lhes dá vantagens, e eu adorei, por exemplo, ver o Pedrinho usando uma
caixa de fósforo para salvar Dédalo quando ele é aprisionado pelo Rei Minos por
ousar desafiá-lo. Dizendo que tinha “aprisionado o fogo” e assustando todo
mundo dizendo que “pode trazer um raio na cabeça de todos”, Pedrinho consegue
libertar não apenas o Dédalo, mas todos que seriam entregues como sacrifício ao
Minotauro…
Agora, é
hora de entrar no Labirinto e enfrentá-lo!
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