Bagunçando um pouco a história…
O Minotauro
já foi morto por Teseu, e agora Emília e o pessoal do Sítio querem interferir
na história como a conhecem para permitir que Ariadne e Teseu vivam o amor com
que estão sonhando desde o início da história – o grande problema é que a
Mitologia Grega conta que
os dois não
ficaram juntos, e que Ariadne acabou se casando com um deus, Dionísio.
Agora, o Faz-de-Conta de Emília é colocado à prova, porque ela não vê nenhum
problema em tentar alterar um pouquinho da História…
a pergunta é: será que ela consegue? Gosto bastante dessa visão do
“Sítio do Picapau Amarelo” em que
nem tudo é possível, e em que a História
segue acontecendo como sempre aconteceu, mesmo que tenha uma pequena
interferência da Emília, do Pedrinho ou de qualquer uma das figuras que veio do
futuro.
No fim, tudo continua como sempre
soubemos.
Em Atenas,
Alcibíades continua todo galante para cima da Narizinho, mas o clima todo acaba
depressa porque o futuro general começa a se tornar alguém bem arrogante –
primeiro, ele pede Narizinho em namoro para Dona Benta, dizendo que o tempo não
será um problema para eles, porque Narizinho pode ficar ali em Atenas ou ele
pode ir para o Sítio com eles, mas Dona Benta pacientemente o explica que cada
um deles é de uma época, e a História precisará de Alcibíades… quanto a
Narizinho, ela duvida que Narizinho queira ficar para trás. Até aí, tudo bem, e
eu estava até achando o Alcibíades fofo aceitando ser apenas amigo de Narizinho
e a convidando novamente para passear, mas depois ele começa a ficar um pouco
obcecado e começa a falar sobre “provar o seu amor”, se propondo a enfrentar
quem Narizinho queira que ele enfrente…
Tipo o Pedrinho.
E isso ainda
vai se tornar bem grandioso!
Por
enquanto, no entanto, Pedrinho continua na Ilha de Creta, acompanhando toda a
trama do Dionísio aparecendo e dizendo a todos que a Princesa Ariadne vai se
casar com ele – Teseu está furioso, e embora todos pareçam acreditar que ele
não tem condições de
enfrentar um deus,
Teseu diz que o fará, e então ele verá do que é capaz um mortal
com amor no coração. O pessoal do Sítio
até tenta conversar com Dionísio, mas Dionísio é bastante cheio de si e diz que
“se apaixonou” por Ariadne e, portanto, “vai lutar por ela” – e Teseu
não tem nenhuma chance. Como eles veem
que não vão conseguir nada falando com Dionísio, eles planejam ajudar Ariadne a
escapar com Teseu, mas sabendo que o plano talvez não dê certo, então Emília já
se adianta e aconselha a princesinha a “não ficar chorando o resto da vida”
caso o plano deles acabe não dando certo.
“Acabo de ter uma ideia para dar um drible
na história!”
Não que a
bonequinha vá desistir fácil. Emília planeja
passar a perna em Dionísio ensinando a Ariadne e Teseu
a palavra mágica, e assim eles podem
usar o “pirlimpimpim” para irem embora com eles para o Sítio do Picapau
Amarelo. O problema é que todos sabem que existem riscos em alterar a história
dessa maneira… afinal de contas, a história diz que Ariadne se casa com
Dionísio e eles têm muitos filhos, enquanto Teseu se torna uma figura
importante em Atenas, um Rei – se eles vão para o futuro, como cumprirão seu
destino? Antes de partirem para o Sítio, no entanto, Teseu precisa cumprir uma
promessa que fizera a Dédalo e Ícaro, que consiste em salvá-los da prisão do
Rei Minos e levá-los com ele em um navio que está prestes a partir, e o pessoal
do Sítio se responsabiliza em buscar Dédalo e Ícaro. Enquanto isso, os guardas
do Rei aparecem na praia e levam Teseu até o palácio…
Emília e
Pedrinho são achados pelos guardas do Rei e presos com Dédalo e Ícaro, e os
dois já estão começando a conversar sobre
sair
dali e ir voando embora – um momento importantíssimo da Mitologia Grega
está prestes a acontecer! Na praia, Teseu e Dionísio têm uma discussão na qual
Teseu diz a Dionísio que ele vai precisar enfrentá-lo e matá-lo se quiser ficar
com Ariadne, porque essa é a única maneira que ele o permitirá, mas Dionísio é
um deus poderoso, e ele acaba resolvendo isso muito facilmente, usando sua
magia para enviar Teseu para dentro do navio
que já zarpou, e então Teseu não pode nem lutar pelo amor de
Ariadne… não pode nem mesmo contar-lhe nada, e ela ficará com a história de
Dionísio, de que “o seu amado foi embora porque quis, porque
teve medo de enfrentá-lo”. Dionísio
ainda diz que “venceu o amor maior”.
E é isso.
Emília,
ainda querendo consertar tudo, ensina a palavra a Ariadne para que ela se
encontre com Teseu dentro do navio que já partiu, mas quando Ariadne
desaparece, não sabemos exatamente para onde ela foi… mas eles estão prestes a
descobrir, quando são
mais uma vez
presos no palácio do Rei Minos, com Dédalo e Ícaro:
“Dédalo, o senhor aqui de novo. A gente solta e o senhor volta”.
Achando que já resolveu a história de Ariadne e Teseu, Emília agora quer
interferir na de Dédalo e Ícaro, e usar o pirlimpimpim para levar os dois para
o Sítio de Dona Benta, mas Pedrinho diz que, sem Ícaro, o homem do futuro não
vai ser incentivado a voar, e talvez nem Santos Dummont exista, porque foi
naquele momento que nasceu tudo… o sonho de um dia voar. Emília fica pensativa,
e então Dionísio aparece para soltá-los da prisão, agradecendo por terem
enviado a Ariadne para ele…
Então, Ariadne está infeliz e se preparando
para o casamento – ela usou o pirlimpimpim e pensou em Teseu, mas foi
enviada diretamente para Dionísio para que a história acontecesse como sempre
aconteceu… o que quer dizer que, por mais que tente, não há muito que Emília
possa fazer. De qualquer maneira, Emília tenta mais uma vez, e dá uns conselhos
a Ícaro em uma das cenas MAIS DIVERTIDAS de toda essa história. Emília diz a
Ícaro que “o pai está certo”, e então começa a falar sobre como “o sol é muito
quente” e “derrete cera”, mas Ícaro não entende o que ela quer dizer com isso…
afinal de contas, parece muito óbvio o que ela está dizendo e ele diz que “todo
mundo sabe disso”. Então, Emília responde:
“Bem,
se você já tá sabendo, então não vai bancar o burrinho, entendeu?” COMO EU
AMO A ESCRITA DESSES DIÁLOGOS DO
“SÍTIO
DO PICAPAU AMARELO”.
Antes do
“primeiro voo do homem” e do casamento de Ariadne com Dionísio, Tia Nastácia,
Pedrinho, Visconde e Emília voltam a Atenas para buscar a Dona Benta e a
Narizinho, para que elas possam assistir aos próximos acontecimentos, mas no
fim eles acabam levando apenas a Narizinho, que está por ali, e Tia Nastácia
acaba ficando para trás para encontrar a Dona Benta… e ela tem medo de usar o
pirlimpimpim sozinha e errar o destino, por isso resolve ficar em Atenas, mesmo
que perca o casamento que queria tanto assistir – gosto muito do reencontro de
Tia Nastácia com Dona Benta… afinal de contas, por mais que
tanta coisa tenha acontecido, toda a
história de
“O Minotauro” começa
justamente porque Tia Nastácia é sequestrada pelo monstro da Ilha de Creta e o
pessoal do Sítio precisa salvá-la.
E,
agora, essa missão finalmente está cumprida.
Mas Emília
está animada para ver o voo de Dédalo e Ícaro. Antes de alçarem voo com as asas
que fabricaram, Dédalo orienta o filho a não voar muito baixo, para que a água
do mar não molhe as suas penas, e nem muito alto, para que o sol não derreta a
cera, e Ícaro percebe que foi isso o que a bonequinha tentou lhe dizer mais
cedo… mesmo assim, quando começa a voar, sob olhos fascinados e/ou assustados
de uma galera da praia, Ícaro acaba se esquecendo de todos os conselhos e,
sentindo-se um máximo e livre, acaba voando cada vez mais alto, e então sabemos
o que acontece com Ícaro… Emília até tenta ajudá-lo com o Faz-de-Conta deixando
um barquinho com remo e tudo o que ele pode precisar à sua espera – se isso
funcionou ou não, nunca saberemos. Depois de terminado o voo, o pessoal do
Sítio é levado para o Palácio de Minos pela milésima vez.
Agora, no
entanto, que já viram tudo o que tinham para ver, eles usam a palavra mágica e
partem.
“Eu não disse, Minos? Eles eram enviados dos
deuses!”
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