Viúva Negra (Black Widow, 2021)
“I’ve lived
a lot of lives… but I’m done running from my past”
FINALMENTE,
O FILME DA VIÚVA NEGRA! A Viúva Negra é uma daquelas personagens
importantíssimos para o Universo Cinematográfico Marvel, que apareceu em todos
os “Vingadores” (e que se sacrificou
pela Joia da Alma na última Fase, inclusive), mas que nunca teve um filme só
seu… para encerrar a participação da personagem e introduzir temas que podem
ser desenvolvidos durante a Fase Quatro, que está apenas começando nos cinemas
(em breve teremos “Shang-Chi e a Lenda
dos Dez Anéis”, “Eternos” e o
aguardado e cheio de surpresas “Homem-Aranha:
Sem Volta Para Casa” para dar continuidade à Fase Quatro), Scarlett
Johansson dá vida à Viúva Negra, a perigosa e talentosa espiã russa, uma última
vez, em um filme que se passa pouco depois de “Capitão América: Guerra Civil”, mas, de certo modo, também serve
como um filme de origem.
Isso porque
o filme começa na infância de Natasha Romanoff, uma época em que ela vivia com
sua “família” e já era caçada por suas altas habilidades… ao mesmo tempo,
então, que nos remonta à época da “Guerra
Civil”, falando sobre o Tratado de Sokovia, por exemplo, e sobre como
Natasha e Steve Rogers estão foragidos (!), o filme também apresenta o que
Natasha chamava de “família” antes de conhecer os Vingadores. Na
infância/adolescência, ela e a irmã foram levadas pela Sala Vermelha para se
tornarem assassinas treinadas e tiveram suas mentes manipuladas. Natasha se
livrou do controle mental primeiro, mas agora Yelena também está livre, e as
duas se reencontram em Budapeste em uma missão que visa libertar outras viúvas
negras e destruir, de uma vez por todas, a Sala Vermelha e o cara por trás
dela: o General Dreykov.
É bastante inusitada a formação familiar de
Natasha, se pensarmos que tudo ali era uma encenação para um trabalho: Yelena
não era de fato sua irmã, seus pais não eram de fato seus pais, mas era o mais
perto que eles conheceram de uma família, porque Natasha tinha sido tirada de
sua mãe biológica quando foi “recrutada” para esse programa… para Yelena deve
ser ainda mais complicado de separar
o que era real do que não era do que para Natasha, já que ela era tão novinha.
Yelena é uma personagem interessantíssima que nos fascina desde as suas
primeiras cenas, e ela e Natasha têm uma química perfeita, nos rendendo algumas
das melhores cenas de ação do filme, além de conversas sinceras (amei a Yelena
contando para Natasha a história de fachada que criou para sua vida) e momentos
cômicos como a Yelena perguntando por que
a Natasha fica fazendo poses com pousa.
“Such a poser!”
Para
conseguirem encontrar a Sala Vermelha e destruir Dreykov, as duas precisam de
alguém que possa levá-las até lá – alguém como Alexei Shostakov, o “pai” delas
que está preso. Alexei é o Guardião Vermelha, um supersoldado que deseja voltar
aos seus dias de glória, e eu não esperava gostar
tanto do personagem quanto eu acabo gostando, porque ele acaba rendendo
bons momentos de alívio cômico, como quando está tentando caber no antigo uniforme
de qualquer maneira, ou quando descobre que Melina deu a um dos seus porcos
controlados o nome de “Alexei”, e ele também pode entregar cenas com uma carga
emotiva inesperada, como quando Yelena chora sozinha no quarto porque todos
agem como se a vida deles tivesse sido uma mentira, quando para ela foi real, e
ele prova que realmente se importa com
ela cantando a música que ela adorava na infância.
Melina
Vostokoff é outra personagem fascinante! Como Alexei aparentemente não pode
ajudá-las a encontrar a Sala Vermelha, o trio parte em busca de Melina, a “mãe”
delas. Ela continua sendo uma espiã que trabalha para a Sala Vermelha (!), mas
aquelas horas que passa ao lado das “filhas” a fazem repensar algumas coisas.
Adorei aquele momento em que ela pede desculpas, mas diz que já avisou a Sala
Vermelha que elas estão ali e estão vindo atrás delas (e dos frascos vermelhos
que quebram o controle mental de Dreykov sobre as viúvas negras), e então elas
armam um plano juntas e entregam o filme para o clímax perfeito… todo o filme é
repleto de ação, com coreografias de luta incríveis e excelentes efeitos, mas a
reta final do filme é, certamente, um dos melhores clímaces de ação que eu
conheço. Natasha Romanoff é mesmo
incrível!
Todos os
personagens têm momentos incríveis durante a derrubada da Sala Vermelha. Melina
e Natasha trocam de lugar e encenam durante um tempo até que estejam onde cada
uma quer estar… adoro a dupla que se forma com Melina e Alexei, amo ver a
Yelena indo atrás das outras viúvas para libertá-las (inintencionalmente
“fazendo pose” como a Natasha), e a Natasha dando um jeito de enfrentar
Dreykov, mesmo com todas as artimanhas pensadas por ele. Temos momentos
incríveis como a Yelena libertando as viúvas negras quando elas cercam Natasha
e parece que ela não vai dar conta sozinha, ou aquela batalha no meio do ar
entre Natasha e o Treinador/Antonia, ou ainda a Yelena se sacrificando para
explodir a nave, mas sendo salva heroicamente por Natasha, que pula atrás da
irmã com um paraquedas. Ação ininterrupta
e fascinante.
O filme
termina mostrando Natasha de cabelo loiro, duas semanas depois, caminhando em
direção a “Vingadores: Guerra Infinita”.
A cena pós-créditos é uma cena inteligente que vem de muito depois, após a
morte de Natasha Romanoff em “Vingadores:
Ultimato”. A cena mostra Yelena visitando o túmulo da irmã, enquanto
descobre que “ela foi morta” por Clint Barton, o Gavião Arqueiro – e, agora,
ela vai querer vingança. Já podemos presumir com certa segurança que, durante a
Fase Quatro do UCM, reencontraremos Yelena vindo atrás de Clint, acreditando
que ele matou Natasha, mas
eventualmente descobrindo que as coisas não foram bem como ela imagina. Quando
não houver mais motivos para vingança, Yelena deve ser recrutada para os
Vingadores e assumir o posto de nova “Viúva Negra”, e esse filme foi uma ótima
maneira de apresentá-la.
Estou bem
curioso com os novos rumos do Universo Cinematográfico Marvel.
A Fase
Quatro tem tudo para ser um máximo!
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