Lost in Space 3x03 – The New Guy
“He was our
last hope”
Continua a
jornada da Família Robinson para chegar a Alpha Centauri – agora, no entanto,
eles estão separados em dois grupos. De um lado, temos Judy comandando uma
tripulação formada por crianças e adolescentes, que precisam sair de um planeta
condenado antes que seja tarde demais, com a esperança de que possam chegar à colônia
que é para onde rumavam desde o início de qualquer maneira; de outro, temos
Maureen e John precisando confiar no Espantalho para atravessar um terreno
cheio de robôs que querem matá-los para conseguir um motor, consertar a nave
deles e também partir… “The New Guy”,
o terceiro episódio dessa última temporada, é mais um excelente episódio de “Lost in Space”, que consegue fazer um
desses grupos avançar em direção ao destino deles… o outro, no entanto, parece perder sua última esperança.
Gosto de
acompanhar a parte dos adultos em busco do motor, mas confesso que é menos
empolgante do que toda a parte de Judy e Will, agora com a adição de Grant
Kelly à equação. De qualquer modo, eu amo o Don West e ele é sempre
maravilhoso, entregando ótimos comentários cômicos com John Robinson no meio de
uma sequência tensa na qual eles estão correndo contra o tempo em busca de um
motor… e, quando percebem que eles estão caindo em uma armadilha, já é tarde
demais. O tempo todo o grupo esteve preocupado que o Espantalho pudesse
traí-los quando, na verdade, ele realmente estava tentando ajudá-los a ir para
casa, mas os robôs são mais espertos do que eles e preparam uma armadilha que
acaba com o SAR não apenas os impedindo de pegar o motor que os salvaria, mas
também matando o Espantalho.
Enquanto
isso, no planeta distante com uma janela de apenas 19 horas até eles precisarem
partir, Will faz o que pode para investigar a cidade alienígena que descobriu
enquanto Judy estava escalando até a Fortuna em busca de Grant Kelly, seu pai
biológico… ali, ele descobre uma série de gravações de sons como aqueles que já
ouviram dos robôs em outras situações, e ele as ouve uma a uma e as grava, para
estudo posterior, mas isso significa que ele precisa correr no último segundo
para se salvar de uma cidade de pedra que está desmoronando sobre ele, e
precisa da ajuda de Judy e da Dra. Smith que aparecem para resgatá-lo – a Dra.
Smith, por sua vez, está tentando garantir que ela não será colocada em um tubo
criogênico ou que, se for, ela terá alguma garantia de que será tirada dele… e
sua garantia acaba sendo Will, porque ele precisará de sua ajuda.
Para, como
ela diz, “fazer algo tolo e heroico”.
Foi
interessante acompanhar a chegada de Grant Kelly à colônia, e o inevitável
conflito de gerações que é feito sem embates grandiosos, mas com uma definição
clara de convicções entre ele e Judy – e o mais interessante, a meu ver, é que nenhum dos dois estava completamente certo
ou errado. Grant Kelly tem razão quando diz que eles confiam demais nos computadores para fazer tudo, e não sabem
como agir quando os computadores chegam àquele 1% de problemas que não sabe
resolver, então ele desliga o piloto automático para esperar o retorno de Will,
Judy e a Dra. Smith, algo que ninguém mais ali teria a coragem de fazer… e, então, ele resolve tirá-los do planeta
pilotando a Júpiter manualmente. Eventualmente, quando eles estão correndo
perigo e ele continua insistindo em não usar o piloto automático, Judy o liga
sem sua autorização…
…o que acaba
salvando a vida deles.
Gostei
demais de como “Lost in Space” trouxe
essa história, porque mostrou como ambos têm sua parcela de razão. Grant Kelly
não estava errado em tentar usar o piloto manual, e foi isso o que os levantou
do solo quando o piloto automático não o faria, já que ele atrasou a partida
para esperar a filha e os demais… mas sua tentativa de não confiar no piloto automático também estava errada e Judy prova
a utilidade dos computadores quando liga o piloto automático e ele os salva de
um possível choque com asteroides e os leva em segurança para o espaço. Parece
que agora o caminho está livre para que eles cheguem a Alpha Centauri em
segurança e, sendo a última temporada, acho que isso pode acontecer – até
porque ainda temos que descobrir como os adultos chegarão lá, e o que
acontecerá quando Will e o Robô se separarem de todo o grupo.
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