Navillera – Episode 5

O vídeo perfeito.

COMO ESSA SÉRIE É PERFEITA. O quinto episódio de “Navillera” me marcou muitíssimo por momentos muito fortes e bonitos entre Deok-Chul e Chae-Rok, e eu adoro como a relação deles é imperfeita, como ambos erram e acertam, e como ambos estão crescendo e aprendendo em vários sentidos. É um episódio intenso que começa se dedicando à história de Eun Ho, que vimos brevemente no episódio anterior, mas que eventualmente volta a se debruçar sobre o ballet, a pressão sobre Chae-Rok por causa do concurso no qual ele se inscreveu, e a impaciência imprudente do Sr. Sim em sua vontade ávida de ser um bailarino. É um episódio consistente e equilibrado, que avança um pouco mais na história desses personagens, nas suas relações, e que nos prepara para os maiores sofrimentos que ainda estão por vir, ao que tudo indica, nos próximos episódios.

No fim do episódio anterior, Eun Ho não conseguiu o emprego no restaurante do qual Chae-Rok pediu demissão para se dedicar ao ballet, e agora ela está arrasada… o que mais a incomoda, é claro, não é apenas que ela tenha se esforçado muito por aquele emprego, mas também o fato de que ela foi feita de trouxa, traduzindo coisas para a tese da gerente do restaurante, por exemplo, sendo explorada por uma nota ruim que não a aprovou, no fim das contas – eu adoro como a série aborda todo esse assunto, e como Deok-Chul diz umas coisas à gerente em uma cena incrível e breve: ele não é superprotetor com a neta e entende se ela não foi aprovada no estágio, e mantém a calma ao indicar, também, os erros da gerente e dizer para ela que “se ela não pretende ajudar os jovens, que pelo menos não os humilhe”. Sério, o Sr. Sim é um anjo da guarda.

Eun Ho está arrasada, se sentindo fracassada, e ainda tem que lidar com o pai insuportável que torna tudo cada vez pior… felizmente, ela tem o avô e, agora, também o Chae-Rok. É Chae-Rok quem a encontra e conversa com ela primeiro, em uma cena bastante tocante na qual ele pergunta a ela o que é que mais a deixa feliz – e ela não sabe responder. Independente do que for, ela terá que descobrir isso sozinha e, então, fazer o que Chae-Rok fez: se dedicar a isso. E, para isso, ela terá que enfrentar o pai, e começa a fazê-lo em uma ótima cena assim que chega em casa. As conversas de Eun Ho com o avô também são, como não podia ser diferente, lindíssimas. Deok-Chul tem palavras muito sábias sobre como talvez gostaríamos que a vida fosse mais fácil, mas não é e não tem problema algum cair de vez em quando e ralar o joelho… desde que nos levantemos.

O que, de certa maneira, também é algo que ele e Chae-Rok terão que aprender, em situações diferentes… Chae-Rok está treinando incessantemente para o concurso no qual o Sr. Ki o convenceu a se inscrever recentemente, e isso parece exigir demais dele, enquanto pratica, pratica e pratica, nunca achando que os passos estão perfeitos o suficiente. Isso quer dizer que ele tem pouco tempo a se dedicar às aulas com Deok-Chul e pede que ele espere, e continue treinando sozinho em casa os passos que ele já lhe ensinou, mas Deok-Chul é impaciente: ele sente que o tempo está contra ele e que o seu corpo não o acompanha, e que quanto mais ele demorar para avançar, pior vai ser… assim, ele acaba no estúdio, ensaiando sozinho, mesmo contra as indicações de Chae-Rok, e ele acaba no hospital, descobrindo que precisa tomar cuidado.

Preciso dizer que O SR. KI ESTAVA MARAVILHOSO DURANTE ESSE EPISÓDIO. Quer dizer, eu adoro o Sr. Ki, essa é a verdade, mas a sua sabedoria durante esse episódio foi essencial para mediar as coisas entre Chae-Rok e Deok-Chul quando tudo parecia prestes a dar muito errado… porque os dois estavam pensando demais só neles mesmos. Chae-Rok está estressado, se exigindo demais, e isso o deixa no limite; Deok-Chul está pressionando por mais aulas, para que Chae-Rok lhe mostre passos mais avançados; em um momento, Chae-Rok explode com Deok-Chul e o manda para casa, e diz que só é para ele voltar ao estúdio quando ele chamar… então, o Sr. Ki tem uma conversa bastante sincera com Deok-Chul, e diz algumas coisas que ele precisava ouvir: como ele precisa ter calma e entender a importância dos fundamentos básicos do ballet…

Ele não pode avançar se não tiver uma base sólida.

Foi muito bonito ver o Sr. Ki conversar com o Deok-Chul e fazê-lo entender isso, assim como também foi muito bonito ver o Sr. Ki, mais tarde, conversar com o Chae-Rok também. Se o Sr. Sim tinha que entender a importância da paciência e dos fundamentos básicos que Chae-Rok pedira que ele treinasse, Chae-Rok precisa entender que estar buscando a perfeição para o vídeo que vai enviar para o concurso não lhe dá o direito de tratar o Sr. Sim mal, e que embora eles estejam em situações diferentes, Chae-Rok não pode simplesmente assumir que o que Deok-Chul sente pelo ballet é diferente do que ele mesmo sente… o ballet não é menos importante para o Deok-Chul só porque ele está começando agora. Então, o Sr. Ki o incentiva a buscar o Sr. Sim e pedir-lhe desculpas, e eu adoro como Chae-Rok o escuta e faz exatamente o que ele está pedindo.

“Navillera” acerta em cheio ao trazer personagens profundamente humanos: eles têm suas falhas, o que os torna reais, e eles nos conquistaram já há muito tempo, e é sempre uma delícia ver Deok-Chul e Chae-Rok juntos – e eles são muito mais fortes juntos. Depois de eles “fazerem as pazes”, Deok-Chul está presente dando força a Chae-Rok na tentativa interminável de “gravar o vídeo perfeito”, e temos uma das cenas mais lindas de toda a série quando Chae-Rok está frustrado, com a sapatilha rasgada, jogando-a contra o armário: o Sr. Sim se aproxima dele, coloca um band-aid em um machucado do seu pé e diz que ele é incrível e que ele vai conseguir se continuar tentando… é um momento muito simples, mas profundamente significativo. Ver Chae-Rok sem a sapatilha e com os machucados expostos exibe sua vulnerabilidade que às vezes não vemos…

E a maneira como o Sr. Sim toca seu pé ao dizer que confia nele significa muito.

E aquilo faz toda a diferença… Chae-Rok consegue, finalmente, gravar o vídeo perfeito. Depois, o Sr. Sim não cansa de ser INCRÍVEL e o convida para ir para casa com ele e distrair-se um pouco: ele não para de olhar o celular, esperando o resultado do concurso, com medo de não ser aprovado, e Chae-Rok na casa do Sr. Sim, sendo paparicado por ele e por Hae Nam (afinal de contas, ela adora paparicar os filhos) é a coisa mais fofa e adorável de “Navillera” até o momento. Adoro ver o Deok-Chul sorrir, amei ver a Hae Nam toda acolhedora, sorridente e feliz de ter o Chae-Rok ali, e adorei ver o Chae-Rok baixando a guarda e permitindo ser cuidado, como há muito tempo não era… é bom vê-lo mais leve e sorridente, fazendo refeições com a nova família, tirando um cochilo, sentando-se para assistir TV. Cenas que certamente aquecem o nosso coração.

E, então, o resultado vem: CHAE-ROK FOI APROVADO NA PRIMEIRA FASE DO CONCURSO. O sorriso genuíno dele ao contar para o Sr. Sim é lindo, e depois ele segue o conselho do Sr. Sim e liga para o pai, porque, como o Sr. Sim dissera, independente do que aconteceu entre eles, se ele sente vontade de falar com o pai, ele deveria ligar para ele… é uma conversa rápida no telefone, Chae-Rok conta que se inscreveu em um concurso e que passou da primeira fase, e o pai pergunta por onde pode acompanhar o concurso, e embora tenha sido uma cena bem breve, é importantíssima para ambos. Mas, então, as coisas estão prestes a dar muito errado: Ho Beom está esperando Chae-Rok no estúdio, e ele está pronto para cumprir a sua promessa/ameaça recente: Chae-Rok não vai voar. Não tenho certeza de que estou preparado para o que está por vir!

 

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