Navillera – Episode 7

“E se eu não tiver outra chance?”

UM DOS EPISÓDIOS MAIS EMOCIONANTES DE “NAVILLERA”. Chegamos ao sétimo episódio de “Navillera”, entrando oficialmente na segunda metade da série, e o episódio traz algumas revelações pelas quais eu já esperava, muitas lágrimas em vários momentos, sejam eles tristes, emocionantes ou ambos, e cenas belíssimas que envolvem tanto o Chae-Rok tomando decisões importantes em relação ao seu futuro, quanto o Deok-Chul parcialmente realizando seu sonho em uma cena de realização plena… e, no meio disso tudo, o Sr. Ki continua crescendo como um dos meus personagens favoritos na série! No fim do episódio passado, Deok-Chul estava comemorando o aniversário de casamento com a esposa quando saiu para buscar doce para ela e se perdeu no aquário – desesperada, Hae Nam tenta ligar para todos os filhos e, sem sucesso, liga para Chae-Rok no fim.

Acho lindíssimo como o Chae-Rok está lidando com seus próprios problemas, está pensando na conversa recente que tivera com o Sr. Ki no qual ele falou sobre ter sido como ele, teimoso e arrogante, e ter sido obrigado a parar de dançar ballet por isso, mas ele não hesita em pegar um taxi e correr para o aquário para ajudar Hae Nam a encontrar Deok-Chul assim que recebe o seu telefonema – o quanto ele se importa com o Sr. Sim é tocante! A cena se resolve com um momento bonito no qual Chae-Rok o encontra, o entrega de volta à esposa, Hae Nam rende uns momentos de descontração que me fazem amá-la cada vez mais (quem diria, não?), mas tudo é cercado de uma melancolia estranha e persistente porque não entendemos o que de fato aconteceu… o Sr. Sim, no entanto, faz parecer que foi apenas uma confusão e que ele se perdeu tentando ajudar uma garotinha.

Grande parte do episódio, então, se dedica à história de Chae-Rok – e eu adoro acompanhá-lo. “Navillera” tem dois protagonistas diferentíssimos entre si e igualmente carismáticos, por isso é tão maravilhoso assistir a essa série. Chae-Rok ainda está pensando nas suas condições, no fato de bailarinos se aposentarem cedo e no medo que ele tem de estar ficando velho e não poder perder oportunidades como a do concurso que se aproxima: e se ele não conseguir estrear nos palcos? Eu adoro como o Sr. Ki, então, volta a falar com ele sobre isso, porque eu realmente achei que ele não faria isso depois da conversa no teatro no fim do episódio passado: eu achei que aquela seria a conversa do Sr. Ki com o Chae-Rok e que ele teria que entender e decidir sozinho a partir de então, mas o Sr. Ki quer que Chae-Rok entenda o que ele está dizendo de todo modo…

E que não cometa o mesmo erro que ele cometeu.

Chorei ao retornar ao flashback de 2016 do Sr. Ki: o ano em que ele foi obrigado a parar de dançar ballet, graças, como ele mesmo diz, à sua teimosia e arrogância. Ele não quis ser substituído em uma apresentação, embora estivesse com um problema grave na coluna, e conseguiu se apresentar – mas pela última vez. O problema se agravou, ele acabou no hospital e recebeu a notícia de que nunca mais poderia dançar… eu só imagino o quanto isso é difícil e doloroso! Acho importante que ele tenha compartilhado essa história completa com Chae-Rok e que ele tenha dito com todas as letras que não quer que ele cometa o mesmo erro, enquanto também falava sobre o quanto confiava nele e o quanto queria vê-lo no palco um dia, dançando como ele não pode mais dançar, porque sente que ele pode passar ao mundo a mensagem que ele sempre quis…

O Sr. Ki é um máximo! E o Chae-Rok vai entendendo com uma ajuda também muito bonita de So Ri. Inclusive, eu aproveito para falar sobre como a dinâmica entre Seung Joo (o Sr. Ki) e So Ri é outra coisa excelente em “Navillera” – e que eu nem imaginava que seria algo que eu gostaria tanto quando comecei a assistir a série. Mas os dois, mesmo depois de terem sido casados e terem se separado, têm uma cumplicidade e uma admiração mútua invejável, e eu acho que eles sempre entregam cenas incríveis e reais… sem contar que eu acho que eles sempre atingem o seu melhor quando estão juntos. Chae-Rok é um “projeto” de ambos, por exemplo, e aquela cena em que So Ri conversa com Chae-Rok na porta de um teatro que vai ter a apresentação de uma bailarina que está se aposentando é uma das provas da maneira como eles “funcionam” bem juntos.

No fim, Chae-Rok finalmente toma a decisão correta, e eu adoro perceber como várias pessoas tiveram participação nessa tomada de decisão… além de Seung Joo e de So Ri, Chae-Rok ainda conversa, também, com o Sr. Sim – mostrando o quanto ele confia nele e valoriza a sua opinião. Ele conta toda a história do Sr. Ki, como se perguntasse o que Deok-Chul acha que ele deve fazer, e também mostra as suas preocupações que envolvem o fato de “ele já ter contado para o pai que participaria daquele concurso”, por exemplo, e o Sr. Sim consegue ajudá-lo lindamente, contando sobre um acidente que teve na juventude, na época em que era carteiro, e como ele demorou um ano para conseguir voltar a trabalhar, mas nunca desistiu, fez caminhadas para fortalecer a perna e tudo… então, ele conclui dizendo a Chae-Rok que “haverá, sim, uma próxima vez”.

Foi linda a cena de Chae-Rok indo à casa do Sr. Ki para informá-lo de sua decisão.

Depois disso, parece até que Chae-Rok fica mais leve, e eu adoro acompanhar essa versão do personagem. Ele se dedica a continuar praticando, mas com cautela e sem pressa, enquanto também continua sua fisioterapia, e ensaia o Sr. Sim, começando a avançar devagar com ele no ballet – e parece, em parte, que o Sr. Sim está tendo mais dificuldade do que antes… mas talvez seja só porque as aulas estão ficando difíceis, ou talvez tenha a ver com o seu emocional, porque temos uma cena lamentável e revoltante na qual um dos vizinhos do Sr. Sim faz questão de parar a moto ao seu lado para perguntar se “é verdade que ele está dançando ballet”, o chamando de “velho bobo” por isso. Foi tão doloroso ver essas palavras assentando na mente do Sr. Sim e o fazendo duvidar de si mesmo… a maneira como ele olha com admiração para Chae-Rok e diz ao Sr. Ki que talvez o ballet não seja mesmo para velhos como ele.

Aqui temos outra prova do que eu venho dizendo há algum tempo: O SR. KI É UM DOS MELHORES PERSONAGENS DESSA SÉRIE. Ele sabe exatamente o que fazer para “alegrar” o Sr. Sim, e ele nos proporciona uma das cenas mais emocionantes de “Navillera” até o momento quando leva o Sr. Sim e o Chae-Rok a um estúdio novo de dança que acabou de abrir, e no qual ele está, pela primeira vez, cogitando dar aulas, para que eles assistam a uma aula e a uma bailarina cadeirante – a cena me fez pensar na montagem do Deaf West Theatre de “Spring Awakening”, e eu fiquei emocionadíssimo. Depois, Chae-Rok incentiva o Sr. Sim a também se apresentar ali naquela sala de ensaio, e é um momento tão singelo e tão tocante quando ele aceita, se realiza dançando ballet “ao seu estilo”, como o Sr. Ki o incentivou, e recebendo aplausos depois.

O Chae-Rok pedindo pra ele fazer a reverência no final!

Lindíssimo!

Depois, o Sr. Sim sai apressado de volta para casa, porque tem que buscar umas fotos que mandou imprimir e colocar em quadros, e é o aniversário do seu filho caçula, e eu fiquei com pena do Chae-Rok dizendo que “queria jantar com ele”, mas deixando para outro dia, já que ele está com pressa… aquela cena é linda e adoro ver o Chae-Rok leve – ele é lindo (lindo demais!), mas ele fica ainda mais lindo quando está sorrindo. Agora, no entanto, vai começar uma nova preocupação, confirmando as minhas teorias que começaram nos últimos episódios e que tem a ver com a cena em que Deok-Chul não se lembra onde colocou o celular e com a recente sequência na qual ele se perde no aquário: depois de o Sr. Sim ir embora, Chae-Rok vê que ele derrubou o seu caderninho no qual sempre o vê anotar um pouco de tudo, e então ele o abre para dar uma olhada…

Na primeira página, Chae-Rok vê que o Sr. Sim colocou seu nome completo, uma foto sua e seu endereço, e comenta como isso é “antiquado”, até descer os olhos e ver algo que ele escreveu no fim da página: “Eu tenho Alzheimer”. A cena é fortíssima e brilhante, e em paralelo ao Chae-Rok em choque com a informação e ao Deok-Chul passando buscar as fotos antes de voltar para casa, vemos flashbacks de quando a doença foi diagnosticada, e é profundamente doloroso. As peças vão se encaixando, então, porque ouvimos o médico recomendar que ele anote tudo o que acontece, até que isso se torne um hábito, porque dos hábitos ele não vai se esquecer, e que ele pare de dirigir… aquela cena do Deok-Chul sozinho no parque chorando, olhando para o céu e pensando nos pais, me destruiu – por algum motivo, ele escolheu não contar para a família.

Mas, agora, Chae-Rok sabe.

Por isso Deok-Chul está com tanto medo de “não ter tempo”.

 

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