Navillera – Episode 8
Por que é tão importante aprender ballet para o Sr.
Sim…
UM DOS
EPISÓDIOS MAIS EMOCIONANTES DE “NAVILLERA”
ATÉ AQUI. No fim do episódio anterior, Deok-Chul estava com tanta pressa de ir
embora porque ainda precisava passar buscar umas fotos que mandara imprimir e
chegar em casa a tempo do aniversário do seu filho mais novo, que ele deixou
cair no estúdio o caderninho no qual anota tudo o que acontece – e Chae-Rok,
enquanto se arrumava para ir embora também e colocava uma etiqueta no armário
de Deok-Chul com o seu nome, descobre o caderninho do Sr. Sim e uma anotação na
página de informações pessoais que tem até uma foto dele: Deok-Chul tem Alzheimer. Esse oitavo episódio, emocionante do
início ao fim, começa retomando o que vimos no fim do sétimo episódio, agora em
mais detalhes, e é novamente doloroso ver o Deok-Chul reagindo à notícia do
Alzheimer.
Esse
episódio é quase que inteiramente focado nessa trama, então. Temos um pouquinho
da Eun Ho no seu novo trabalho, em paralelo, e temos uma cena do pai de
Chae-Rok querendo vir a Seoul para visitar o filho porque sabe que ele se
machucou, e temos uma cena importantíssima de Chae-Rok com o Sr. Sim em uma
casa de banho na qual Chae-Rok fala sobre como só pensa no seu pai, mesmo depois de tudo o que ele fez, e acho que
essa abertura que essa cena simples é importante para mostrar essa abertura que
ele sente com o Sr. Sim… mas a maior parte do episódio mostra Deok-Chul
tentando lidar com a doença sem que ninguém saiba dela (!), e o Chae-Rok
preocupado com o amigo, de uma maneira tão visível e tão intensa – é lindíssima
a urgência para protegê-lo que Chae-Rok tem, mas ele vai precisar contar para
alguém a respeito disso…
Ou convencer Deok-Chul a fazê-lo.
Chae-Rok
chega na casa de Deok-Chul antes mesmo dele, e acaba sendo convidado para
entrar – até porque ele tem uma parte da família que gosta muito dele: Eun-Ho,
por exemplo, ou Hae Nam, que agora o trata como se ele fosse mais um filho ou
neto, ou até mesmo Seong-gwan, o caçula do Sr. Sim que está fazendo
aniversário… adorei ver o Chae-Rok compartilhar aquele momento com a família
Sim, e ver como ele se encaixa bem naquele cenário, mas também foi triste ver a
maneira como ele passou a noite toda observando Deok-Chul porque, na verdade, ele não tinha um grande plano quando o
procurou em casa… na verdade, ele só se importa muito e queria saber se ele
estava bem. Durante toda a noite, então, ele olha para Deok-Chul sem que Deok-Chul
perceba, e a mente de Chae-Rok estava provavelmente buscando planos do que
fazer agora.
Passei o
episódio todo me perguntando se ele contaria para alguém… em parte, sabemos que
não é sua responsabilidade fazê-lo, e talvez ele não tenha o direito de “expor”
o Sr. Sim dessa maneira, mas eu achei que ele acabaria contando para Eun-Ho ou
mesmo para o Seong-gwan – até porque quanto
mais a memória de Deok-Chul se deteriora, mais é perigoso ele continuar andando
sozinho por aí… eventualmente, ele precisará de ajuda, mesmo que ainda não
queira que ninguém saiba de sua condição. Chae-Rok tem uma conversa muito
interessante com o melhor amigo, que é para quem ele conta tudo, já que ele não tem nenhuma relação com Deok-Chul,
e o amigo o aconselha a “confiar em seu atacante”, e eu acho que é isso o que
veremos acontecer no próximo episódio: Chae-Rok precisa contar a Deok-Chul que ele sabe e convencê-lo a contar às
pessoas.
Chae-Rok
passa o episódio todo pendente de Deok-Chul, e é uma relação bastante bonita e,
ao mesmo tempo, triste. É bonita porque Chae-Rok quer protegê-lo a todo custo,
então ele se torna especialmente atencioso durante as aulas, por exemplo, mas
também é triste, porque vemos que Chae-Rok não
consegue mais pensar em outra coisa – algumas cenas me atingiram
profundamente quando Chae-Rok segue o Sr. Sim até em casa, por exemplo, para
garantir que ele vai chegar em segurança e não se perder no caminho, e pequenos
detalhes que “Navillera” adiciona tão
bem, como quando Deok-Chul parece levemente confuso quando chega a hora de
virar em uma rua, e Chae-Rok, de longe, sussurra: “Para a direita”. E podemos sentir o alívio de Chae-Rok quando ele
vê o Sr. Sim chegar em casa… mas ele não
pode continuar fazendo isso todo dia.
Um dos
momentos mais desesperadores do episódio acontece quando o Sr. Sim volta a se perder… ele chega ao estúdio para a sua aula,
mas ele tem a sensação insistente de que “está esquecendo alguma coisa”, então
ele precisa olhar para as suas anotações no caderninho para perceber que ele tinha uma consulta agendada para aquela
manhã – então, ele inventa uma desculpa para que Chae-Rok não se preocupe e
sai às pressas, e Chae-Rok tenta segui-lo, mas o Sr. Ki descobre que ele faltou
a uma fisioterapia na semana anterior (porque ele estava “muito distraído com
outras coisas), e resolve levá-lo à clínica pessoalmente e naquele momento…
então, Chae-Rok não pode seguir o Sr. Sim, que acaba sozinho no consultório
médico, em uma cena de partir o coração na qual ele parece perceber que a doença está avançando e ele não pode fazer
nada.
É
angustiante e profundamente triste – e o Sr. Sim torna aquela cena emocionante
quando o médico pergunta “em que ano eles estão”, por exemplo, e ele responde
que “é o ano em que ele começou a dançar ballet”. Deok-Chul sai do hospital
bastante atordoado naquele dia, e
então ele se perde, mais ou menos como aconteceu naquele dia no aquário – dessa
vez, no entanto, ele está no meio da rua. Não sei quanto tempo Deok-Chul passou
parado no meio da rua, sem saber para onde ir, completamente desligado do
mundo, mas eu sei que passei o tempo todo sofrendo ao lado dele, esperando que
Chae-Rok aparecesse… quando Chae-Rok retorna da fisioterapia e o Sr. Sim ainda
não retornou ao estúdio, ele liga para Hae Nam e descobre que ele não foi para
casa, então ele se desespera e começa a procurá-lo por todos os lugares que ele costuma frequentar…
Até que o
encontra com Ho Beom na rua – a cena é confusa e intensa. Não ficou claro quem
ligou para Chae-Rok, mas alguém ligou para ele e parece ter falado exatamente
onde o Sr. Sim estava, porque então ele o encontrou… parte de mim pensa que
pode ter sido até mesmo o próprio Ho Beom, porque ele não estava com aqueles
impulsos maldosos nessa cena. Os
amigos estavam um pouco mais violentos, e vê-los segurar Deok-Chul e pegar dele
seu caderninho e seu celular foi revoltante, mas Ho Beom parecia genuinamente
preocupado com o Sr. Sim, e mexido ao ler a mesma anotação que Chae-Rok lera
recentemente: que o Sr. Sim tem Alzheimer.
Então, quando Chae-Rok chega, os caras soltam o Sr. Sim e Ho Beom os leva para
longe dali, mas o Sr. Sim está em um estado tão grave que é desesperador… a maneira como ele se retrai, assustado,
quando Chae-Rok encosta nele…
É tudo TÃO TRISTE.
Então,
Chae-Rok se lembra de algo que lera no caderno de Deok-Chul, e algo que me fez
chorar muito: que, por algum motivo,
Deok-Chul recuperou a memória ao ver Chae-Rok dançar. Descobrimos, então,
que quando Deok-Chul chegou ao estúdio pela primeira vez, lá no primeiro
episódio de “Navillera”, ele também
estava perdido: ele não sabe como chegara lá, mas ver aquele garoto dançar e
voar o trouxe de volta à realidade… ele se lembrou do rapaz que vira dançando
no teatro quando ele era garoto, e então ele se lembrou da expressão brava do
pai, se lembrou dele mesmo quando criança, e voltou. Por isso, também, ele quer
tanto aprender ballet… por isso é tão importante.
Naquele momento, Chae-Rok só espera que
possa fazer a mesma coisa por Deok-Chul mais uma vez, e então ele dança… ele
dança ballet colocando toda a emoção possível em cada passo, em cada giro, para
que Deok-Chul o veja e, quem sabe, recupere a memória, como aconteceu da outra
vez.
É uma
sequência LINDÍSSIMA, uma das mais lindas e emocionantes de “Navillera”.
E é um
alívio muito grande ouvir o Sr. Sim chamar o nome de Chae-Rok…
Episódio
PERFEITO… agora, no entanto, Chae-Rok precisará convencer o Sr. Sim a conseguir
ajuda.
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