Rebelde 1x02 – Audiciones
O retorno da Seita.
Tá bom… eu
estou apaixonado pela Jana cantando! O segundo episódio de “Rebelde” é outro capítulo interessante na mais nova versão lançada
pela Netflix. Seguindo os acontecimentos do primeiro episódio, o EWS agora
precisa descobrir quem foi o responsável pelo incêndio na sala de música – e é
claro que os mais novos membros da Seita conseguem escapar depressa, e apenas
os seis calouros forçados a usarem os antigos uniformes do Elite Way School e
cantar RBD são encontrados na cena do crime, e responsabilizados por ele… de
alguma maneira inusitada, isso faz com que uma espécie de amizade se forme
entre os seis – ou pelo menos cinco deles: Jana, Esteban, MJ, Andi e Dixon. Luka Colucci ainda não se junta de verdade
ao grupo porque está acostumado a acreditar que é melhor do que todo mundo, que
não precisa de ninguém e que nada o atingirá…
Ele é um
tremendo mala, para dizer bem a verdade!
O grupo
tenta dizer a verdade a Celina, as autoridades do EWS não compram a ideia de
“estudantes mascarados sequestrando outros durante a madrugada”, e para que a
punição que os proíbe de audicionar para o programa de música não se estenda a
todos os seus colegas, Jana acaba assumindo a culpa e dizendo que foi tudo ideia dela – embora “incendiar
a escola” não estivesse nos planos. Não sei bem o que pensar dessa atitude de
Jana, porque eu confesso que nunca fui muito fã de pessoas com complexo de
herói, mas, ainda que produzido em formato série, para um serviço de streaming
e em pleno 2022, Jana e Esteban são os
típicos protagonistas de antigas novelas mexicanas – quer dizer, por
enquanto, pode ser que eu me surpreenda. Esteban tem algum mistério envolvendo
os Colucci e Rocío García, e isso pode vir a ser interessante.
Gostei do
bolsista ter algum envolvimento com o Colucci da vez… uma releitura de “Rebelde 2004”.
Com Jana
assumindo a culpa e sendo a única proibida de participar das audições, todos
(menos o Luka) parecem estar agradecidos e em dívida com ela… e o grupo rende
algumas cenas interessantes enquanto lida com a detenção juntos, limpando a
sala de música depois do incêndio, por exemplo – mas, se Jana não quiser ser
expulsa da escola, ela vai ter que fazer alguma coisa. Ela pode, por exemplo,
aceitar a ajuda da mãe influente de Sebas, mas não é o que ela quer… então, a
única outra maneira é provando que eles
estavam dizendo a verdade ao encontrar os verdadeiros culpados. Jana pede a
ajuda de Dixon, mata algumas charadas, chega a algumas pessoas, como a Emilia e
o próprio Sebas, mas a verdade é que ela
é escancarada demais e não tem o menor cuidado ao tentar descobrir algo –
assim, ela não vai chegar a lugar nenhum.
Ironicamente,
quem chega a uma prova é Luka. Por enquanto, acho o Luka insuportável, porque sua pose de “sou melhor do que todo mundo e
nada me atinge” é irritante, mas, ao mesmo tempo, dá para perceber o quanto
isso tudo é um escudo para esconder o seu sofrimento, seja por causa do pai,
que sempre esteve ausente, que quer que ele saia do programa de música, seja
por causa dos preconceitos que sofreu durante a vida e com os quais agora
aparentemente sabe lidar… de um jeito ou de outro, é notável como o personagem
tem espaço para crescimento, e espero que esse crescimento realmente aconteça –
afinal de contas, ele é um Colucci! É ele, então, que durante um enfrentamento
com um bully da escola, consegue um
vídeo do pessoal da Seita… é uma solução bem simplificada, mas que funciona
nessa introdução da série.
E Jana está livre…
Uma parte do
episódio foi dedicada às audições dos seis protagonistas para o programa de
excelência musical, com algumas apresentações mais impactantes que outras – e “Rebelde” escolheu não usar nenhuma
música da RBD aqui. Dixon é o primeiro que vemos se apresentar, fazendo um rap
interessante que tem tudo a ver com ele e com o lugar de onde vem; MJ, em
seguida, canta uma música e toca piano, em uma cena que me fez pensar muito em “Julie and the Phantoms”; Andi arrasa na
bateria, o que já está chamando a atenção de Emilia, e estou curioso pelo
desenvolvimento dessa história; Luka mostra que tem mesmo talento, embora não
seja “o melhor do mundo” como acredita; Esteban também se sai bem, mas sem a
presença de Jana, que prometera que estaria ali; e, por fim, Jana, que ARRASA
no palco e tem minha apresentação favorita do episódio.
Destaco,
ainda, a aproximação de Esteban e Jana ficando cada vez mais palpável, com
Esteban fazendo questão de provocar Sebas, e aquele momento em que Sebas faz de
tudo para “pedir desculpas” para Jana, fazendo uma cena no meio do corredor,
com o único propósito, na verdade, de impedir que ela esteja no auditório
durante a audição de Esteban, mas Jana deixa claro que ela prometeu que estaria lá e quer cumprir a sua promessa… Sebas
deve ser um dos principais vilões da temporada. Jana e Esteban também trocam o seu primeiro beijo quando ela ainda
acreditava que podia estar prestes a ser expulsa da escola, e parte de mim
ficou surpreso por ter sido tão rápido, mas outra parte me lembrou que se trata
de “Rebelde”. Pode ser um romance bem
clichê, mas eu não tenho nada contra
o clichê desde que ele seja bem executado… estou curioso.
Por fim,
gostaria de comentar a eletrizante cena da Celina reagindo ao vídeo que Jana e
os demais lhe mostram para salvar Jana de ser expulsa: o vídeo mostra os tais
“alunos mascarados”, como eles disseram desde o início, e agora a Diretora
Celina vai ter uma responsabilidade
imensa em suas mãos… segundo ela, faz 18 anos que o Elite Way School não
tem nenhum trote como aquele, mas a Seita está de volta. A Seita era um dos plots mais interessantes e macabros da
primeira temporada de “Rebelde” em
2004, e eu estou curioso para saber como ela vai ser trabalhada na versão da
Netflix de 2022 – mas precisa ser algo
mais macabro do que apenas entregar uniformes e fazer os calouros cantar
músicas da RBD. De todo modo, a série começou bem e mantém seu nível nesse
segundo episódio, e já estou me afeiçoando aos personagens, o que é um bom
sinal!
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