Rebelde 1x04 – Simulacro

“Hit me, baby, one more time”

Aparentemente a Seita “é mais poderosa agora do que era no passado” – ou pelo menos é isso o que querem nos fazer acreditar. Na época da Elite Way School, eu achava a Seita ameaçadora de fato, no melhor estilo sociedade secreta e tudo o mais, mas eu entendo o que a Celina quis dizer quando falou que “eles nunca tiveram tanto poder quanto agora”: parece que eles mandam na escola no sentido de estarem controlando o Conselho… um dos envolvidos na Seita foi expulso da escola, mas ficou sugerido, agora, que foi a própria Seita quem quis que isso acontecesse, e é como Celina diz: Sebastián tem todo o perfil para ser um integrante da organização, mas o Conselho desistiu de investigar o seu envolvimento mais rápido do que, sei lá, decidiu a compra de quadros para a escola. Estou curioso para ver aonde essa história vai nos levar.

Mas a série continua focando fortemente na parte musical – volto a falar sobre isso: tendo a RBD sendo o sucesso estrondoso que foi com o “Rebelde” de 2004, eu acho que é uma escolha compreensível, mas, ao mesmo tempo, às vezes me incomoda que esse pareça ser o único propósito da escola atualmente, sabe? E olha que eu amo musicais… as cenas musicais são boas, é parte do motivo pelo qual eu amo “Rebelde”, mas parece mais que os alunos da EWS estão em um acampamento de música do que, de fato, em uma escola cursando o Ensino Médio – a não ser quando a série tenta nos lembrar de que o EWS é uma escola e coloca a Andi tirando uma nota baixíssima em uma prova de biologia e precisando estudar mais, por exemplo… mas ela está mais focada não apenas na banda, mas na Emilia, que retornou com Sebas como “uma estratégia de marketing”.

Falando sobre o término de Sebas e Jana, o episódio se dedica àqueles conflitos adolescentes que parecem tão gigantescos nessa parte da vida, mas que agora parecem quase risíveis. Jana terminou com Sebas, finalmente, quando descobriu uma traição, e agora Sebas divulgou um vídeo para continuar passando a imagem de “perfeitinho” enquanto ela se torna a vilã da história, e isso a está deixando estressada – isso e o fato de que ela viu Esteban e MJ se beijando recentemente. Foi um mal-entendido que faz com que Esteban e Jana se afastem, com que MJ fique chateada com Jana e Dixon seja jogado para escanteio porque MJ para de lhe dar atenção… MJ vai ter que superar Esteban logo, porque ele parece estar bem envolvido com Jana, tanto é que, durante uma simulação de terremoto ou algo assim, ele e Jana aproveitam para ter sua primeira vez.

Esteban, por sua vez, tem outros interesses na EWS, e não sabemos se ele está usando a Jana por sua possível influência, ou se ele realmente se envolveu com ela no meio de sua missão, que tem a ver com os Colucci: há tempos que ele está “fazendo de tudo” para manter o Luka por perto, e agora que conseguiu descobrir sua senha no computador (eu ri da senha do Luka, por sinal!), ele consegue compartilhar arquivos que ele espera que o levem ao que ele busca – A LOCALIZAÇÃO DA MÃE. Esteban não consegue escapar de envolver Dixon na história quando Dixon o vê mexendo no computador de Luka, e então ele precisa contar “toda” a história (toda? Ou apenas o que quis?) sobre a mãe que desapareceu e que era instrutora de música, cujo último aluno foi justamente Luka Colucci. Ele acredita que o pai de Luka sabe onde está sua mãe, Rocío.

Luka, por fim, continua insuportável – o que é, em parte, uma pena. Já comentei em outra review que eu queria muito gostar do Luka… afinal de contas, ele é um Colucci e ele é gay, uma representatividade que faltava em “Rebelde”, mas sinceramente? Está difícil engoli-lo. Sempre com seus comentários maldosos, seu egoísmo e, agora, muita provocação, ele está trabalhando para a Seita, mesmo sem ser parte dela, em busca da vitória injusta na Batalha de Bandas – e, para isso, ele precisa desestabilizar a “Sin Nombre”, a banda que foi formada no último episódio… o que não parece lá muito difícil, porque eles são adolescentes com bastante dificuldade para conviver, já sem a ajuda de Luka, mas quando os conflitos se anunciam, ele faz de tudo para incentivá-los, além de ir de membro em membro os envenenando contra a Jana, por exemplo…

E a Sin Nombre tem problemas graves antes da primeira rodada da Batalha de Bandas – mas preciso dizer que nem tudo o que a Jana disse estava errado, hein? De um modo ou de outro, Jana acaba pedindo desculpas, cantando uma música (Luka comentando que isso era muito “High School Musical”!), e todos fazem as pazes e se abraçam em uma cena que pode ser meio brega, mas que foi fofa… mesmo assim, a Seita está disposta a acabar com a Sin Nombre de qualquer maneira, e Luka Colucci vai ajudá-los enquanto puder, se isso lhe garantir a vitória com a qual ele tanto sonha, então a Seita o manda atrair Esteban para uma armadilha, e essa obsessão de Esteban por Luka faz com que ele caia feito um patinho… curioso e irônico o Esteban apanhando em paralelo ao Sebas e à Emilia no palco cantando “Baby One More Time” da Britney Spears… quer dizer, “Hit me baby one more time”?

 

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