Sítio do Picapau Amarelo (2005) – Cléo ajuda João da Luz
“O seu namoro com o playboyzinho é pra valer?”
Cléo só
queria voltar de São Paulo e reencontrar o João, que, por sua vez, se arrumou
todo para esperá-la, com um sorriso no rosto, mas tudo dá errado quando Teteia
parte para cima de João e Angico fica no ouvido de Cléo para envenená-la… naquele momento, parecia que qualquer
esperança de romance estava indo por água abaixo. Adolescente, um serzinho
complicado mesmo, parece ter o dom de dificultar coisas que poderiam facilmente
ser resolvidas com um diálogo (alguns
adultos também), e tudo parece virar uma bola de neve… Cléo não quer ouvir o
João dizendo que o beijo não significou nada ou que foi a Teteia que o beijou
nem nada disso. Como as coisas não andam bem, João começa a sofrer “os maus de
amores”, e ele chega a passar mal na
sua casinha da árvore, ardendo em febre – felizmente, o Saci vê que ele não
está bem e vai pedir ajuda…
…da Cléo.
A garota é
toda durona, mas não podemos julgar: eu
acho que eu faria exatamente o mesmo naquela situação. Ela diz que o João
pode “pedir ajuda praquela namoradinha dele lá do Arraial”, mas quando o Saci
insiste, ela acaba decidindo ajudar – porque, por mais que não queira admitir,
ela se importa muito com ele… e fica preocupada quando percebe que a febre está muito alta, e chega a
pensar se eles não deveriam chamar um médico para vir vê-lo… João da Luz pede
que ela não faça isso, porque ele morre de medo de ser descoberto e ser mandado
de volta para uma Instituição, então Cléo concorda, mas pede que o Saci vá
atrás de ervas na mata que possam ajudar a baixar a temperatura, e fica
esperando ao lado de João. Quando o João adormece, ela fica toda carinhosa ao
seu lado, mexendo no seu cabelo vermelho, falando sobre como ele é lindo…
Completamente apaixonada.
Enquanto
isso, Teteia está determinada: “Deixa
comigo, Cecéu. Esse menino ainda vai gostar de mim”
Felizmente,
a febre de João acaba baixando depressa e não demora muito para que ele esteja
de volta ao Arraial – afinal de contas, ele tem que conseguir comida, e ele o
está fazendo, ultimamente, trabalhando na venda do Elias. Dessa vez, no
entanto, ele acaba sendo visto e reconhecido pelo Delegado Perilúcio, o que é um desespero. Mas teria sido muito pior se a Cléo não estivesse ali
para interceder por ele enquanto a Teteia, escondida, assiste a tudo. João da
Luz é levado para a delegacia e o delegado garante que ele ficará lá até os
pais virem buscá-lo e, se ele não tiver pais que possam vir buscá-lo, então ele será encaminhado para uma instituição.
Angico ainda faz questão de piorar tudo,
dizendo que seu olho roxo é por causa de um soco que esse garoto lhe deu, diz
que ele é um arruaceiro e um monte de coisas… felizmente, Cléo não fica do seu lado.
Cléo assume
a dianteira da situação, felizmente, e resolve todo o problema apelando para a burrice do delegado. Ela desmente o Angico
dizendo que “foi só uma briga de garotos, nada demais”, e ainda diz que pode garantir que aquele rapaz não é um
delinquente, nem um ladrão de doce, nem um arruaceiro. Quando o delegado
pergunta por que ela tem tanta
certeza disso, ela diz que conhecia os
pais do João lá na cidade grande, e que o pai dele era um juiz muito conhecido…
ela dá o suposto nome do juiz e tudo. Cléo fala com convicção, e o delegado
cai direitinho, e é fofo ver o sorrisinho de João e Cléo quando ele está indo
embora, compartilhando uma cumplicidade, o João agradecendo com o olhar… e
quase melhor do que ver o João da Luz se livrando de uma confusão ou a Cléo o
ajudando, mesmo dizendo estar brava com ele e tudo o mais, é ver a cara do
Angico.
Adorei.
Mais tarde,
enquanto Cléo está pedalando sua bicicleta de volta para o Sítio do Picapau
Amarelo, João está no meio do caminho para poder falar com ela e agradecê-la de
verdade por tê-lo ajudado – se não fosse por ela, ele estaria na delegacia até
agora, e em breve seria mandado de volta para uma instituição como aquela da
qual fugiu… era para ser a cena mais fofa, para que João e Cléo se acertarem
finalmente, mas não chega a ser 100% fofa porque os dois adoram complicar as
coisas… Cléo diz que faria o que fez “por qualquer um”, voltando a se fazer de
durona, o que apaga um pouco do sorriso de João, e depois ele pergunta se o
namoro dela com o “playboyzinho” é mesmo pra valer, na verdade porque queria
que ela dissesse que não é e que ele está imaginando coisas, mas ela diz que
sim, e completa: “Tanto quanto o seu com a Teteia”.
Ouch.
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