Kikai Sentai Zenkaiger, Last-kai! – My World, Everyone’s World
Viajar os
mundos!
A CONCLUSÃO
DE “KIKAI SENTAI ZENKAIGER” É
SIMPLES, MAS EMOCIONANTE. Personagens como o Kaito deixarão saudade, e não
posso contar com sua participação em “Donbrothers”,
já que é uma nova versão do personagem – o que, diga-se de passagem, eu acho
bastante arriscado, mesmo que esteja empolgado em continuar vendo o ator em
Super Sentai. A conclusão da temporada foi diferente do que esperávamos,
diferente do que costumamos ver em Super Sentai (mas continua contando com uma
batalha interessante), o que, na verdade, tem muito a ver com as propostas
diferentes que “Zenkaiger” começou a
trazer para a franquia, iniciando uma fase de mudanças já anunciadas para uma
série de 45 anos que está tentando se reinventar… vamos ver o quanto a série
continuará mudando com a e a partir de “Avataro
Sentai Donbrothers”.
Fico feliz
em dizer que assisti a “My World,
Everyone’s World” com um sorriso no rosto e com a sensação de que parte de
mim vai sentir falta dessa loucura toda… “Kikai
Sentai Zenkaiger” foi aclamada por uma grande parcela dos fãs de tokusatsus e criticada por uma parcela
menor, mas também significativa – acho que “Zenkaiger”
é muito pessoal e, infelizmente, eu
não estou no primeiro grupo… mas também não estou no segundo. Tive várias
críticas a “Zenkaiger” durante a
temporada, não gostei de vários episódios que julguei cansativos e assisti
torcendo para que eles terminassem de uma vez, mas também me afeiçoei por
vários personagens como o Kaito, o Stacy e o Zox, que me ajudaram a construir
um sentimento de carinho pela série que me fez vir até o final e curtir vários
momentos… e são eles que tornam esse último episódio também emocionante.
Infelizmente,
eu fui aquela pessoa que nunca conseguiu
se afeiçoar aos kikainoides – a nenhum deles. Talvez o Vroon fosse o que eu
achasse mais interessante, mas ainda
assim não é um personagem do qual vou sentir falta em outros Sentais…
felizmente, “Kikai Sentai Zenkaiger”
parece ter percebido a necessidade de investir em seus personagens humanos e entregou excelentes arcos na
reta final da temporada, seja com o Zox e a Flint tentando encontrar SDtopia
para salvar Ricky e Cutanner, por exemplo, ou o Stacy, que tem toda sua
história de redenção, com uma participação imensa de Yatsude, que também é uma
personagem queridíssima… Kaito, por sua vez, teve arcos importantes na busca
pelos pais, não tão na reta final da
temporada, mas ele sempre nos conquista e coloca um sorriso no nosso rosto pelo
seu sorriso e sua energia contagiante.
Assim, foi muito bom que o último episódio tenha
sido, de certa maneira, sobre ele – os Tojitendo foram destruídos no penúltimo
episódio, inclusive o Boccowaus, e ficamos nos perguntando o que o último
episódio nos reservava, sabendo que teria a ver com o deus que apareceu há
algumas semanas, criador dos diversos mundos depois aprisionados em
TojiruGears. O episódio final começa com Kaito em um Colorful que “parece
maior”, mas que, na verdade, só está mais
vazio… ninguém parece se lembrar da fusão daquele mundo com Kikaitopia, a
conquista dos Tojitendo, as lutas dos Zenkaigers ou mesmo o sequestro de Isao e
Mitsuko. Quando Kaito recria uma das cenas do primeiro episódio, ele nota que alguma coisa está errada, então ele é o
primeiro a se lembrar de tudo, e sabe exatamente quem está por trás disso.
E o chama.
A “grande
batalha final” do episódio não é uma grande batalha de fato, mas um momento
bastante íntimo de Kaito, que acontece dentro de sua cabeça – um confronto dele
e do deus, que não é um grande vilão,
no fim das contas, e que aparece com a
sua aparência. Foi um diálogo interessante, amei ver o Kiita Komagine
interpretando dois personagens (será uma dica de como será vê-lo em “Donbrothers”?), e assistimos a uma luta
entre o Zenkaizer e o Super Zenkaizer, com direito ao Kaito, mesmo sozinho,
usando o poder dos seus companheiros, se transformando em cada um deles
(avatares?), inclusive no TwoKaizer e no Stacaesar. No fim, no entanto, a
disputa entre Kaito e o deus é resolvida em pedra,
papel e tesouro, o que parece tolo, mas tem muito a ver com o conceito de “Kikai Sentai Zenkaiger”, e já é algo
que, com o tempo, eu aprendi a aceitar.
Com a
vitória de Kaito e a partida do deus, que vai embora prometendo prestar mais
atenção aos mundos que criou, Kaito liberta todos os mundos outrora
aprisionados, e “Zenkaiger” nos
mostra uma espécie de epílogo interessante e utópico no qual os mundos parecem conviver em harmonia…
é realmente inusitado que isso tome metade
do episódio, mas eu acho que isso também estendeu o ritmo de despedida, o
que conseguiu evocar o carinho que as pessoas sentem pela série e fazer com que
nos despeçamos nostálgicos – afinal de contas, foi um ano inteiro ao lado
desses personagens! E ainda temos alguns detalhes a serem finalizados, é claro,
como os novos caminhos trilhados por Stacy, que está até mais leve e quase
sorridente (só quase), e Zox e Flint, que finalmente conseguem trazer Ricky e Cutanner
de volta à sua forma humana.
É um clima
bom em Zenkaitopia na conclusão da temporada – e, então, Kaito é incentivado a
fazer algo que sempre quis fazer: viajar
pelos mundos. Agora que seus pais estão de volta ao Colorful, fazendo
companhia a Yatsude, Kaito pode se tornar o aventureiro que sempre foi, e ele
não vai fazer isso sozinho, porque será acompanhado pelos seus amigos
kikainoides e por Secchan, se tornando, em suas palavras, “a primeira equipe a
visitar todos os mundos”. “Kikai Sentai
Zenkaiger” não termina com um grande gancho para “Donbrothers”, como eu imaginei, mas acho que essa “viagem” de
Kaito e dos demais deixa aberta a possibilidade de eles aparecerem em algum
episódio de “Donbrothers”, numa
espécie de crossover… é claro que Kiita continua na franquia como Outro Kaito, o Zenkaizer Black, mas
seria legal vê-lo interagir com esse
Kaito, o nosso Kaito…
O Kaito que
amamos e que vai deixar saudade.
Mais um
Sentai finalizado!
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