Lost 2x21 – ?
A Pérola.
AH, EU ADORO
ESSE EPISÓDIO. Estamos perto do fim da segunda temporada de “Lost”, e chegou o momento de explorar
um pouco mais dos mistérios da Dharma – certamente uma das coisas mais
interessantes apresentadas pela série. Ouvimos falar sobre a Dharma pela
primeira vez através da Estação Cisne, aquela cuja escotilha foi descoberta ainda
na primeira temporada e da qual Desmond escapou para não voltar até agora no
início dessa, mas outras estações já fizeram suas aparições, como a Estação
Flecha e a Estação Cajado. “?”,
exibido em 10 de maio de 2006, nos apresenta uma nova Estação da Dharma: A
Pérola. Retomando uma dupla usada no início da temporada e formada por John
Locke e Mr. Eko, esse é outro excelente episódio para os dois, enquanto o
pessoal na Estação Cisne tenta lidar com os acontecimentos traumáticos do fim
do episódio passado.
O episódio
anterior termina com o Michael seguindo ordens dos Outros para libertar “Henry
Gale” e, no processo, atirando em duas pessoas inocentes: Ana Lucia e Libby.
Quando Jack e os demais retornam para a Estação Cisne, Michael, conta toda uma
história sobre como “Henry” os atacou e fugiu, uma história que eles ainda não
começam a investigar porque precisam fazer ouras coisas: como tentar salvar a
vida de Libby. Ana Lucia começa o episódio já
morta, mas Libby ainda reage brevemente e quase nos permitimos a esperança
de que ela viva, embora saibamos que Michael está atento a tudo, porque se
Libby despertar, ela pode contar que foi ele quem atirou… infelizmente, Libby
está além do ponto em que pode ser salva, e mesmo quando consegue despertar e
falar uma única palavra, “Michael”, ela não consegue passar a mensagem
desejada.
Chorei com o Hurley pedindo desculpas “por
ter esquecido a toalha”. De verdade.
Enquanto
isso, o Sr. Eko tem um sonho em duas partes e percebe que precisa fazer uma
pausa na construção de sua igreja. Primeiro, ele vê Ana Lucia, que diz que “ele
precisa ajudar o John”. Depois, o Sr. Eko está, em seu sonho, na Estação Cisne,
e Yemi, seu irmão, está apertando o botão, dizendo que “esse é um trabalho
muito importante”, que “ele precisa ajudar o John”, e o instrui a fazer com que
Locke o leve até o ponto de interrogação.
Então, quando o Sr. Eko chega na escotilha e Jack quer que alguém saia tentando
seguir a trilha de “Henry Gale”, ele se voluntaria a fazê-lo, e diz que levará
Locke com ele – afinal de contas, ele também é bom em trilhas. Naturalmente, o
que Eko quer é confrontar John e fazer com que ele “o leve até o ponto de
interrogação”. E o único ponto de
interrogação no qual conseguimos pensar é o que apareceu na parede da Estação
no lockdown.
A dupla de
Eko e Locke funciona incrivelmente bem, e não é a primeira vez. O Sr. Eko não
está para brincadeiras ou esperas, então ele consegue fazer com que Locke o
“ajude” nem que seja de maneira bruta, embora Locke não saiba bem o que ele
quer… tudo o que ele pode fazer é entregar ao Sr. Eko o desenho que fez com o
que se lembrava de ter visto na parede naqueles 10 segundos – mas ele não acha que Eko vai conseguir tirar
muito significado daquilo. Eko, por sua vez, parece assumir que aquele é um
mapa e, graças à posição da Estação Cisne, ele consegue segui-lo e eles acabam
retornando a um ponto muito importante da história de ambos: o avião nigeriano com a heroína. Gosto
de como as coisas vão crescendo conforme os episódios avançam, e ficamos muito
curiosos para saber o que mais aquela trama tinha a oferecer.
Nos flashbacks do episódio, encontramos o
Sr. Eko na Nigéria depois da partida do irmão – quando ele foi confundido com
um padre e assumiu essa missão. Eko é convidado, então, a investigar um suposto
milagre no qual ele não acredita, de uma garota que teoricamente esteve morta,
mas voltou à vida. Gosto do clima de mistério de toda a trama, enquanto nos
perguntamos que segredos a história esconde, e gosto de como isso se entrelaça,
de alguma maneira, com a história de Claire, porque o pai da garota que
supostamente ressuscitou é o vidente charlatão que falou com Claire na primeira
temporada. No fim, tudo parece ter sido mesmo uma mentira e não houve milagre
algum, mas antes de Eko entrar no Voo 815, a garota aparece no aeroporto para
falar com ele, trazendo uma mensagem de Yemi sobre como ele acredita no irmão.
É de
arrepiar!
Uma das
minhas partes favoritas do episódio foi, certamente, o sonho no qual Yemi
conduz o Sr. Eko em uma escalada, e a assustadora e surpreendente conclusão do
sonho, no qual descobrimos que quem
estava sonhando era Locke – e ele tem uma possível resposta: Eko precisa escalar aquele mesmo penhasco do
qual o avião caiu com Boone na primeira temporada. Lá em cima não está a
resposta, no fim das contas, mas é de
onde ele pode ver o que busca: O PONTO DE INTERROGAÇÃO. No fim, o desenho
de Locke se revela mesmo um mapa e o
ponto de interrogação que buscavam estava desenhado no chão salgado embaixo do
avião caído, com o ponto, por fim, sendo uma
nova escotilha – dessa vez, muito mais fácil de se abrir. E é assim que o
Sr. Eko e John Locke chegam a mais uma Estação da Dharma, a Estação 5 de 6: A
ESTAÇÃO PÉROLA.
Gosto DEMAIS
de toda a sequência dentro da Estação Pérola e de como ganhamos um novo vídeo de orientação. Dessa vez, no
entanto, quem antes se apresentara como Dr. Marvin Candle, agora se apresenta
como Dr. Mark Wickmund. O novo vídeo intensamente conectado à experiência
vivida durante a segunda temporada inteira de apertar um botão a cada 108
minutos na Estação Cisne. A Estação Pérola é uma estação de observação, onde pessoas da Dharma
deviam assistir continuamente ao que acontecia na Estação Cisne e registrar tudo em mínimos detalhes em cadernos
providenciados: o Dr. “Wickmund” é bastante vago em relação ao trabalho na Estação Cisne, mas como ele fala
sobre como “eles pensam que o que estão fazendo é de suma importância” faz com
que pareça que o trabalho na Estação
Cisne, no fim das contas, não significa nada… eles são apenas ratos em um
labirinto, participando de um experimento e sendo observados.
O que
significa isso tudo?
E, mais do
que isso: eles precisam continuar
apertando o botão?
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