O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001)

“One Ring to rule them all”

UMA DAS AVENTURAS MAIS ÉPICAS DO CINEMA! Baseado na obra de J. R. R. Tolkien e dirigido por Peter Jackson, a adaptação cinematográfica de “O Senhor dos Anéis” chegou aos cinemas em 2001, com “A Sociedade do Anel”, abrindo uma trilogia fantástica que continua, até hoje, encantando os fãs do mundo todo… a história de um hobbit que é “chamado” para uma aventura para destruir o Um Anel e impedir que Sauron o use para subjugar, novamente, a Terra-Média. “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” é um dos meus filmes favoritos no mundo, ainda mais do que “As Duas Torres” ou “O Retorno do Rei” (embora eu goste muito desse último), porque eu adoro toda aquela sequência introdutória no Condado, o início da jornada que leva Frodo e os amigos até Valfenda, a missão “grande demais” para um hobbit que o Frodo aceita.

É emocionante, belo, épico. Que história bem contada!

Amo como o universo criado por J. R. R. Tolkien é absurdamente rico em detalhes: criaturas, cenários, histórias… quando o filme começa com uma extensa narração a respeito dos Anéis do Poder, sabemos que há muito mais que poderíamos acompanhar sobre esse lugar – é assim que surgiu “O Silmarillion”, nos livros, por exemplo, ou que o cinema se aventurou em uma adaptação exagerada de “O Hobbit” ou que, agora, estamos prestes a ganhar uma série chamada “Os Anéis de Poder”: a Terra-Média realmente precisa ser explorada! Há muitos anos, 19 Anéis de Poder foram distribuídos: 3 aos elfos, 7 aos mestres-anões e 9 aos humanos… mas Sauron, o Senhor do Escuro, forjou o Um Anel, aquele anel mais poderoso e mau do que qualquer outro, e que trilhou um caminho inesperado e de vontade própria até chegar a um hobbit em uma aventura inesperada…

Bilbo Bolseiro.

Cheio de referências à obra original, o início de “A Sociedade do Anel” é uma das coisas mais acolhedoras e bonitas que eu já vi: conhecemos os hobbits, Gandalf, o Condado… acho que “O Senhor dos Anéis” é extremamente competente ao apresentar cenários aconchegantes e fazer com que nos importemos com os seus personagens antes de jogá-los no meio de uma guerra e intensas sequências de ação: é bom acompanhar a festa de aniversário de Bilbo, a sua amizade com Gandalf, a sua vontade de viver, novamente, uma aventura, como viveu há alguns anos… e a sua perturbado relação com o Um Anel, que ele nem imagina ter o poder que tem. Gosto de como o filme consegue apresentar tão bem, também, a influência do Anel sobre quem o porta, mesmo que Bilbo não o use de fato – mas está perto dele, em seu bolso, há muitos e muitos anos.

Quando Bilbo parte sozinho em uma última aventura, Gandalf percebe que o anel que Bilbo carregava consigo não era qualquer anel, e que ele precisa ser tirado do Condado antes que os Espectros enviados por Sauron cheguem até ele – assim, Frodo inicia uma jornada até Bri, depois até Valfenda e, quase sem perceber, ele está em uma jornada que pode lhe custar a vida até Mordor. O que mais me fascina em “A Sociedade do Anel” é o equilíbrio perfeito que existe entre cenas leves, quase divertidas e cheias de amizade, com o tom sombrio crescente que gera tensão e suspense… vemos a bela amizade de Frodo e Sam nascer e se intensificar conforme eles deixam o Condado, vemos Pippin e Merry serem um divertido e bem-vindo alívio cômico, e vemos sequências perturbadoras em que os quatro hobbits são encurralados por Espectros, por exemplo.

A apresentação dos personagens é muito boa: Frodo é encantador, embora às vezes pareça “diminuído” no meio de pessoas mais “fortes” do que ele, o que é justamente a intenção da história – ele é um hobbit de uma vila pacata que nunca saiu em uma aventura… ele não foi criado para ser um grande guerreiro como Aragorn ou como Legolas, por isso ele é um exemplo perfeito de jornada do herói bem construída. Gandalf, por sua vez, acaba sendo feito prisioneiro por Saruman, que já se rendeu a Sauron e trabalha para entregar a ele o Um Anel para que ele volte à vida plena; Aragorn, por fim, é apresentado quando Gandalf não faz sua aparição em Bri, como prometera a Frodo, e os hobbits precisam de ajuda para fugir dos Espectros que continuam em seu encalço – e, quando Frodo é ferido por uma lâmina deles, apenas os elfos podem salvá-lo.

É assim que chegamos a Valfenda, um dos lugares mais belos da Terra-Média: mas Elrond diz a Gandalf que o Um Anel não pode ficar ali, pois as forças élficas não podem protegê-lo contra as forças de Sauron que vêm em sua busca… assim, o Um Anel precisa ser destruído. Uma das sequências mais ilustres desse primeiro filme é, como o título sugere, a criação da Sociedade do Anel durante o Conselho de Elrond: alguém terá que ir até a Montanha da Perdição, em Mordor, o mesmo lugar onde o Um Anel foi forjado, para destruí-lo – e quando tudo se torna uma confusão generalizada e percebemos, já, a influência do Um Anel sobre a ganância de diferentes criaturas, Frodo dá um passo à frente e diz que ele levará o Anel… assim, um grupo formado por três hobbits, um mago, dois humanos, um elfo e um anão se unem a Frodo, para acompanhá-lo e protegê-lo.

E a Sociedade do Anel parte com a maior missão que a Terra-Média viu em anos.

A grande jornada da Terceira Era da Terra-Média.

Cada membro da Sociedade do Anel tem sua função, sua personalidade, e é um grupo bastante sólido de se acompanhar – embora o façamos durante a segunda parte do primeiro filme e a sociedade se desfaça… duas sequências de ação marcam a reta final de “A Sociedade do Anel”, e a primeira delas vem quando, contra a vontade inicial de Gandalf, o grupo decide atravessar uma montanha pelas Minas de Moria, encontrando uma antiga cidade de anões agora devastada, tomada por orcs e perigos muito maiores e mais antigos. Gandalf brilha ao enfrentar um Balrog em uma ponte, se sacrificando para que o restante da Sociedade possa continuar, gritando seu memorável “You shall not pass!”, que até hoje me arrepia – uma das minhas cenas favoritas na trilogia, se não a favorita. E ver a sua suposta morte caindo em direção às sombras é doloroso…

Os oito membros restantes da Sociedade continuam sua jornada a Mordor, sem muito tempo para parar ou lamentar, embora os hobbits estejam devastados – e é assim que chegam a Lothlórien, onde temos uma sequência bonita e assustadora em que Frodo conversa com Galadriel e ela lhe fala e lhe mostra o que sabe sobre o futuro, ou sobre as possibilidades de futuro… Frodo é capaz de ver o que espera os seus amigos se ele falhar em sua missão, enquanto o Olho de Sauron tenta atrair o Um Anel para ele, e depois Galadriel alerta Frodo sobre o que está por vir perto do presente: um dos seus colegas na Sociedade tentará roubar o Um Anel, e ele sabe quem é, mas apenas ele pode completar essa jornada… apenas Frodo não sucumbe tão facilmente ao poder demonstrado pelo Um Anel – o seu bom coração em contraponto ao desejo de poder de alguns de seus companheiros.

A segunda sequência de ação que marca o clímax de “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” vem quando a Sociedade já em ruínas é atacada por forças enviadas por Sauron, e Boromir tenta roubar o Um Anel de Frodo… então, o grupo se separa: Pippin e Merry são sequestrados para serem levados a Saruman, Boromir morre em uma cena emocionante na qual reconhece Aragorn como seu rei, Aragorn, Legolas e Gimli ficam para trás, para resgatar os pequenos que foram levados pelos Uruk-hai, e Frodo planeja seguir sozinho, porque, como Galadriel dissera, apenas ele pode completar essa missão – aqui, temos uma das cenas MAIS LINDAS E EMOCIONANTES do filme, quando Sam corre atrás de Frodo e pula na água, mesmo sem saber nadar, porque prometeu que não o abandonaria e não pensa em fazê-lo… é tão emocionante ouvi-lo dizer isso e ver o Frodo abraçá-lo.

Chorei enquanto reassistia ao filme – QUE CENA PERFEITA.

Comentando brevemente “cenas perfeitas”, ainda destaco uma cena que acontece nas Minas de Moria, antes da “morte” de Gandalf, quando Frodo percebe que eles estão sendo seguidos pela criatura que todos chamam de “Gollum” – essa é uma cena que me deixa bastante pensativo, adoro a maneira como o diálogo foi escrito, porque mostra toda a grandiosidade e a sabedoria de Gandalf, e sentimos que poderíamos continuar ouvindo seus conselhos por horas… Gollum, um dos personagens mais célebres de “O Senhor dos Anéis” e que estivera com o Um Anel durante anos antes que Bilbo Bolseiro o encontrasse, ainda não faz uma aparição completa em “A Sociedade do Anel”, mas o vemos nas sombras, e Gandalf fala sabiamente sobre como ele provavelmente tem um papel importante a cumprir – a piedade de Bilbo ainda definirá o destino de muita gente…

“O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” é um FILME INCRÍVEL, e como é forte, emocionante e melancólica aquela última cena, de Frodo e Sam sozinhos caminhando rumo a Mordor – que final IMPACTANTE e intimista para o filme! Estou reassistindo à trilogia por causa da série que está por vir, e que experiência magnífica! É impressionante poder entrar novamente na Terra-Média e perceber o quanto ela continua sendo um dos melhores lugares já criados na ficção… J. R. R. Tolkien criou um universo fantástico e rico que nunca falha em nos fascinar. “A Sociedade do Anel” é o meu filme favorito na trilogia, porque adoro o início dessa jornada, a maneira como os personagens são apresentados e construídos, mas tenho um carinho imenso por “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei”, pela maneira como a história se expande nos próximos volumes… e vai ser incrível retornar a eles!

Que jornada espetacular! Que jornada!

 

Reviews de “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” EM BREVE!

 

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