Sítio do Picapau Amarelo (2005) – A Festa Junina do Arraial

“Aproveitem bem, porque tudo que é bom acaba logo”

Infelizmente, os dias de felicidade de Cléo e João da Luz estão contados… era de se esperar que, sendo os protagonistas adolescentes da temporada, eles não pudessem ficar felizes por muito tempo. Quando os principais mal-entendidos que os afastavam são resolvidos e Cléo e João da Luz começam a namorar a tempo do Dia dos Namorados, eles parecem muito bem juntos – e realmente estão. O problema, dessa vez, é externo. João convida Cléo para dar um passeio com ele numa cidade vizinha, e embora eles se divirtam em um parque de diversões, andem em brinquedos e comam maçã-do-amor, o passeio termina com o João esbarrando em um homem que trabalhava no reformatório do qual ele fugiu, e o passeio romântico acaba virando uma desesperadora perseguição que termina com João e Cléo separados, e sem a Cléo saber o que aconteceu ao João.

Por sorte, João acaba conseguindo escapar, mas agora Matosinho sabe que João está no Arraial dos Tucanos ou nas redondezas, e é só uma questão de tempo até ele ser capturado… e o último momento bem feliz que João e Cléo compartilham por enquanto é a Festa Junina do Arraial dos Tucanos. Preciso dizer: EU ADORO FESTA JUNINA, e depois de perder as festas juninas dos dois últimos anos por causa da pandemia, fiquei bem emocionado e um tiquinho triste ao assistir a essas cenas no “Sítio do Picapau Amarelo” – que saudade de uma festa junina, que vontade de dançar quadrilha, de comer pamonha embaixo de bandeirinhas!!! A Festa Junina do Arraial vai ter, é claro, um casamento na roça, e os noivos são escolhidos por sorteio na escola – é claro que Cléo é a noiva (Teteia reclamando que é um desperdício ser alguém tão sem sal), e o nome sorteado para ser o noivo é o do Angico…

Para a revolta da Emília – “O João da Luz, ele que tem que ser o noivo da Cléo na festa junina, não aquele Fuxiquinho!” Então, a bonequinha de pano começa a colocar um plano em prática para trocar os noivos, mas o problema é que ela não sabe que, por não querer “se casar” com o Angico, Cléo também abriu mão de ser noiva e trocou de lugar com a Teteia. Assim, Emília acaba tendo que improvisar, mas ela sempre dá um jeito. Ela chama a Teteia e o Angico para a rádio, sob a desculpa de que eles têm que ficar lá até o padre começar o casamento, e os prende lá dentro – quando eles percebem que alguma coisa está errada, já é tarde demais, e João e Cléo já estão felizes e sorridentes, prestes a serem “casados” pelo Visconde de Sabugosa vestido de padre. Infelizmente, o momento não é 100% feliz, porque Matosinho está ali, assistindo a toda a festa…

Me diverti bastante com a Teteia desesperada para sair, achei o casamento fofo, mas a festa junina termina com o Matosinho colocando as mãos no João: “Acabou a festa, meu amiguinho”. Cléo tenta argumentar com Matosinho, diz que ele não pode levá-lo porque agora ele tem um responsável por ele, a Dona Benta, mas quando Cléo sai para chamar a Dona Benta para que ela ajude, Matosinho já levou o João embora – É DESESPERADOR E TRISTE. Vemos o João chorando com as mãos no vidro de trás do carro, enquanto a Cléo grita desesperada, dizendo que levaram o João, e abraça a Dona Benta chorando… com todos esses acontecimentos, Cléo e as crianças precisam contar toda a história para a Dona Benta, e é lindo como o Cléo, o Pedrinho e a Emília assumem a liderança para explicar para a vovó a história do João – é tudo tão triste que quase choro junto.

Dona Benta diz que eles tinham que ter contado isso para ela antes, talvez ela até pudesse ter evitado que ele fosse levado daquela maneira… agora, Dona Benta proíbe Cléo de sair, porque a garota está louca para ir atrás do João, e diz que ela mesma vai fazer alguma coisa – vai ver o que ela pode fazer. Enquanto o João retorna, chorando, para o reformatório, em uma cena tristíssima, todo mundo no Sítio do Picapau Amarelo está triste pelo garoto, e a cena do quarto é de partir o coração… até a Patty Pop está triste e dizendo que “daria todas as suas maquiagens para tirar o João de lá”. Todo mundo faz companhia para Cléo e tenta acalmá-la, mas, durante a noite, Cléo acaba fugindo… ela deixa um recado pedindo desculpas à Dona Benta por desobedecê-la, mas diz que ela não pode ficar esperando… ela precisa encontrar o João de qualquer maneira.

João está arrasado – é horrível estar de volta a um lugar que ele odeia e onde ele é constantemente maltratado. Matosinho é um carrasco, as outras crianças são nojentas e maldosas, e apenas o diretor do lugar não parece ser alguém tão ruim, mas João nem tem a oportunidade de conversar com ele. Cléo não demora para chegar até onde o João está, mas é claro que o Matosinho não a deixa entrar, e então a deixa presa na sala de esperas, enquanto liga para a Marcela vir buscá-la, o que quer dizer que não apenas o João e a Cléo foram separados, mas João voltou para o inferno e a Cléo para as mãos da sua madrasta que não presta, e que está ainda mais brava com essa história de “ele namorar um trombadinha”. Sem muitas esperanças, Cléo liga para Dona Benta, que é a única pessoa que talvez ainda possa ajudá-la… e Dona Benta vai imediatamente ao seu encontro.

Dessa vez, Cléo não vai sozinha ao reformatório tentar visitar o João: a Dona Benta está com ela.

NÃO VEJO A HORA DE VER A DONA BENTA CONHECENDO O JOÃO!

 

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